Economia

Impostômetro

Brasileiro trabalha 5 meses para pagar impostos

Brasileiro trabalha 5 meses para pagar impostos

BAND

07/08/2015 - 07h00
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Cinco meses – ou exatamente 151 dias – foi o tempo que o brasileiro teve que trabalhar em 2015 só para pagar seus impostos. A conta é do Impostômetro, índice criado pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).

Há 29 anos, o tempo que o trabalhador gastava era, em média, de dois meses e 22 dias para ficar quite com as taxas. Desde que o Impostômetro foi criado, em 2005, a carga tributária passou de 33,19% do PIB (Produto Interno Bruto) para 35,42% - um montante de R$ 200 bilhões em arrecadação extra.

A carga tributária é calculada através do total dos impostos arrecadados dividido pelo PIB. É essa operação que resulta na porcentagem a qual nos referimos ao assunto, como explica o economista Francisco Lopreato, professor da Unicamp.

O Brasil teve dois momentos de grande alta na alíquota dos impostos: um no final dos anos 1960, quando uma grande reforma tributária fez o índice passar de 17% para 25%, e durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, quando a carga saltou para 33%, por volta do ano 2000.

Em 2002 e 2014 houve uma alteração na metodologia de cálculo do PIB, que ficou maior após a mudança. Com isso, a carga tributária não cresceu tanto. “Se você pegasse o PIB antigo, hoje a carga tributária estaria em 40%”, explica o especialista.

Não é sempre, porém, que o aumento do PIB significa diminuição da carga tributária. “Dependendo dos setores que crescem na economia, a carga tributária também aumenta. Foi o que ocorreu no segundo governo Lula. Cresceram a indústria de bebidas, automobilística, os setores de energia e combustível, que têm tributação elevada, acima da média. Eles ganharam um peso nessa taxa de crescimento, portanto a carga tributária subiu. Não houve alteração significativa com os impostos: algum aumento no IOF e no PIS, mas em compensação caiu a CPMF”, explica.

“No governo Dilma, a tendência com essa recessão é que a carga tributária caia”, analisa Lopreato.

A carga tributária é justa?

Para Lopreato, é preciso ter cuidado ao comparar a carga tributária com outras nações. Segundo um relatório da ODC (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a Dinamarca é o país com maior carga tributária, 48,6%, enquanto o México tem a menor, de 19,7%.

“Você pegar uma carga tributária pura e simples e comparar com a brasileira, ou qualquer outra, é muito simplista. O importante é o seguinte: quanto paga e o quanto tem de volta”, critica, ao dizer que a Dinamarca tem um dos melhores sistemas de benefícios sociais do mundo, infinitamente melhor que o do México.

“Nossa carga tributária é alta porque é extremamente concentrada em alguns segmentos, como a indústria e algumas faixas da população: a classe média paga muito e a baixa ainda mais”, afirma Lopreato. “O rico paga de imposto, proporcionalmente, muito menos que uma família que ganha dois salários mínimos.”

“Vamos supor que um investidor tenha uma parcela significativa do seu patrimônio em ações, e tenha um rendimento através delas. Ele vai pagar de imposto de renda 15% na fonte sobre os dividendos, enquanto o assalariado paga 27%." 

Portanto, uma pessoa da classe média ou baixa deixa 27% de seus ganhos no IR, e a maior parte do restante consumindo. Como os produtos são muito taxados, aumenta a quantidade de impostos que a maioria dos brasileiros é obrigada a pagar.  

O mesmo não acontece com alguém que seja muito rico, já que não gasta toda a sua renda em consumo, mesmo comprando coisas mais caras e em maior quantidade.

“A carga tributária é alta? É alta porque os ricos não pagam”, conclui Lopreato.

Economia

Com 4,7 milhões de hectares de áreas degradadas passíveis de recuperação, MS é destaque nacional

Através de programas voltados ao carbono zero, crédito sustentável e uso eficiente do solo e água, o Estado é consolidado como exemplo nacional em recuperação de pastagens degradadas

15/12/2025 14h30

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado

Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gado FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul tem cerca de 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas com que podem ser transformadas em algum tipo de atividade, como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais ou silvicultura. 

Esse número é parte de um montante total de 12 milhões de hectares de pastagens degradadas em todo o território estadual. 

As estratégias de recuperação de pastagens degradadas tornou o Estado um exemplo nacional no assunto, já que as ações estaduais garantem competitividade, sustentabilidade e segurança alimentar. 

A recuperação das áreas combinam políticas públicas estruturantes, crédito sustentável e inovação com programas voltados ao uso eficiente do solo e da água, como o Prosolo, MS Irriga, Plano ABC+ MS, Precoce MS e o FCO Verde. 

"Estamos mostrando ao Brasil que é possível produzir mais e com responsabilidade ambiental e tecnologia", disse o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). 

O Plano Estadual do Governo do Estado tem como meta definida a recuperação de 1.167 milhão de hectares nas pastagens degradadas até 2030. Esse desafio é um dos motores da nova economia verde em Mato Grosso do Sul que, através do uso de ciências e políticas públicas permanentes, consolida a referência do Estado no setor de pecuária de baixo carbono e agropecuária sustentável. 

"Quando governo, produtores e instituições de pesquisa trabalham juntos, conseguimos acelerar a transição para uma agropecuária moderna, de baixa emissão de carbono e com alto desempenho", destacou Verruck.

Políticas públicas

De acordo com o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), a degradação observada em Mato Grosso do Sul é resultado de anos de práticas antigas da pecuária extensiva, com baixa taxa de lotação e pouco uso de manejo e adubação. 

Isso causou o desgaste do solo e queda na produtividade das forrageiras, plantas cultivadas para alimentar os animais (gado, aves, suínos), sendo necessárias soluções robustas, que hoje fazem parte da política principal de Estado. 

As políticas públicas de MS são: 

  • Prosolo: programa de restauração das áreas afetadas por erosão, implantando práticas conservacionistas, recuperando a fertilidade do solo e melhorando estradas vicinais;
  • MS Irriga: programa de ampliação da irrigação sustentável e do uso racional da água para intensificação da produção; 
  • Plano ABC+ MS: plano de sistemas integrados de plantio direto, uso de bioinsumos e manejo de resíduos;
  • Precoce MS: incentivo ao manejo eficiente e à pecuária de baixo carbono; 
  • FCO Verde: linha de crédito destinada à recuperação da produção e de projetos sustentáveis. Entre 2020 e 2024, foram R$ 812 milhões destinados a 771 projetos. 
Áreas podem ser recuperadas e têm potencial de virar áreas de criação de gadoFeito por Denis Felipe - Com IA

Destaques

A Semadesc e o Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), estão investindo R$ 7,6 milhões em certificação e monitoramento do carbono na soja e no milho. 

Com relação à pecuária, além do status alcançado em 2025 de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado avança na implantação do seu Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina, previsto para iniciar em 2026 e cobertura total até 2032. 

Além disso, também é desenvolvido o Selo Verde, que vai integrar dados ambientais e produtivos, garantindo transparência socioambiental nas cadeias de carne e da soja. 

Mato Grosso do Sul também está entre os cinco maiores consumidores de bioinsumos do País, através do Programa Estadual de Bioinsumos, criado em 2022. Também estão em funcionamento projetos de confinamento sustentável e intensificação das pastagens, ampliando produtividade e garantindo bem-estar animal. 

"Nossa meta é chegar ao produtor com assistência técnica de qualidade e acesso a crédito sustentável, garantindo que cada propriedade tenha as condições para produzir mais e conservar mais", reforçou Verruck.
 

CAMPO GRANDE (MS)

Carnê virtual do IPTU 2026 está disponível na internet; confira

Neste ano, reajuste do IPTU é de 5,32%, com 10% de desconto à vista

15/12/2025 12h00

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel MARCELO VICTOR

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Carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), referente ao ano de 2026, está disponível e já pode ser consultado via internet. Saiba quanto veio o imposto da sua casa, em 2025, neste site.

Neste ano, o IPTU será reajustado em 5,32%, conforme noticiado pelo Correio do Estado. O reajuste cobrou a inflação, prevista no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa é que milhares de carnês físicos sejam entregues na casa do contribuinte neste mês de dezembro de 2025.

As formas de pagamento do IPTU 2026 são:

  • À vista, com 10% de desconto – vencimento em 12 de janeiro
  • Parcelado, em 12 vezes – vencimento em dias de feriados, finais de semana ou não úteis, o pagamento deverá ser feito no primeiro dia útil subsequente

Ainda haverão aqueles contribuintes beneficiados com o Bônus IPTU Azul, que terão desconto de 10% (dez por cento) sobre o valor do IPTU e da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares lançados.

A concessão do Bônus IPTU Azul será efetivada independentemente de requerimento do contribuinte, mediante a redução de 10% no valor lançado, e, sobre o valor já deduzido, será aplicado o desconto para pagamento à vista, conforme a opção do contribuinte.

Neste ano, as cores azul e amarelo também dão adeus ao IPTU. Até então, os carnês eram emitidos em tons diferentes: azul para contribuintes sem débitos e amarelo para aqueles com pendências.

Pessoa consultando o valor do IPTU do seu imóvel

IPTU

O IPTU é um imposto brasileiro, de competência municipal, que deve ser pago por pessoas que tenham propriedades dentro do perímetro urbano.

A arrecadação do tributo municipal é convertido em melhorias para a cidade, nas áreas de segurança, educação, saúde, infraestrutura e lazer.

Quem não paga IPTU, corre risco de perder a posse do imóvel.

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