Campo Grande acumulou um aumento de 2,15% na cesta básica, nos meses entre abril e maio, com isso, ficou em 3° lugar no ranking nacional de ‘Custo e variação da cesta básica’. A pesquisa foi realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Segundo informações, as elevações mais importantes ocorreram em Porto Alegre (3,33%), Florianópolis (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%). Já as principais quedas foram registradas em Belo Horizonte (-2,71%) e Salvador (-2,67%).
Com base no valor atualizado da cesta básica na Capital (R$748,48) e levando em consideração a Lei n°185, de 14/01/1936 que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, em determinada época, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.
Desta forma, o valor da cesta básica corresponde a 53% do salário mínimo atual. Confira abaixo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos Custo e variação da cesta básica em 17 capitais Brasil – maio de 2024:

Entre abril e maio de 2024, dois dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios: batata (44,32%), tomate (10,90%). O feijão foi o único a registrar queda na Capital (-7,59%). No acumulado dos últimos 12 meses, a batata teve uma elevação no preço de 122,89%.
Em maio de 2024, o trabalhador de Campo Grande, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 116 horas e 37 minutos para adquirir a cesta básica, tempo maior do que em abril, quando necessitou de 114 horas e 10 minutos. Em maio de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.320,00, foram necessárias 120 horas e 41 minutos.
De acordo com a Pesquisa, em maio de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 110 horas e 31 minutos, maior que o de abril, de 109 horas e 54 minutos. Já no mesmo período em 2023, a jornada média foi de 113 horas e 19 minutos.
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% = referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em maio de 2024, 54,31% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em abril, 54,01% da renda líquida. Em maio de 2023, o percentual ficou em 55,68%.