Economia

SETOR IMOBILIÁRIO

Capital ostenta imóveis mais caros que os de algumas cidades litorâneas

Levantamento da FipeZap mostra que Campo Grande obteve valorização imobiliária de apenas 2,08% até outubro

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Apesar de uma valorização modesta de 2,08% até outubro, conforme apontado pelo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), por meio do índice FipeZap, os imóveis em Campo Grande continuam com preços elevados, superando até os de algumas cidades litorâneas.
Por meio de um breve passeio virtual em plataformas de venda de imóveis, é possível observar exemplos de residências em moldes similares, mas com custos diferentes.

Por exemplo, na Capital, um apartamento de 123 metros quadrados no Bairro Monte Castelo é vendido por R$ 1,2 milhão, enquanto outro imóvel no mesmo padrão na Praia de Boa Viagem, em Recife (PE), é anunciado por R$ 1,1 milhão, ou seja, R$ 100 mil a menos para adquirir um apartamento de alto padrão em frente ao mar.

A reportagem ainda utilizou como base os preços anunciados no Viva Real para propriedades com os mesmos padrões. Uma casa com 166 m² no Bairro Carandá Bosque é anunciada por R$ 1,320 milhão, enquanto em Jurerê (SC), a poucos metros da praia, um imóvel com 150 m² é comercializado por R$ 950 mil, diferença de 38,95%.

Agente imobiliário e sócio-proprietário da Flores Imóveis, Bruno Flores comenta que, ao se falar em valorização, é necessário levar em conta alguns aspectos, sendo um dos principais a questão da oferta e da procura.

“Campo Grande está sofrendo um processo de verticalização, o que tem gerado muita procura por esse tipo de produto [apartamento], o que faz valorizar os imóveis, aumentar os preços”, justifica.

Em relação ao metro quadrado, Flores pontua que isso depende de variáveis. “Vai depender de cada caso. Temos, por exemplo, um lançamento de uma incorporadora aqui [na Capital] que lançou a R$ 16 mil o metro quadrado, um preço inimaginável para Campo Grande”, exemplifica.

Preço médio de venda

Para o agente imobiliário, a Capital tem produtos de algumas marcas específicas, e a valorização, com isso, é certa. “Temos um deficit habitacional em Campo Grande ainda em torno de 30%. Então, isso é questão da oferta e da procura, da oferta e da demanda, ele faz valorizar muito os imóveis, e é isso que tem vendido”, analisa.

Em termos de valorização, Flores destaca regiões da cidade que estão sendo muito valorizadas. “[Como] a região do Carandá, da Vila Nascente, do Jardim Veraneio – inclusive hoje os maiores lançamentos estão ocorrendo nessa região, porque a pessoa procura, acima de tudo, qualidade de vida. Então, procura ter a comodidade de morar em um apartamento com condomínio, com todas aquelas questões de lazer, segurança, manutenção, principalmente”, elenca.

METRO QUADRADO

Levantamento da Fipe vai ao encontro da comparação de preços, em que Campo Grande – mesmo com valorização menor que a de grandes cidades – se mantém com preço médio do metro quadrado mais elevado.

Na capital sul-mato-grossense, o custo médio do metro quadrado é de R$ 5.658, enquanto em Natal (RN), cidade litorânea famosa por suas praias, o valor médio é de R$ 5.612.

Considerando as regiões, os preços da Capital se aproximam de bairros à beira-mar em destinos bem-conceituados. O metro quadrado na Região Prosa (que inclui Chácara Cachoeira e Carandá, por exemplo) custa, em média, R$ 10.764, enquanto na região considerada mais nobre de Recife (PE) tem o preço médio de R$ 9.732/m².

Cidades como a pernambucana Jaboatão dos Guararapes (R$ 5.524/m²), a piauense Teresina (R$ 5.511/m²) e a sergipana Aracaju (R$ 4.999/m²) – todas elas famosas por suas lindas praias – constam com valores abaixo do metro quadrado médio comercializado na capital de Mato Grosso do Sul.
Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Mato Grosso do Sul (Creci-MS), Eli Rodrigues, a alta moderada dos preços do metro quadrado não é percebida como um aspecto negativo para o setor.

“No momento, nós estamos com um problema de financiamento. Está caro e difícil de se fazer, e sem financiamentos as vendas ficam mais complicadas. Isso faz com que o crescimento dos preços seja menor, pois a necessidade de venda segura o aumento dos preços”, diz Rodrigues.

LEVANTAMENTO

O índice FipeZap ainda aponta que, em 55 das 56 cidades analisadas, Campo Grande teve valorização porcentual 
de 2,08% neste ano, ficando em penúltimo lugar no ranking de valorização no País, atrás somente de Teresina, com valorização de 0,19% entre janeiro e setembro.

Já na análise dos últimos 12 meses até setembro, 55 das 56 cidades monitoradas também registraram aumentos nos preços em suas respectivas localidades, e Campo Grande apareceu com um aumento de 4,28%, compondo a lista final das quatro cidades que menos valorizam no período de 12 meses iniciado em setembro do ano passado.

O relatório ainda traz o retrospecto de variação do índice anual que mede o preço médio de venda de imóveis residenciais dos últimos cinco anos, no qual Campo Grande apareceu com valorização desacelerada em relação ao mesmo período de 2023, quando obteve um aumento porcentual de 12,61% – com exceção de 2019, quando os valores médios do metro quadrado no município apresentaram queda de 1,40%.

Os aumentos registrados na pesquisa foi de 5,91% em 2020, 5,97% em 2021 e 14,03% em 2022, quase o triplo do ano imediatamente anterior. 
Neste ano, o metro quadrado regista tendência lenta de valorização (4,28%).

A corretora Digiany Godoy ressalta que o aumento do valor do metro quadrado superou a inflação nos últimos anos. “Isso resulta, em um primeiro momento, na redução de compra e pode levar a uma economia improdutiva, uma vez que o consumidor fica menos disposto a investir”, explica.

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crise sem precedentes

Boicote não causa desabastecimento nas unidades do Carrefour de Campo Grande

A reportagem percorreu todas as unidades da rede Carrefour na tarde deste domingo e constatou prateleiras cheias em todos os estabelecimentos do conglomerado, incluindo os hipermercados e o Atacadão

24/11/2024 16h45

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecido Fotos: Marcelo Victor

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Apesar do boicote do frigorífico JBS às unidades do Carrefour global, após a declaração do CEO Alexandre Bompard de que deixaria de importar carnes brasileiras, os hipermercados da rede em Campo Grande não enfrentam desabastecimento neste momento.

A reportagem do Correio do Estado visitou unidades da rede Carrefour em Campo Grande e encontrou prateleiras cheias em todos os supermercados do conglomerado, incluindo a rede Atacadão.

Apesar do boicote anunciado pela empresa, o hipermercado de Campo Grande segue abastecidoA reportagem foi em diversos hipermercados da rede e encontrou prateleiras ainda cheiras- Imagens: João Gabriel Vilalba

Segundo informações da Rede Carrefour no Brasil, que realiza um monitoramento interno, ainda não há indicativos de desabastecimento devido ao nível de produtos armazenados. No entanto, a situação pode mudar a partir de segunda-feira (25). 

A crise sem precedentes que pode afetar os frigoríficos de Mato Grosso do Sul teve início na última quarta-feira (20), quando o CEO da empresa, Alexandre Bompard, anunciou em suas redes sociais que não comprará mais carne dos países do bloco formado por diversas nações da América do Sul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Estarrecidas com as declarações de Bompard, a JBS, Marfrig, Minerva, além de outras médias e pequenas empresas frigoríficas, reagiram imediatamente, cancelando o envio de produtos para a rede Carrefour no Brasil.

“Caminhões da JBS que estavam no percurso para a entrega nas lojas ontem voltaram para trás”, disse uma fonte ouvida pelo Globo Rural, da TV Globo. 

Conforme informações obtidas pela TV Globo, o comunicado global da rede surpreendeu o conglomerado que faz parte do Carrefour no Brasil, que agora busca soluções para a crise política e econômica gerada pela própria empresa. Não está descartado um pedido de desculpas do presidente da rede na França.


"Absurdo", diz governador Eduardo Riedel sobre boicote 

Outro que ficou incomodado com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, foi o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Logo após o anúncio, Riedel condenou a decisão da matriz do Carrefour, na França, de suspender a importação de carnes dos países do Mercosul.

“Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, estes absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

Riedel ainda criticou a decisão do Carrefour de proibir a compra de carne do Mercosul.

 “Esse tipo de coisa que a gente quer combater. Estes absurdos comerciais trazem algo negativo para essa relação”, reforçou.

Indignada com as declarações do CEO do Carrefour Global, Alexandre Bompard, a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve se reunir com a embaixada da França no Brasil e cobrar explicações sobre os boicotes de grandes companhias francesas ao agronegócio brasileiro.

 “Queremos que ele explique a eterna objeção da França ao acordo entre Mercosul e União Europeia e essa ameaça de boicote, totalmente descabida, à carne do Brasil e do Mercosul pelo Carrefour francês”, disse a senadora.

Ainda segundo a senadora de Mato Grosso do Sul, não há razão justificável para o boicote e ela afirmou que as medidas são injustas para o mercado brasileiro.


“Não há qualquer razão real, a não ser o protecionismo francês a seus produtos, que recebem altos subsídios, para essas medidas injustas, que merecem mais do que indignação, merecem resposta recíproca”, defendeu.

 

Entenda o que está acontecendo e o que está por trás do boicote 

Na última quarta-feira (20), o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, afirmou que os produtos sul-americanos não atendem às exigências e normas francesas, o que vinha afetando os produtores locais. Ele também declarou que a rede na França não comercializaria mais carne proveniente do Mercosul.

As declarações de Bompard geraram uma crise sem precedentes na economia brasileira e devem afetar as vendas do grupo Carrefour no Brasil no início da próxima semana, tanto no varejo quanto no Atacadão, caso a rede não consiga reverter o problema. O Atacadão, a maior empresa de atacarejo do país, é controlado pelo Carrefour.

Conforme informações de fontes ouvidas pelo O Globo, Bompard afirmou que a decisão foi tomada após ouvir o "desânimo e a raiva" dos agricultores franceses, que têm protestado contra a proposta de acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Os protestos, que já duram meses e têm incomodado o governo francês, são organizados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (FNSEA) e pelos Jovens Agricultores (JA), com bloqueios de rodovias e outras manifestações, iniciadas na última segunda-feira (18).

Conforme informações do site especializado Farmnews, apesar de a França ter comprado menos de 40 toneladas de carne bovina in natura do Brasil, o agronegócio brasileiro teme que o boicote acabe incentivando a adesão de outros países devido a pressões locais.

Seguindo a mesma linha do Carrefour Global, outro grande grupo varejista francês, o Les Mousquetaires, publicou em suas redes sociais que o CEO do grupo, Thierry Cotillard, afirmou que as unidades das marcas Intermarché e Netto se comprometeram a não comercializar carne da América do Sul.

Ainda conforme a publicação de Cotillard, a medida visa à soberania alimentar e ao apoio aos agricultores franceses. Ele também solicitou uma mobilização coletiva nesse sentido.

 “Faço um apelo às indústrias para que demonstrem o mesmo nível de comprometimento e transparência quanto à origem da matéria-prima utilizada”, escreveu Cotillard. 


O que está por trás do boicote?

Conforme informações obtidas pelo O Globo, os movimentos dos grupos varejistas e dos agricultores franceses têm como pano de fundo as discussões sobre o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. As conversas e negociações duram há vários anos, e a questão agrícola sempre foi um ponto de confronto importante.

“Em toda a França, ouvimos a confusão e a raiva dos agricultores em relação ao projeto de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e ao risco de transbordar no mercado francês de uma produção de carne que não respeita suas exigências e padrões”, escreve Bompard. “É fazendo um bloqueio que podemos tranquilizar os produtores franceses. No Carrefour, estamos prontos para isso”, disse Bompard anunciando o boicote à carne brasileira. 

A nota, no entanto, não foi bem recebida pelos agricultores e pelo governo brasileiro. Apesar das declarações de Bompard não deixarem claro se o boicote também se aplicaria às redes do Carrefour no Brasil, elas deixaram os produtores rurais indignados, que afirmaram ter iniciado a organização de um boicote contra a empresa.

 

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Loterias

Aposta de MS leva fatia da Lotomania em concurso que azarado embolsou mais de R$ 100 mil

Azarado não acertou nenhum número e faturou, enquanto apostador de Corumbá vai dividir prêmio de mais de R$ 219 mil

23/11/2024 20h30

Confira o resultado da Lotomania

Confira o resultado da Lotomania Foto: Divulgação

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Para quem pensa que apostar em jogos das Loterias Caixa depende apenas de sorte, na Lotomania, concurso 2701, um azarado não acertou nenhum número e levou mais de R$ 10m mil.

O sorteio foi realizado na sexta-feira (22), com prêmio estimado em R$ 1,5 milhão, no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Entre os premiados está um apostador de Corumbá, que fez a “fézinha” na Lotérica Corumbaense. Ele bateu na trave com 19 acertos e ficou entre os seis jogadores que vão dividir R$ 219.541,14.

As outras apostas foram feitas no Rio de Janeiro (RJ), com dois acertadores, em Presidente Prudente (SP), Bela Vista da Caroba (PR) e Brasília (DF). Cada um vai receber R$ 36.590,19.

Azar bom para o bolso

Entre os sortudos, um jogador de Florianópolis (SC), com nenhum acerto em um jogo de 50 dígitos, embolsou R$ 109.770,60, simplesmente por ser a única pessoa que não acertou nenhum número no jogo.

Nesse caso, não ter sorte fez bem para a conta bancária.

Os números da Lotomania 2701 foram:

  • 68 - 13 - 19 - 63 - 54 - 39 - 09 - 25 - 46 - 01 - 05 - 58 - 89 - 07 - 11 - 29 - 27 - 56 - 66 - 55

O sorteio da Lotomania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Lotomania 2702

Como a Lotomania são três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 25 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2702. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotomania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples. 

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

Como jogar na Lotomania

Os sorteios da Lotomania são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador  marca entre 50  números, dentre os 100 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 20, 19, 18, 17, 16, 15 ou nenhum número.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Outra opção é efetuar uma nova aposta com o sistema selecionando os outros 50 números não registrados no jogo original, através da Aposta-Espelho.

O preço da aposta é único e custa  R$ 3,00.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

A aposta é única, com 50 dezenas, e a probabilidade de acertar 20 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 11.372.635 segundo a Caixa.

Para 0 números, que a Lotomania também premia, a probabilidade é a mesma, de 1 em 11.372.635.

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