Em pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26), os dados sobre a qualificação da população revelam um panorama em que as mulheres estão mais qualificadas que os homens em Mato Grosso do Sul. Das 366.249 pessoas com nível superior no estado, 65,7% (220.908) são mulheres, enquanto 34,3% (145.341) são homens.
Ao considerar a faixa etária, na população com 25 anos ou mais, os números também mostram um cenário favorável para as mulheres. Dentre os 903.738 indivíduos nessa faixa etária, 22,9% (207.159) são mulheres com nível superior, contra 16,4% (137.998) dos homens.
Esses números destacam a diferença na educação formal entre os dois, com uma maior proporção de mulheres alcançando o nível superior.
Além disso, o Censo também analisou a distribuição das pessoas com nível superior por áreas gerais de formação, informações que reforçaram uma maior tendência de qualificação entre as mulheres.
De 2000 a 2022, a frequência escolar em MS cresceu em todas as faixas etárias até 24 anos, com destaque para o grupo de 4 a 5 anos, cuja taxa de frequência escolar bruta aumentou 45,8 pontos percentuais, passando de 34,5% para 80,3%.
Contudo, apesar desse avanço, as taxas de frequência escolar ainda estão abaixo da meta do Plano Nacional de Educação (PNE) nas faixas de 0 a 3 anos e de 4 a 5 anos.
Em relação às crianças de 0 a 3 anos, apenas dois municípios - Chapadão do Sul e Nova Andradina - têm taxas de frequência escolar bruta acima de 50%, conforme a meta 1 do PNE.
No setor de educação, Batayporã lidera em termos de frequência escolar na faixa de 4 a 5 anos, enquanto Rochedo registra a menor taxa neste grupo. Além disso, a taxa de frequência escolar bruta entre as crianças indígenas de 0 a 3 anos é de apenas 8,7%, com apenas sete municípios atingindo a meta de 50% de crianças indígenas nessa faixa etária matriculadas na creche.
Por fim, a proporção de pessoas com nível superior completo em MS triplicou entre 2000 e 2022, refletindo uma melhoria significativa na educação superior. No entanto, o número de moradores por profissional de medicina no Estado continua a ser o quinto menor do país.


