Depois de 11 dias de estiagem e muito calor na região de Dourados voltou a chover moderadamente a partir da tarde de quinta-feira, evitando o aumento das perdas na cultura da soja. De acordo com levantamento da Fundação MS, de Maracaju, a quebra média na produtividade é calculada em 15% nos principais municípios produtores do centro-sul do Estado.
As lavouras haviam enfrentando um dezembro com pouca água, mas choveu no final daquele mês, acumulando 42,6 milímetros em dois dias. Mas a partir de 1º de janeiro a seca voltou, o que deixou os produtores novamente em estado de alerta com a possibilidade da progressão dos prejuízos.
Com a chegada de nebulosidade do norte do País e de uma frente fria do sul, na quinta-feira choveu 13 milímetros. Ontem o dia ficou nublado na região de Dourados com sucessivas pancadas de chuva que somaram 19 milímetros até a metade da tarde. Os 32 mm foram suficientes para garantir a continuidade do desenvolvimento da soja, segundo técnicos do setor.
As lavouras estão em floração e na fase de formação de grãos e a umidade é essencial para o desenvolvimento do ciclo produtivo, explicou o presidente da Associação dos Engenheiros Agronomos da Grande Dourados (Aeagran), Bruno Andrade Tomasini.
Assim como as ultimas precipitações, as de ontem foram de fraca intensidade, mas contínuas. Isso garantiu melhor absorção da água no solo, evitando a formação de erosão dentro das lavouras.
A meteorologia prevê para hoje (dia 14) novas pancadas de chuva, porem com abertura de sol no sul do Estado. Já amanhã o tempo deve ficar firme com o dia ensolarado.
Mas tempo seco favoreceu o controle da ferrugem asiática da soja, a principal doença da cultura. Mato Grosso do Sul está "ilhado", já que nos Estados vizinhos -- Paraná, Mato Grosso e Goiás há registros de ocorrências; São Paulo também está livre da ferrugem, por enquanto. No País, até ontem eram 60 focos.
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