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Com a saca da soja a R$ 88, prejuízo aos produtores pode chegar a R$ 5,8 bilhões

Desvalorização da cotação da oleaginosa foi de 51% em dois anos, já o custo para produzir aumentou 13% no mesmo período

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A saca de soja com 60 kg teve desvalorização de 51,19% em dois anos. Em fevereiro de 2022, a oleaginosa era negociada a R$ 180,31, já nesta semana o preço pago é de R$ 88 no mercado físico de Mato Grosso do Sul. No mesmo período, o custo para produzir cresceu 13,85%, saindo de R$ 5.419 por hectare plantado na safra 2021/2022 para R$ 6.170 no ciclo 2023/2024.  

Considerando a estimativa do Sistema de informação do Agronegócio (Siga-MS), de que Mato Grosso do Sul vai produzir 54 sacas por hectare neste ciclo, se essas 54 sacas forem comercializadas a R$ 88, serão pagos R$ 4,7 mil por hectare. Com o custo de R$ 6,1 mil por hectare na hora de implantar a cultura, o produtor rural vai acumular um prejuízo de R$ 1,4 mil, em média, por cada hectare plantado.

Tendo em vista o mesmo cálculo para o total estimado de 4,2 milhões de hectares semeados nesta segunda safra, o prejuízo aos produtores pode chegar a R$ 5,8 bilhões na safra de soja 2023/2024.

O boletim econômico com o custo de produção da soja, divulgado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), aponta que o produtor teve despesa total de R$ 6.170,61 por hectare.  
O valor é a soma do custeio da lavoura (que inclui sementes, fertilizantes, inoculantes, etc.), de R$ 3.497,90 por hectare; dos outros custos variáveis (seguro, mão de obra, impostos), R$ 1.707,09; das despesas financeiras (juros), R$ 349,79; da depreciação de máquinas e implementos, R$ 325; de outros custos fixos, R$ 74,83; e renda fatores, R$ 216.

“É uma ferramenta auxiliar na gestão financeira agrícola. Os custos são avaliados pela soma de todas as despesas direta e indiretas, custos variável e fixo, associadas à produção da cultura, no caso, a soja”, detalha o boletim técnico. 

PREÇOS

Dados da Granos Corretora, compilados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), apontam que, em janeiro, a saca com 60 kg de soja passou a ser comercializada abaixo de R$ 100. A última vez que a cotação havia chegado a R$ 99 foi no dia 25 de junho de 2020, ou seja, há mais de três anos e meio. 

De junho em diante, os produtores sul-mato-grossenses viram os preços subirem gradativamente, até romperem a barreira dos R$ 200,00, em fevereiro de 2022. Com o preço nas alturas, a oferta disparou e agora está sobrando produto, levando à redução de preço, explicam os analistas.

Segundo o corretor Carlos Dávalo, da Granos Corretora, produtores do sul do Estado chegaram a receber R$ 206 no início de 2022. “Não adianta a gente se iludir, esse é o novo cenário mundial para o preço da soja. Na cotação para maio, o bushel está sendo cotado abaixo de US$ 12,5 na bolsa de Chicago”, explica. Em anos anteriores, o bushel (27,21 kg) chegou a US$ 16,5.

Utilizando como base os primeiros dez dias de fevereiro de cada ano, a saca de soja saiu de R$ 73,56, em 2020, para R$ 157,38 no mesmo período de 2021. Já em fevereiro de 2022, o preço médio registrado em Mato Grosso do Sul era de R$ 180,31, passando para R$ 155,44 no início do ano passado e atingindo a pior cotação na última semana, indo a R$ 88 no mercado físico local. 

SAFRA

O Siga-MS aponta que, para a safra de soja 2023/2024, são projetados 13,818 milhões de toneladas, redução de 7,92% no comparativo com o ciclo anterior (2022/2023), quando Mato Grosso colheu recorde de 15,007 milhões de toneladas.

O boletim Casa Rural, elaborado pela Famasul e Aprosoja-MS, aponta que 7,4% das lavouras de MS encontram-se em más condições, 12% em condições regulares e 80,6% em boas condições.

“Para uma lavoura ser classificada como ruim, ela deve apresentar diversos critérios negativos, tais como alta infestação de pragas, desfolhamento excessivo, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, entre outros defeitos que causem perdas significativas de produtividade. Uma classificação regular é atribuída a lavouras que apresentam poucos problemas e pequeno amarelamento das plantas em desenvolvimento. Já uma classificação boa é dada a lavouras que não têm nenhuma das características anteriores, com plantas saudáveis e que garantem uma boa produtividade”, detalha o documento técnico.

Engenheiro-agrônomo, doutor em Fitotecnia e pesquisador do Centro de Pesquisa e Consultoria Agropecuária Desafio Agro, Danilo Guimarães, descreve o cenário produtivo da soja no ciclo 2023/2024 como desfiador em Mato Grosso do Sul. “Ocorreram perdas significativas de produção e produtividade nas lavouras. E pode ser que esta perda seja ainda maior”, avalia.

O boletim técnico corrobora com a afirmação do engenheiro. “As primeiras áreas que foram colhidas na região nordeste indicam uma diminuição do potencial produtivo, variando entre 10 e 15 sacas por hectare”.
E ainda detalha que as expectativas iniciais de produção, produtividade e área cultivada em Mato Grosso do Sul permanecem inalteradas, “uma vez que estão levando em conta um cenário de instabilidade climática. O volume de chuvas, especialmente no período que se estende até o fim de fevereiro, será o principal fator determinante da produtividade em todo o Estado”.  

A área colhida até o início de fevereiro foi de 13,2%, ou 563 mil hectares. 

LOTERIA

Resultado da Quina de hoje, concurso 6560, quinta-feira (17/10)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

17/10/2024 19h02

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6560 da Quina na noite desta quinta-feira, 17 de outubro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 3 milhões.

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6560 são:

  • 29 - 37 - 60 - 05 - 66

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6561

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sexta-feira, 18 de outubro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6561. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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A nível nacional

MS tem 14 municípios entre os 100 mais ricos do agronegócio

Estado é o segundo do país com o maior número de municípios no ranking, atrás apenas do vizinho Mato Grosso

17/10/2024 11h30

Gerson Oliveira/Arquivo Correio do Estado

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O  Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA), mapeou os 100 municípios mais ricos do Brasil no agronegócio em 2023, baseado nos dados da pesquisa anual do IBGE sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM).

Segundo o levantamento, no ano passado a produção agrícola brasileira alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões.

A análise mostra que Mato Grosso do Sul tem 14 municípios na lista, são eles:

Além de MS, estão na lista municípios de outras 13 unidades da federação: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantis.

O estado aparece em segundo lugar no ranking de estados com maior número de municípios no "Top 100", atrás apenas do vizinho Mato Grosso, que se destaca com 36 dos municípios mais produtivos do país.

Os 10 melhores

O ranking foi liderado por Sorriso, no Mato Grosso, com produção de R$ 8,3 bilhões, seguido por São Desidério, na Bahia, com R$ 7,7 bilhões. Veja o "top 10" brasileiro: 

Análise do MAPA

Os 100 municípios mais ricos em valor de produção ocupam uma área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total de 95,8 milhões de hectares do Brasil. A base das informações abrange 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes produzidas nos 5.563 municípios brasileiros, e a classificação dos 100 municípios é fundamentada no valor da produção.

Entre os produtos, a soja permanece no topo, representando R$ 348,6 bilhões, ou 42,8% do valor total da produção agrícola. O milho também apresentou resultados significativos, com R$ 101,8 bilhões, seguido pela cana-de-açúcar, com R$ 101,9 bilhões. Culturas como algodão, café e laranja também tiveram grande importância, demonstrando a diversidade da produção agrícola brasileira.

A participação dos cinco principais municípios produtores em culturas específicas é notável. Sapezal (MT) e São Desidério (BA) respondem por mais de 30% da produção de algodão. Já na produção de arroz, o Rio Grande do Sul lidera com Santa Vitória do Palmar, responsável por 5,6% da produção nacional.

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