Economia

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Commodities e moeda japonesa impulsionam dólar a R$ 5,65, Alta de 1,23%

Investidores fugiram de moedas emergentes com queda no minério de ferro, e recuperação do iene afastou procura por real; Bolsa fechou em leve queda.

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O dólar fechou em alta de 1,23% nesta quarta-feira (24), a R$ 5,656, repetindo o movimento do dia anterior com pressão de commodities no exterior, em meio, também, à recuperação do iene japonês.

Já a Bolsa fechou em leve queda de 0,13% aos 126.422 pontos, também influenciada pela queda de commodities.

Os investidores ainda tiveram no radar a repercussão negativa dos balanços de big techs nos Estados Unidos, que puxaram Wall Street para baixo.

Dois fatores geraram pressões sobre moedas emergentes nesta quarta: a recuperação do iene frente ao dólar e a piora nas perspectivas sobre a economia da China, o que prejudica a demanda por matérias-primas globalmente.

A moeda japonesa tem acumulado ganhos contra a divisa norte-americana em meio a suspeitas de intervenção cambial das autoridades e à especulação sobre se o Banco Central do Japão elevará os juros em reunião na próxima semana.

Um iene valorizado ante o dólar e a possibilidade de diminuição no diferencial de juros entre Japão e Estados Unidos levam investidores a reverter operações de "carry trade", isto é, quando tomam ativos em locais com juros baixos para rentabilizar em outros com juros mais altos. Isso provoca uma fuga de capitais de emergentes para sustentar essa reversão no mercado japonês.

Os ativos emergentes também foram impactados por uma fraqueza dos preços de commodities diante da piora nas perspectivas econômicas da China, grande importadora de matérias-primas.

A queda do minério de ferro, em particular, prejudica o Brasil. A matéria-prima da siderurgia teve mais um dia de fortes perdas na Bolsa de Dalian, atingindo o menor valor em mais de três meses.

A desvalorização da commodity também afetou a sessão do dólar e o pregão da Bolsa na terça-feira, quando a moeda norte-americana subiu 0,33%, a R$ 5,587, e o Ibovespa caiu 0,96%, aos 126.632 pontos.

"As quedas fortalecem o dólar contra moedas de países que são fortes exportadores, porque as commodities contribuem com uma fatia alta na balança comercial desses países", afirma Andre Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital.

"Ou seja, quanto mais baixo o preço das commodities, pior a balança comercial desses países, causando assim uma aversão a risco por parte dos investidores."

Apesar disso, as mineradoras Vale e CSN tiveram ganhos relevantes na sessão, a 0,61% e 1,41%.

Os contratos futuros do petróleo, por outro lado, fecharam em alta nesta quarta-feira, apoiados por grandes quedas nos estoques da commodity e de combustíveis nos Estados Unidos. A alta valorizou as empresas brasileiras do setor.

"A sessão registrou algumas altas relevantes, como Prio (5,02%), Petro Recôncavo (3,76%). As duas petroleiras se valorizaram impulsionadas pela elevação do preço internacional da commodity e por recentes relatórios de instituições relevantes que reforçam recomendações de compra", diz Felipe de Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.

Na esteira da alta do petróleo no exterior, os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras avançaram 0,80% e 1,01%, respectivamente.

Além disso, os investidores também repercutiram a nova temporada de balanços corporativos do segundo trimestre. O Santander Brasil divulgou alta de 44,3% no lucro líquido, em um desempenho que superou previsões do mercado e que foi apoiado por aumento de empréstimos e das tarifas.

A instituição espanhola foi o primeiro grande banco a publicar resultados trimestrais, dando o tom para os próximos balanços dos rivais Itaú Unibanco e Bradesco. As ações operaram em estabilidade nesta quarta com leve alta no fim do dia, a 0,35%.

No exterior, balanços decepcionantes da Tesla e da Alphabet, controladora do Google, minaram ganhos em Wall Street, conforme o resultado das duas companhias levantaram questões sobre o domínio das big techs e o boom da Inteligência Artificial.

Já na cena doméstica, o mercado seguiu de olho no fiscal. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou panos quentes sobre temores de investidores quanto às contas públicas, dizendo que "haverá cortes de gastos sempre que necessário".

O mercado, porém, segue cauteloso. O governo divulgou, na segunda-feira, o Relatório Bimestral de Despesas e Receitas, que trouxe detalhes sobre o contigenciamento de R$ 15 bilhões no Orçamento anunciado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) na semana passada.

Com o documento, o governo confirmou a necessidade de bloqueios em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário em 2024 a R$ 28,8 bilhões —exatamente no limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero.

"Agora, ou as economias provenientes da revisão dos benefícios fiscais se mostram tão significativas quanto o governo prevê, ou a situação pode se tornar crítica", avalia André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online.

"Um déficit primário acima de R$ 28,8 bilhões, que é o limite do novo arcabouço fiscal, poderia minar a confiança no governo e causar uma nova disparada no câmbio, semelhante ao ocorrido no segundo trimestre do ano."

Na terça, além da queda de commodities, o mercado seguiu de olho na cena fiscal após a divulgação do Relatório Bimestral e nos desdobramentos das eleições nos Estados Unidos.

Joe Biden anunciou, no domingo, que não será mais candidato à reeleição e endossou a candidatura de Kamala Harris, sua vice-presidente.

A perspectiva de um novo mandato de Donald Trump na presidência dos EUA havia afetado o apetite por risco em mercados emergentes. Temores de uma política comercial restritiva e uma política externa isolacionista geraram pressão em uma série de moedas, incluindo o real.

"A decisão de Biden mexe com os mercados porque a chance de Trump ganhar diminui, então isso 'enfraquece' a chance da política ficar mais protecionista, o que enfraquece o dólar", afirma Hemelin Mendonça, educadora financeira e sócia da AVG Capital.

A semana ainda guarda os dados do PIB dos Estados Unidos e do PCE, indicador preferido de inflação do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), que serão conhecidos na quinta e na sexta-feira.

A partir deles, o mercado reajustará as expectativas para quando o ciclo de afrouxamento monetário dos EUA poderá começar, com a maior parte das apostas mirando o mês de setembro.

 

*Informações da Folhapress 
 

Loterias

Resultado da Quina de hoje, concurso 6558, terça-feira (15/10)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

15/10/2024 19h02

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6558 da Quina na noite desta terça-feira, 15 de outubro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1 milhão;

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6558 são:

  • 79 - 41 - 06 - 55 - 56

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6559

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no  quarta-feira, 16 de outubro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6559. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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Economia

Com pressão do petróleo, dólar atinge R$ 5,66 e Bolsa fecha em estabilidade

Já a Bolsa fechou em estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 131.043 pontos

15/10/2024 19h00

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20)

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20) Arquivo/ Agência Brasil

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O dólar disparou 1,41% nesta terça-feira (15), cotado a R$ 5,660, sob efeito da queda de commodities no exterior, em especial do petróleo.

A moeda teve uma sessão de forte valorização em relação a divisas de mercados emergentes. Além do real, os pesos chileno e colombiano também estiveram entre as maiores baixas das negociações de câmbio globais.

Já a Bolsa fechou em estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 131.043 pontos. Apesar do tombo das ações da Vale e da Petrobras, empresas ligadas à economia doméstica impediram maiores perdas, amparadas pela perspectiva de corte de gastos do governo federal.

O pregão foi embalado pelos planos de estímulo econômico da China e pelas tensões no Oriente Médio -duas fontes de volatilidade nas últimas semanas que pressionaram o mercado de commodities.

A começar pela ponta asiática, reportagem da publicação chinesa Caixin Global apontou que a China pode levantar mais 6 trilhões de iuanes (US$ 850 bilhões) com títulos especiais do Tesouro ao longo de três anos para estimular o crescimento econômico.

A matéria, feita com fontes internas, segue a esteira da entrevista coletiva de Lan Fo'an, o ministro das Finanças chinês, no sábado. Sem detalhar números, ele disse que Pequim "aumentará significativamente" a dívida pública para injetar estímulos na economia, sobretudo para o mercado imobiliário, setor bancário e governos locais.

O número divulgado pela Caixin não foi o suficiente para reanimar investidores, já decepcionados pela ausência de detalhes sobre o tamanho e o cronograma das medidas fiscais.

A intensidade do pacote de estímulos tem sido objeto de especulação nos mercados financeiros desde que foi anunciado, há cerca de três semanas. De lá para cá, as ações chinesas atingiram o maior nível em dois anos, até recuarem novamente na ausência de informações oficiais.

O sentimento de decepção tem se espalhado no mercado de commodities, afetando países exportadores. O minério de ferro, negociado na Bolsa de Dalian, enfrentou uma sessão de baixa nesta terça, com a perspectiva de uma demanda menor por parte da China -maior importador de matérias-primas do mundo.
Isso, na Bolsa brasileira, afetou as ações da Vale, em queda de 1,29%, apesar da recomendação de compra do banco JPMorgan.

Já em relação ao Oriente Médio, uma reportagem do The Washington Post informou que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, teria dito aos Estados Unidos que está disposto a atacar alvos militares iranianos, e não alvos nucleares ou petrolíferos.

A notícia acalmou preocupações em relação a um possível distúrbio no fornecimento de petróleo da região. Com temores de oferta arrefecidos, os preços do barril do Brent, referência do exterior, entraram em movimento de correção e despencaram mais de 4%, afetando países exportadores da commodity, como o Brasil.

"Estamos vendo um desmantelamento do prêmio de guerra que construímos na semana passada", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group. "O que estamos vendo não é realmente sobre oferta, é sobre o risco para oferta e demanda."

Aqui, as ações da Petrobras perderam 1,03%. No câmbio, o real foi penalizado pela desvalorização das principais commodities do país -o petróleo e o minério de ferro.

"O dólar subiu refletindo a piora dos termos de trocas de países exportadores, com alta frente a maioria das moedas emergentes", diz Andre Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital.

Na cena doméstica, os investidores ainda avaliaram a notícia de que o governo federal prepara medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais.

O mercado aguarda cortes de despesas diante de um contexto desafiador para a percepção fiscal, segundo analistas.

A notícia foi dada primeiro pela agência Reuters, com duas fontes internas do Ministério da 
Fazenda com conhecimento no assunto.

Uma das pessoas ouvidas pela reportagem disse que o governo prepara um primeiro pacote visando gastos específicos e pontuais, seguido por outro com propostas estruturais e "mais duras".

Uma segunda fonte da pasta afirmou que a contenção de gastos obrigatórios virá para dar sustentação "por dentro" ao arcabouço fiscal, abrindo margem para as despesas discricionárias, que incluem investimentos.
As medidas serão apresentadas depois do segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro.

Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, muita coisa pode ocorrer até essa data. "Se as medidas do governo federal serão ou não de fato materializadas, só os próximos dias dirão".
 

*Informação da Folhapress 

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