Economia

MERCADO EXTERNO

China paga 70% mais por carne brasileira

País asiático paga R$ 360 por arroba do boi; alta do dólar torna exportação atrativa

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Com o aumento do preço da carne muito se fala em exportação para o mercado chinês. 

Mas você sabe porque o Brasil comemora tanto a abertura do mercado externo? 

O Correio do Estado apurou quanto se paga pela carne brasileira mundo afora e as cifras são tentadoras para quem abate ou para quem produz. 

Enquanto no mercado interno a arroba do boi gordo custa R$ 211 (cotação de Campo Grande), a China paga R$ 360,60 pela arroba da carne brasileira.

As exportações brasileiras de carne bovina fecharam o mês de outubro com recorde em faturamento e nos volumes embarcados. 

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume exportado somente em outubro foi de 185.537 toneladas, crescimento, 15% em relação ao mesmo período do ano passado.  

Ultimas noticias

O resultado representa o maior volume mensal já embarcado pelo País e o maior faturamento em um mês. Em relação ao faturamento, o mês fechou com receita de US$ 808,4 milhões, 30% acima do mesmo mês em 2018.

De acordo com as informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq), os valores pagos pelo mercado externo variam conforme o país. 

A China pagou, em outubro, US$ 5,67 pelo quilo da carne brasileira, considerando a arroba (15kg) o valor pago pela arroba é de US$ 85,05. 

Com o dólar cotado a R$ 4,24, o valor pago ao exportador brasileiro é em média de R$ 360,60 por arroba.

Ainda entre os asiáticos, Hong Kong paga valor semelhante ao que o mercado interno tem pago. 

O quilo foi comercializado a US$ 3,21 ou US$ 48,15 a arroba, o equivalente a R$ 204,15. 

O valor pago pelo Irã ao exportador foi de US$ 3,55 o quilo-US$ 53,25 a arroba-ou R$ 225,77 a cada 15kg. Os Emirados Arábes Unidos pagam R$ 244,86 pela arroba do gado brasileiroe a Arábia Saudita R$ 218,78.

Segundo o presidente da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne (Assocarnes-MS), Sérgio Capuci, o custo para produzir carne para o mercado exportador também é maior para o produtor brasileiro. 

“Exige um preço de produção mais alto. É uma carne extremamente limpa, sem gorduras e somente para os animais com idade de aproximadamente 30 meses. Não é qualquer animal. Você acaba reduzindo o volume de produção, exige muito mais trabalho”, explicou. 

A arroba do boi apresentou grande valorização no mercado interno brasileiro nos últimos dias. 

Em 15 de outubro a arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul custava R$ 155,50, conforme dados da Scot Consultoria. 

Na última semana de novembro a arroba está cotada a R$ 209,00 no Estado, aumento de 34% em pouco mais de um mês. A alta procura lá fora, e a escassez de carne para o mercado interno, elevou o preço para o consumidor. Na sexta-feira, o preço do quilo de carne em Campo Grande variava R$ 19,90 (músculo) e R$ 71,90 (picanha).

ESTADOS UNIDOS

Os Estados Unidos mantêm o veto para a reabertura de seu mercado para a carne bovina in natura do Brasil. 

Durante a inauguração do complexo industrial da Coamo, em Dourados, que ocorreu no dia 25 de novembro, a ministra Tereza Cristina disse que ainda não tem boas notícias em relação à situação em que se encontra a exportação da carne para o país americano, mas que se trata de uma suspensão temporária.

Caso o Brasil estivesse apto a comercializar carne bovina para o país norte-americano, o valor da arroba seria mais que o dobro do que é pago ao mercado interno. 

O quilo da carne in natura custa US$ 8,06, o que representa US$ 120,90 por arroba, considerando o dólar a R$ 4,24, cada arroba seria vendida aos Estados Unidos por R$ 512,60.

O Correio do Estado ainda teve acesso aos valores pagos por países da Europa, África e América do Sul. 

O valor mais baixo é pago pelo Egito onde a carne brasileira recebe US$ 2,99 por quilo, ou US$ 44,85 por arroba (R$ 190,16). Para o Chile o produto brasileiro é comercializado a US$ 54,90 a arroba, ou R$ 232,77. 

A Itália paga R$ 379,04 por arroba, o que significa US$ 89,40 pelos 15 kg  e US$ 5,96  a cada quilo. Nos Países Baixos (Holanda) a arroba do boi brasileiro chega a US$ 104,70, um total de R$ 443,91.

 

Loterias

Resultado da + Milionária de hoje, concurso 200, quinta-feira (21/11)

A + Milionária tem dois sorteios semanais, às quartas e sábados, sempre às 20h; foi excepcionalmente antecipada devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, veja quais os números sorteados no último concurso

21/11/2024 19h03

Confira o resultado da +Milionária

Confira o resultado da +Milionária Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realiza o sorteio do concurso 200 da + Milionária na noite desta segunda-feira, 21 de novembro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorre no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 24 milhões.

Confira o resultado da + Milionária de hoje!Os números da + Milionária 200 são:

  • 10 - 07 - 22 - 39 - 05 - 28

  • Trevos sorteados: 3 - 5 

O sorteio da + Milionária é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: + Milionária 201

Como a + Milionária tem dois sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 23 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 201. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da + Milionária é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 6,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher de 6 a 12 números dentre as 50 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

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Reação do Agro

"Absurdo", diz governador de MS sobre veto do Carrefour à carne do Mercosul

Eduardo Riedel condena decisão da multinacional francesa e defende a imagem do agronegócio sul-mato-grossense no cenário internacional

21/11/2024 17h23

Eduardo Riedel criticou decisão do Carrefour

Eduardo Riedel criticou decisão do Carrefour Bruno Rezende/Divulgação

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, condenou a decisão da matriz do Carrefour, na França, de banir a importação de carnes de países do Mercosul. “Esse é o tipo de coisa que a gente quer combater, esses absurdos comerciais que transportam a relação para algo negativo”, disse o governador.

O comentário foi feito durante o lançamento de uma parceria com a Nuffield, uma organização internacional voltada ao fomento de estudos em outros países. O convênio será firmado por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect).

A Nuffield tem como foco a agricultura sustentável e promoverá o programa em parceria com a Fundect, a Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). O objetivo é fortalecer práticas de agricultura sustentável no Estado. Segundo a organização, a agricultura é a base de um futuro sustentável, e iniciativas como essa ajudam indivíduos a adquirir confiança, conhecimento e a construir redes que aprimoram suas habilidades de liderança. O programa permitirá aos participantes conhecerem as práticas mais inovadoras e modernas em empresas e propriedades rurais de referência global.

“Eu acredito que o Nuffield não é só uma oportunidade de ver e aprender lá fora, mas também de colocar um pouco de Mato Grosso do Sul no mapa do mundo”, afirmou o governador. Ele destacou que, recentemente, recebeu uma comitiva internacional de observadores, que puderam verificar como os agricultores do Estado trabalham. “Eles levaram de volta a percepção muito positiva da nossa atividade, que muitas vezes é diferente da ideia pré-concebida que se tem lá fora”, completou Riedel.

Foi nesse contexto que o governador criticou a decisão do Carrefour de proibir a compra de carne do Mercosul. “Esse tipo de coisa que a gente quer combater. Esses absurdos comerciais que trazem algo negativo para essa relação”, reforçou.

Entenda o caso

Na quarta-feira, dia 20, o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou que a empresa deixará de comercializar carnes provenientes de países do Mercosul, como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Em uma carta destinada a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores (FNSEA), e compartilhada em suas redes sociais, Bompard explicou que a decisão foi motivada pela insatisfação dos agricultores franceses. Eles protestam contra a proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.

 

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