Economia

RENOVÁVEL

Conta de luz mais cara incentiva investimentos em energia solar

No Estado, foram aplicados mais de R$ 100 milhões do FCO em placas solares neste ano

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A conta de luz ficará mais cara a partir desta quarta-feira (1°) em Mato Grosso do Sul. O reajuste será de 6,9% para o consumidor residencial e de 14% para o produtor rural. Além disso, o setor elétrico vai receber ajuda de R$ 16,1 bilhões, que serão distribuídos por meio de taxas nos próximos cinco anos, a partir de 2021. Com as altas consecutivas na energia elétrica, o governo estadual incentiva produtores rurais e empresários a investirem em energia solar.  

Somente neste ano, o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) liberou mais de R$ 100 milhões para investimentos em placas fotovoltaicas. “O FCO possui, tanto na linha rural quanto na empresarial, a possibilidade de financiamento de placas solares, seja para geração distribuída ou para o consumo próprio de energia. Neste ano, nós já aplicamos em torno de R$ 100 milhões do Fundo em placas solares. A linha continua aberta com as medidas e os procedimentos de garantias e estruturação do banco. Temos percebido uma crescente demanda, até pela situação do custo da energia elétrica: a energia rural sobe 14% agora em julho e a residencial 6,9%, já com uma perspectiva de, no próximo ano, poder chegar a uma alíquota de aumento de 20% a 30%”, explicou o titular da Secretaria do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.

Além do reajuste que vai incidir nas contas a partir de 1° de julho, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um socorro financeiro a empresas do setor elétrico por meio de um empréstimo bancário com valor máximo de R$ 16,1 bilhões. O empréstimo será feito por meio de um conjunto de bancos, coordenados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O montante cobrirá as perdas no setor elétrico, causadas pela queda no consumo e aumento da inadimplência durante a pandemia do novo coronavírus. O empréstimo será pago com recursos que virão de encargos cobrados nas contas de luz a partir de 2021.

“Em função disso, a gente tem estimulado um maior número de produtores e empresários a buscarem energia solar. O FCO não financia pessoas físicas para aquisição para residências, mas isso também tem crescido. Agora, também dentro do Plano Safra [2020/2021], tem o Inovagro, que estimula o investimento em energia solar. Os produtores terão recursos do Plano para que possam fazer aquisição de energia solar”, destacou.

TAXAÇÃO

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu, em outubro do ano passado, consulta pública para alterar as regras sobre a energia solar fotovoltaica. Com a mudança, o mini e o microgerador de energia solar seria taxado em até 63% sobre a energia e passaria a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz.

O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) é autor do projeto que regulamenta as taxas da energia solar no País. Segundo o deputado, caso a resolução da Aneel prosperasse, aconteceria a inviabilização do setor, que vinha em franco desenvolvimento. O PL 2.215/2020 foi apresentado em março. O intuito é criar uma regulamentação para a mini e a microgeração de energia, garantindo e incentivando a geração de energia limpa.  

“O projeto dá garantias de que, até que a geração de energia fotovoltaica do País atinja o percentual de 15%, não haverá nenhum tipo de taxa. Apenas a partir do momento em que se alcance 15,01%, começará uma progressividade de cobrança na distribuição. Enquanto for até 15%, a distribuição vai ter de suportar sozinha”, explicou Pereira.

O secretário Jaime Verruck destaca que o deputado foi motivado por diversos setores e tem o apoio do Estado para manter a isenção de taxas. “Para se ter uma ideia, hoje a matriz do Brasil não chega a 1%. A de Mato Grosso do Sul chega a 1,2% do total da energia gerada. Trabalhamos fortemente para que o projeto seja votado em regime de urgência na Câmara dos Deputados. Ele [Beto Pereira] já conseguiu o número de assinaturas [para tramitar em regime de urgência], e, hoje, o projeto está nas mãos do Rodrigo Maia, para que se faça essa votação”.  

O projeto de lei ainda não entrou na pauta da Casa e não tem previsão de data para ser votado.  

O empresário Hewerton Martins, presidente do Movimento Solar Livre (MSL), defende que é importante que o projeto seja aprovado, até mesmo para ajudar as pequenas e as médias empresas a reduzirem seus custos com energia. “Sabemos que o setor elétrico recebeu mais de R$ 16 bilhões, que serão pagos por nós consumidores a partir de 2021, com os reajustes tarifários. Os pequenos negócios precisam de segurança jurídica para investirem na energia solar e manterem empregos”, completou Martins.

INCENTIVO

Na semana passada, a Prefeitura de Campo Grande sancionou lei para incentivar o uso e a geração de energia solar na Capital. Conforme o texto, a intenção é incentivar a geração de energia fotovoltaica e térmica, fomentar a sustentabilidade ambiental e racionalizar o consumo de energia elétrica e outras fontes de energia em Campo Grande.

De acordo com o texto publicado no Diário Oficial, o objetivo é estimular, “como forma de diminuir o consumo das diferentes fontes de energia, os investimentos e a implantação dos sistemas de energia solar quando houver viabilidade técnica e econômica, contribuindo para a segurança e a diferenciação energética, a economia na demanda, no consumo e nos gastos com energia e na redução das emissões de poluentes e de gases de efeito estufa e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida”, descreve a lei.  

Ainda de acordo com o texto, a prefeitura quer incentivar parcerias entre os órgãos municipais, estaduais e federais, com o objetivo de gerar economia. A tendência, de acordo com o secretário Jaime Verruck, é que haja crescimento na demanda de energia solar.  

“A Prefeitura de Campo Grande lançou um programa de incentivo, e a gente está inserindo isso nas políticas públicas municipais. A ideia é que os municípios comecem a utilizar energia solar para reduzir as suas contas de energia”, destacou Verruck, que ainda reforçou que o Estado apoia as iniciativas. “Lembrando que o Estado não cobra o diferencial de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na aquisição das placas, então, qualquer empreendimento tem o incentivo fiscal do Estado com a política da energia limpa. Além disso todo projeto de energia solar não tem compensação ambiental”, contextualizou Verruck.  

NEGATIVADOS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Além do alto número de consumidores com contas em atraso, os CNPJs também alcançam patamar recorde

23/12/2025 08h40

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS Gerson Oliveira

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O avanço da inadimplência entre as empresas de Mato Grosso do Sul atingiu em outubro o recorde de 119,8 mil companhias. Trata-se do maior número de CNPJs negativados desde o início da série histórica do indicador da Serasa Experian. Além das empresas, o número de consumidores também atingiu recorde com 1,234 milhão de pessoas físicas.

Ainda conforme o levantamento, juntos, os negócios somaram R$ 2,9 bilhões em dívidas inadimplidas. As empresas inadimplentes acumulam dívida média de R$ 25.795,72 por CNPJ, com cerca de oito contas em atraso. O ticket médio, ou seja, o valor médio por débito é de R$ 3.256,71.

“O número recorde de empresas inadimplentes reforça os sinais de fragilidade financeira no setor corporativo. A desaceleração na concessão de crédito tem limitado a capacidade das empresas de renegociar dívidas e reorganizar suas obrigações financeiras, aumentando a pressão sobre o caixa. O esfriamento da atividade econômica reduz a geração de receita, criando um cenário desafiador para a manutenção da liquidez e para a sustentabilidade das operações, especialmente entre micro e pequenas empresas”, avalia a economista da datatech, Camila Abdelmalack.

Inadimplência recorde atinge 120 mil empresas e 1,2 milhão de pessoas em MS

No cenário nacional, o número atingiu recorde de 8,7 milhões de empresas. Juntos, os negócios somaram R$ 204,8 bilhões em dívidas. Ainda segundo os dados, a dívida média das companhias em outubro deste ano foi de R$ 23.658,74. Cada negócio inadimplente acumulou, em média, 7,1 contas em atraso, entre as quais o ticket médio por compromisso vencido foi de R$ 3.329,5.

Do total de empresas inadimplidas em outubro, 54,9% eram do setor de serviços, 33% do comércio, enquanto 8% pertenciam à indústria. Já em relação aos setores das dívidas negativadas no período, o maior volume de negativações ficou em serviços (32,2%), seguido por bancos e cartões (19,3%).

Do total de 8,7 milhões de companhias inadimplentes em outubro deste ano, a maioria eram micro, pequenas e médias empresas (8,2 milhões), ainda segundo o indicador da datatech. Juntas, concentraram o volume de 56,8 milhões de dívidas negativadas que somaram R$ 184,6 bilhões em contas inadimplidas.

“As micro, pequenas e médias empresas sentem mais rapidamente os impactos dos juros altos e das incertezas do cenário internacional. Em um ambiente movediço, as maiores têm mais estrutura para honrar as suas dívidas, mesmo com o giro de capital impactado pela retração diante dos desafios atuais do cenário econômico brasileiro”, esclarece Camila.

CONSUMIDORES

O endividamento do consumidor sul-mato-grossense também atingiu o nível mais alto da série histórica e já compromete mais da metade da população adulta. Segundo os dados de outubro, o Estado soma 1.234.934 moradores com o nome negativado, o equivalente a 57,2% da população. Juntos, eles acumulam 5,42 milhões de dívidas, que totalizam R$ 9,23 bilhões.

As dívidas com bancos e cartões de crédito são as principais responsáveis pela inadimplência, concentrando 29,6% do total. Em seguida vêm as financeiras (18,3%), o varejo (10,9%) e as contas básicas de serviços como energia e telefonia (12,8%). 

Os dados mostram que a inadimplência em Mato Grosso do Sul é estrutural e crescente, mesmo com o avanço de modalidades de crédito mais acessíveis, como o consignado CLT e o saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que têm funcionado como alívio imediato, mas aumentando o risco de endividamento permanente.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, somente as dívidas com bancos “sujam” o nome de quase 500 mil sul-mato-grossenses, número que vem crescendo mesmo com o aumento de linhas de crédito e renegociação. Até outubro deste ano, o Estado registrou 105,1 mil novos nomes incluídos em cadastros de inadimplência.

“A última queda foi registrada em dezembro de 2024. Para todas as idades, regularizar as contas é o primeiro passo para sair do vermelho e retomar o controle da vida financeira”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

O mestre em Economia Eugênio Pavão, aponta que o problema se agravou desde a pandemia e que parte das famílias entrou em um ciclo de dívidas sem volta. 

“A pandemia trouxe muita dívida para a população, e algumas não conseguem quitar essas contas, necessitando de recursos extras para isso, entrando em novas dívidas para pagar as antigas”, afirma o economista.

Para ele, a ampliação do acesso ao crédito de alto risco contribui para a piora do quadro.

“Um acesso mais facilitado a instrumentos de crédito de alto risco, como os cartões de crédito e o limite do cheque especial, torna-se arma na mão do cidadão brasileiro. Porque, a partir do momento em que ele tem à sua disposição esse tipo de crédito, ele vai usar – em muitos casos, até mesmo sem pensar – ou vai interpretar como uma extensão de sua renda, o que não é verdade”, completa Pavão.

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LOTERIAS

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 788, segunda-feira (22/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 21h; veja quais os números sorteados no último concurso

23/12/2025 08h30

Confira o rateio da Super Sete

Confira o rateio da Super Sete Foto/ Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 788 da Super Sete na noite desta segunda-feira, 22 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 800 mil.

Premiação

  • 7 acertos - 2 apostas ganhadoras, (R$ 363.960,24)
  • 6 acertos - 4 apostas ganhadoras, (R$ 5.595,83)
  • 5 acertos - 65 apostas ganhadoras, (R$ 491,94)
  • 4 acertos - 588 apostas ganhadoras, (R$ 54,38)
  • 3 acertos - 4.911 apostas ganhadoras, (R$ 6,00)

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 788 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 1
  • Coluna 2: 7
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 2
  • Coluna 5: 2
  • Coluna 6: 4
  • Coluna 7: 0

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 789

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 24 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 789. O valor da premiação está estimado em R$ 100 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 20h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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