A vida não imita as novelas. Na vida, não se pode sentar e esperar o último capítulo, onde tudo acaba bem. Os que olham, de modo superficial, mulheres como Iva, Laura, Fabiana e Magali, podem imaginar que foram predestinadas ao sucesso nos negócios, que aguardaram, pacientemente, a chegada do capítulo mágico de suas vidas. Ao contrário dessa visão, elas precisaram e precisam trabalhar, pesquisar, persistir. E tudo isso com o acréscimo de serem mulheres numa realidade ainda caracterizada pelas relações desiguais entre os gêneros.
Em números, as mulheres são minoria no empreendedorismo. Em Mato Grosso do Sul, há 28.514 empreendores individuais, dos quais 15.527 (54,4%) são homens e 12.987, mulheres (45,5%), conforme dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Como este é o primeiro levantamento sobre o assunto realizado pelo Sebrae, não é possível traçar comparações. No entanto, os percalços e as conquistas presentes em histórias como as das quatro mulheres desta reportagem fazem dos 45% muito mais que um índice - atribuem à essa estatística sabor vitorioso de destruição gradativa do muro das diferenças.
Fabiana Alencar Antunes Vieira e Laura Thereza Silva Pimentel certamente têm muitas coisas em comum, mas quatro características sobrassaem: ambas estão com 34 anos, são fisoterapeutas, empresárias e pioneiras em home car em Mato Grosso do Sul. A ideia, que aparenta ser simples, não havia sido colocada em prática por nenhum outro empreendedor antes de 2003, quando Fabiana, Laura e uma terceira sócia criaram a Vidalar, empresa que presta atendimento em saúde na própria casa do paciente.
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