Infraestrutura deficiente, falta de mão de obra especializada e alta carga tributária reduzem o índice de competitividade de Mato Grosso do Sul. Elaborado pela Unidade de Inteligência da revista inglesa The Economist e divulgado pela revista Veja, estudo revela que o Estado é o 9º melhor lugar para se investir no Brasil. A nota de 45,3, numa escala de zero a 100 em 25 indicadores de oito categorias, supera a média nacional, de 41,3 e os vizinhos Goiás (43,7) e Mato Grosso (39,8) na região Centro-Oeste.
A pesquisa confirma que os 'gargalos' para o desenvolvimento do Estado são os mesmos apontados por especialistas, empresários e até pelo Governo estadual. A falta de mão de obra especializada e de profissionais com nível superior compromete MS no quesito recursos humanos, onde o Estado fica com nota 33,3 (12º lugar). Só a construção civil precisa de 10 mil operários para atender a demanda, sem considerar o início das obras da fábrica de fertilizantes da Petrobras (5 mil trabalhadores) e da segunda unidade da Fibria (8 mil) em Três Lagoas.
Outro grave problema sul-mato-grossense é falta de estradas e rodovias para escoar a produção. A nota de infraestrutura é de 25, a segunda pior entre os 27 estados, contra 75 do Distrito Federal e de São Paulo. Projetos para resolver o problema são a construção de ferrovias, ampliação da capacidade da hidrovia e melhoria das rodovias federais e estaduais.
Outro problema é o baixo investimento em inovação (25) e a alta e complexa carga tributária (37,5). No quesito impostos, as usinas de etanol querem a redução da alíquota do ICMS para 12% sobre o álcool combustível, por exemplo.
Mato Grosso do Sul é um dos melhores locais para investimento nos quesitos estabilidade política, crescimento do mercado e política para atração de investimentos estrangeiros.


