A ocupação de postos de trabalhos voltados para o agronegócio está diminuindo em Mato Grosso do Sul e no Brasil. É o que mostra a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), PNAD Contínua - Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2024.
De acordo com o levantamento, desde o início da pesquisa, em 2012, alguns grupamentos de atividades no trabalho principal vêm perdendo participação na força de trabalho. É o caso da Agropecuária, produção florestal e pesca.
Em Mato Grosso do Sul, o percentual de pessoas ocupando esse grupamento tem registrado constante queda. Em 2024, o número registrou a primeira alta desde 2018, mas ainda é uma porcentagem menor que o ano de 2012.
Ao todo, em 2024, 10% do pessoal ocupado fazia parte do Agro como trabalho principal, enquanto em 2012, o número era de 12%.
O número fica menor no panorama nacional. Enquanto em 2012, o setor era preenchido por 11,4% dos trabalhadores, em 2024, a porcentagem correspondente é de apenas 7,7%, sem apresentar aumento desde a contagem inicial.
Dos dez grupamentos de atividade no trabalho principal relacionados na PNAD - Contínua, metade teve queda no percentual de pessoas ocupadas entre 2023 e 2024 em Mato Grosso do Sul. Além da agropecuária, é o caso da indústria geral (10,3% para 10,1%),, comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (de 20,7% a 19,9%), transporte, armazenagem e correio (4,9% para 4,6%), informação, comunicação e atividades financeiras (10,2% para 9,9%) e administração pública (19,4% para 18,7%).
Mesmo com a queda, o setor de comércio ainda é o maior responsável pela ocupação no Estado, seguido pela administração pública.

Em 2024, a população ocupada de Mato Grosso do Sul chegou a 1,420 milhão de pessoas, uma queda de 0,4% em relação a 2023, quando era de 1,425 milhão. A população em idade para trabalhar cresceu 0,7% em relação a 2023, chegando a 2,24 milhões de pessoas.
Assim, a estimativa era de que 63,5% das pessoas em idade para trabalhar estavam ocupadas no Estado.
Empregadores
Em 2024, o número de trabalhadores por conta própria e empregadores diminuiu 2,9% em comparação ao ano anterior, chegando a um total de 365 mil trabalhadores. Desses, 150 mil (41,2%) estavam em empreendimentos registrados no CNPJ, número 1,2% maior que 2023 e 15% maior que 2012.
Dos 365 mil registros, 295 mil eram trabalhadores por conta própria, quatro vezes maior que a de empregadores, que eram 71 mil.
Local de trabalho
O número de pessoas trabalhando em estabelecimento do próprio empreendimento corresponde ao maior percentual dos ocupados, chegando a 56,4% (634 mil). Em seguida, aparece o local designado pelo empregador, patrão ou freguês, com 15,8% (177 mil).



