Economia

IMPOSTO

IPVA chegará a 872 mil proprietários em MS; saiba quando carnês serão enviados

Segundo informações da Sefaz, a cobrança chegará aos donos de 872.901 veículos a partir de hoje

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A Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul (Sefaz) estima arrecadar R$ 1,227 bilhão com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em 2025. Os carnês de cobrança chegarão aos donos de 872.901 veículos a partir de hoje.

O valor do tributo é apurado com a aplicação do porcentual sobre o valor de mercado do veículo, que consta da tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), e conta com a alíquota que originalmente é de 5%, mas que foi reduzida para 3% neste ano, sendo mantida para o ano que vem, conforme informado pela Sefaz em coletiva de imprensa concedida na sexta-feira.

Uma das principais fontes de receita do Estado, sendo fundamental para investimentos em áreas como saúde e educação, a expectativa para 2025 surge em um ano de desafios, em que o recolhimento se mostrou mais tímido em relação aos anos anteriores.

Na comparação com o ano de contribuição já fechado, no ano passado foram arrecadados R$ 932 milhões, o que, em relação à estimativa de recolhimento para o ano que vem, representa uma alta de 31,64% em dois anos.

De acordo com o secretário estadual da Sefaz, Flávio César, o IPVA é a segunda fonte de arrecadação mais importante do Estado, e os valores recebidos são aplicados conforme o planejamento financeiro.

“Vai de pagamento de servidores até políticas públicas, como educação, saúde, segurança pública, entre outros”, explicou o secretário. O doutor em Economia Michel Constantino destaca que a arrecadação tem uma relação fundamental com as contas públicas e os investimentos. 

“No caso de Mato Grosso do Sul, observamos pelo índice de investimento que, a cada real pago pelo contribuinte, há o melhor retorno para a sociedade entre unidades federativas da nação. Com o aumento da arrecadação do IPVA, o governo estadual tem flexibilidade para garantir investimentos na infraestrutura do Estado”, avalia Constantino.

O mestre em Economia Eugênio Pavão reitera que a arrecadação de IPVA de Mato Grosso do Sul para 2025 representa um aumento em relação à arrecadação do tributo neste ano e no ano passado. 

“O montante previsto representa recursos para o governo pagar fornecedores, pessoal, incentivar investimentos em educação, saúde e ações públicas”, reforça Pavão.

Pavão frisa ainda que, como o valor é dividido entre Mato Grosso do Sul e municípios, o impacto da arrecadação perpassa por todo o território do Estado, possibilitando uma melhor aplicação do dinheiro público.

Conforme a Sefaz, foram distribuídos 880.443 carnês neste ano, enquanto em 2025 serão 872.901, o que representa uma retração de 0,8% no número de veículos. 

NOVIDADES

O auditor fiscal da Receita Estadual, Rodrigo Uehara, explica que o primeiro lançamento ocorrerá no começo de janeiro: “A gente precisa fazer um lançamento suplementar em relação às aquisições que ocorreram nesse finalzinho de ano”.

Ele destaca que, já neste ano, foi implementada uma novidade importante em relação aos boletos, que é a questão do layout: “A pessoa que vai receber o boleto em casa, todo mundo, vai perceber que teve uma diferença”.

Uehara detalha que, normalmente, até o ano passado, o código de barras referente à parcela única e o código de barras referente às demais parcelas eram trazidos no demonstrativo. 

“Esse ano, a gente está fazendo uma transição. O boleto vai ter apenas o código de barras da parcela única e o código de barras da primeira parcela. O contribuinte que optar pelo parcelamento vai ter que fazer a obtenção dos demais boletos pela internet”, explica.

O auditor fiscal ressalta que se trata de uma transição, porque a ideia é que, no ano que vem, já não sejam mais enviados boletos físicos, o que, segundo Uehara, vai de encontro aos pilares do governo: uma administração verde e digital. 

“A gente vai disponibilizar para todos os contribuintes pela internet. E aí fica com mais agilidade no futuro e não precisa dessa parte toda de gasto de papel”.

De acordo com o secretário estadual da Sefaz, para o ano que vem, ainda haverá a possibilidade de emitir boletos simplificados em ambiente aberto.

“Vamos manter o acesso simplificado, mas nossa recomendação é que façam pelo e-Fazenda, haja vista a garantia de que todas as transações serão realizadas com a máxima segurança, protegendo as informações pessoais e financeiras dos contribuintes. Isso porque o portal oferece um ambiente seguro e confiável, com autenticação robusta e rastreabilidade, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados [LGPD]”.

ALÍQUOTAS

Para o ano que vem, foram mantidos os descontos na alíquota referente aos veículos automotores e mais 15% para o pagamento à vista. Os automóveis ou veículos de passeio – além dos tradicionais 15% de desconto para pagamento à vista – terão a alíquota do IPVA mantida em 3%, uma redução de 40%, considerando os 5% previstos em lei. Para caminhões, ônibus e micro-ônibus, a alíquota permanece em 1,5%, com redução de 50% na cobrança.

Outra redução mantida é para motor-homes: alíquota de 1,5% (redução de 50%). Já para motocicletas, a alíquota continua em 2%. Os automóveis com capacidade de até oito pessoas, excluído o condutor, que utilizam motores acionados a óleo diesel terão a alíquota de 4,5% (redução de 25%). Está mantida ainda a isenção tributária para veículos movidos a GNV.

O desempenho do IPVA neste ano reflete tanto a relevância da arrecadação para os cofres públicos quanto os desafios enfrentados no Estado. Ao todo, Mato Grosso do Sul emitiu 903.726 carnês, sendo 880.443 no primeiro lote e 23.283 no segundo.

Entre os contribuintes, 557.386 optaram pelo pagamento à vista, com destaque para 538.383 carnês quitados no primeiro lançamento e 19.003 no segundo. A modalidade parcelada foi escolhida por 186.656 contribuintes, sendo 183.892 referentes ao primeiro lote e 2.764 ao segundo.

Apesar da adesão significativa às opções de pagamento, a inadimplência representou um grande obstáculo. Ao fim do ciclo, 154.014 carnês não foram quitados, resultando em uma taxa de inadimplência de 17,04%.

ARRECADAÇÃO

No quesito arrecadação, o IPVA somou um total de R$ 993 milhões até agosto deste ano, conforme o último dado divulgado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) por meio do boletim de arrecadação dos estados brasileiros.

A contribuição tributária é o segundo maior volume arrecadado entre os tributos estaduais, atrás somente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), responsável por 83,27% da arrecadação de Mato Grosso do Sul.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o IPVA registrou alta de 5,5%, saltando de R$ 941 milhões para R$ 993 milhões.

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Economia

Regra de transição para aposentadoria militar válida Até 2032

Militares próximos da reserva terão de pagar um pedágio de 9% para ir à reserva a partir de 2025; impacto da medida ainda não foi calculado

30/11/2024 23h00

Aposentadoria dos militares está ativa até 2032

Aposentadoria dos militares está ativa até 2032 Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu que a regra de transição para a idade mínima de 55 anos para aposentadoria (reserva) dos militares das Forças Armadas vai se estender até 2032.

O prazo foi estipulado após o ministro Fernando Haddad (Fazenda) ouvir apelos do ministro José Mucio Monteiro (Defesa) e dos comandantes das Forças para estipular uma regra de transição que diminuísse os impactos no fluxo de carreira dos militares.
Pelo acordo, os militares próximos de aposentar terão um pedágio de 9% para pagar antes de ir à reserva a partir de 2025. Na prática, oficiais e praças serão obrigados a trabalhar por mais tempo que pelas regras atuais.

O acerto foi fechado horas depois da entrevista da quinta-feira (28) de divulgação das linhas gerais do pacote de corte de gastos, no Palácio do Planalto, com a previsão de impacto fiscal das medidas.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, chegou a informar, durante a entrevista, que a transição estava pactuada e terminaria no final desta década.
Um militar com exatos 33 anos de serviço, por exemplo, pode se aposentar daqui a dois anos, segundo a legislação atual. Com o pedágio, os 9% serão aplicados pelo tempo restante na ativa (24 meses) --assim, pelo novo cálculo, ele será obrigado a trabalhar dois meses a mais que o previsto para poder ir para a reserva remunerada da Força.
Isso significa que os militares poderão se aposentar com menos de 55 anos até 2032 caso eles tenham cumprido os 35 anos de serviço mais os 9% de pedágio.

As Forças Armadas não fecharam os cálculos do impacto econômico dessa medida. Oficiais-generais ouvidos pela Folha, porém, ressaltam que a queda das despesas só será sentida anos depois de sua implementação, com eventual redução de pessoal.
Isso porque os militares, na reserva, têm direito de receber o salário integral. Em contrapartida, eles continuam tendo recolhidos na folha de pagamento percentuais relativos às pensões militares e ao fundo de saúde.

A redução de despesas ocorreria numa eventual redução de pessoal, já que os militares serão obrigados a servir por mais tempo. Pelas regras atuais, os membros das Forças Armadas podem se aposentar após 35 anos de serviço --tempo que geralmente é alcançado com 53 anos de idade quando o militar começa a formação aos 18 anos.

Há casos, porém, de pessoas que se aposentam antes. A legislação sobre as Forças define que os militares que servem em "guarnições especiais" --como batalhões em selva, de difícil acesso e permanência-- têm como benefício o acréscimo de um terço no tempo de serviço.
Se um militar serve por dez anos na selva amazônica, por exemplo, ele poderá se aposentar três anos antes.

A equipe econômica tentou reduzir o prazo da transição, segundo pessoas do governo a par das negociações. Mas teve que recuar, após alerta do ministro da Defesa para o impacto da medida nas regras de promoção dos oficiais. Múcio relatou ao presidente Lula a preocupação dos militares com o problema.

Como revelou a Folha, essa foi uma das razões do último adiamento do anúncio do pacote, que só ocorreu na noite da última quarta-feira (27), quando o ministro Haddad elencou as principais medidas em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.

O Ministério da Fazenda diz que todas as mudanças no pacote de corte de gastos relacionadas às Forças Armadas terão impacto de R$ 2 bilhões ao ano, sendo R$ 1 bilhão em despesas e R$ 1 bilhão em receitas. O governo, porém, não dá detalhes sobre os cálculos --e, entre militares, há suspeitas de que o valor seja inferior.

Técnicos da área econômica admitem, na condição de anonimato, que a previsão de economia poderá mudar. Quando as medidas de reforma da Previdência começaram a ser discutidas, integrantes do governo falavam em reserva de um potencial de R$ 6 bilhões de redução de despesas.

Nas últimas semanas, o valor caiu para R$ 2 bilhões. O pacote foi anunciado com R$ 1 bilhão de economia pelo lado das receitas, valor que poderá ser revisto com a transição mais longa.

O próprio secretário-executivo do Ministério da Fazenda admitiu a dificuldade de fazer os cálculos do impacto da transição.

"Esse é um número dos mais difíceis de obter. Não é um número tão simples. Tem várias bases e nem sempre é acessível a nós", disse na entrevista. "É um número que precisamos trazer a transparência", admitiu ao ser questionado pela Folha na entrevista do pacote.

Com a definição das regras de transição, cada Força Armada terá de fazer mudanças internas para minimizar impactos no fluxo da carreira. A principal consequência será no tempo mínimo de permanência em cada um dos postos.

A ideia é retardar em pouco tempo as promoções dos militares. Oficiais-generais ouvidos pela Folha afirmam que a medida é necessária para evitar que oficiais e praças se acumulem nos últimos postos da carreira (coronel e subtenente), causando problemas na proporção de comandantes para comandados.

Em comunicado interno enviado na segunda-feira (25), a Marinha relatou aos militares que negociava uma regra de transição para mitigar impactos entre os marinheiros.
"A referida regra leva em consideração a estrutura piramidal da carreira, zelando pela contenção do alargamento do topo e pela continuidade do serviço, ao passo que impede a ocorrência de períodos específicos de elevado número de transferências para a reserva remunerada", diz.

O governo incluiu ainda três mudanças nas regras das Forças Armadas para reduzir o déficit das contas com pessoal. O corte envolveu o fim do pagamento da pensão para os "mortos fictícios", os militares expulsos por crimes ou infrações graves que são considerados mortos para que seus familiares recebam pensão.

A Folha revelou que, só no Exército, o pagamento dos mortos fictícios ultrapassa R$ 20 milhões por ano.

Outra medida voltada aos militares é limitar a transferência de pensão já concedida. Após o benefício começar a ser usufruído por parentes de primeira ordem (por companheiros e filhos, por exemplo), não seria autorizada a mudança da pessoa beneficiária para alguém da segunda ordem. A última iniciativa é o estabelecimento de 3,5% da remuneração do militar para o fundo de saúde militar.

 

*Informações da Folhapress 
 

Cotidiano

Reclamações durante a Black Friday de 2024 batem recorde, afirma Reclame Aqui

Queixas registradas pela plataforma superaram número observado em 2023

30/11/2024 21h00

Black Friday

Black Friday Foto: Arquivo / Correio do Estado

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 A plataforma Reclame Aqui registrou recorde de reclamações de consumidores durante a Black Friday deste ano. No total, foram cerca de 14,1 mil queixas, que vão de propaganda enganosa a problemas na finalização da compra.

Até então, o maior patamar de reclamações havia sido observado em 2023, quando o site contabilizou pouco mais de 12,1 mil queixas.

"A maioria das empresas, mesmo que tenham recebido um volume acima da média de reclamações, tem boas reputações, o que é reconhecido pelos consumidores. Agora é importante acompanhar como essas empresas irão tratar essas insatisfações", afirma em nota o cofundador do Reclame Aqui, Felipe Paniago.

Segundo a plataforma, o tipo de empresa que recebe as queixas dos consumidores tem se tornado cada vez mais diverso, para além do varejo tradicional. Entre as 50 marcas mais reclamadas, há companhias de alimentos, supermercados, fast food, moda e farmacêuticos, afirma o site.

Do total de reclamações deste ano, a maior parte estava relacionada a atraso na entrega (17,41%), seguida de propaganda enganosa (16,98%), produto não recebido (15,27%), estorno do valor pago (10,42%) e problemas na finalização da compra (4,19%).

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR

Pela legislação brasileira, as empresas devem manter um canal de comunicação direto, gratuito e ininterrupto com os consumidores. As bases dessa diretriz foram lançadas em 1990, quando o CDC passou a vigorar. Contudo, apenas em 2008 o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) passou a ser obrigatório.
Em 2022, um decreto regulamentou o funcionamento dos SACs. Esses serviços devem ser acessíveis e divulgados pelas empresas em seus sites e materiais impressos entregues ao consumidor. As reclamações podem ser registradas inicialmente por esse meio.
Outros canais de registro de ocorrência tendem a perguntar se a reclamação já foi registrada no SAC antes de receberem as denúncias dos consumidores.

CONSUMIDOR.GOV.BR

A Senacon oferece um serviço online dedicado exclusivamente a receber reclamações e cobrar respostas de empresas. O site Consumidor.gov.br pode ser acessado gratuitamente, e as queixas dos consumidores podem ser registradas em três etapas: acessar o Gov.br, identificar a empresa e registrar a reclamação.

PROCONS

Após o registro das reclamações, os Procons apuram e podem autuar e multar as empresas denunciadas.
Cada estado tem seus próprios canais, que podem variar de postos presenciais a endereços de email. O número telefônico 151 é um SUP (Serviço de Utilidade Pública) de abrangência nacional e conecta os consumidores aos órgãos de recebimento da denúncia. O Procon de São Paulo, por exemplo, mantém diversos meios de comunicação com consumidores.

 

*Informações da Folhapress 
 

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