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"Jabuti" em projeto de combustíveis gera custo extra de R$ 1,2 bilhão na conta de luz

Ação integra o projeto de lei conhecido como Combustível do Futuro e beneficia pequenos geradores de energia solar

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Uma emenda no projeto de lei (PL) conhecido como Combustíveis do Futuro, adicionada de forma inesperada pelo Senado, deve resultar em um custo de até R$ 1,2 bilhão na conta de luz para os consumidores de Mato Grosso do Sul. É o que aponta o cálculo do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa de Mato Grosso do Sul (Concen-MS). 
A mudança tida como um “jabuti” – quando uma proposta é inserida em um projeto de lei que não tem relação com o seu assunto principal – é vista como negativa por representantes do setor energético de todo o Brasil.

O projeto de lei que estabelece programas nacionais para a descarbonização da gasolina, do diesel, do combustível de aviação e do gás natural foi aprovado no Senado na quarta-feira. Já a emenda apresentada pelo senador Irajá (PSD-TO) ampliou o escopo da legislação, estendendo os benefícios já concedidos a minigeradores de energia solar para a chamada geração distribuída.

Entre os favorecimentos estão isenções totais de encargos e taxas de transmissão e distribuição, que acabam sendo repassadas aos consumidores residenciais que continuam pagando as distribuidoras locais. Isso levanta preocupações sobre o possível aumento das contas de energia, uma vez que a emenda ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados.

Para Mato Grosso do Sul, cálculo realizado pelo Concen-MS com base nas projeções da PSR (Consultoria Especializada em Energia para o Brasil) revela a situação atual e o impacto que pode ser gerado na tarifa com a emenda para os subsídios da micro e minigeração distribuída (MMGD), pagos pelos demais consumidores no Estado.

De acordo com o Concen-MS, o custo atual de R$ 436 milhões embutido nas contas de luz dos sul mato-grossenses passaria para R$ 1,6 bilhão, ou seja, R$ 1,2 bilhão a mais.
Ao considerar as condições praticadas neste ano, em 25 anos, o gasto seria de R$ 10 bilhões. Já com a implementação da emenda, o custo saltaria para R$ 40 bilhões no mesmo período.

A presidente do Concen-MS, Rosimeire Costa, ressalta que o conselho não é contra a energia solar, porém, há detalhes que devem ser considerados quando se instala uma usina de geração em uma residência. 

“Você deixa de pagar o fio [taxa], porém, outra pessoa paga por você. E ainda tem o problema da energia, uma vez que não está sendo consumida durante a produção. Por exemplo, agora, em uma residência que está produzindo energia, mas tem ninguém lá, só está a geladeira funcionando, então ela está produzindo e jogando essa energia na rede”, exemplifica.
Rosimeire complementa que, com essa situação, muitas casas com solário, com energia fotovoltaica jogando energia na rede, geram um problema de engenharia que a rede não suporta e que pode provocar um excesso de carga.

“Nós somos favoráveis, mas achamos que o subsídio, o incentivo, tem que vir do Orçamento Geral da União. O deputado que apresenta o projeto de lei, ele tem que indicar a fonte, e não ficar jogando tudo para a Conta de Desenvolvimento Energético [CDE] e prejudicando os consumidores que já pagam imposto e onerar a fatura de energia elétrica”, aponta.

No âmbito nacional especialistas estimam que a emenda pode permitir a inclusão de cerca de 10 gigawatt (GW) de energia na modalidade com subsídios. Angela Gomes, diretora-técnica da PSR Consultoria, disse em entrevista a Folha de São Paulo que, ao considerar o volume atual de pedidos para conexão, o impacto nos custos para os consumidores finais pode ser significativo nos próximos anos.

Divulgação/ Correio do Estado

Durante as discussões no plenário, o relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), manifestou sua oposição à emenda, argumentando que ela poderia aumentar os subsídios e, consequentemente, elevar as tarifas de energia elétrica em todo o País. Ele destacou que uma consultoria do setor elétrico estimou que a extensão do prazo para minigeradores solares resultaria em R$ 100 bilhões entre 2024 e 2050.

Essa estimativa se baseia em uma emenda similar ao PL que trata da geração eólica offshore, que previa uma extensão de 24 meses. A inserção de benefícios à geração distribuída e outros incentivos controversos, como a prorrogação do uso de carvão, tem dificultado a aprovação do texto no Senado.

 

PROJETO DE LEI

A emenda aprovada amplia o prazo para que minigeradores de energia solar concluam a instalação de seus sistemas. Esses geradores, que têm uma capacidade instalada entre 75 kilowatt (kW) e 3 megawatt (MW) e incluem principalmente empresas de assinaturas solares, agora terão até 30 meses, em vez dos 12 meses originalmente estabelecidos pelo Marco Legal da Geração Distribuída de 2022 para finalizar suas obras.

A mudança permite que projetos que não conseguiram ser concluídos no prazo anterior ainda possam acessar os subsídios destinados à geração distribuída.

As grandes associações do setor ainda estão calculando os custos potenciais dessa alteração e prometem divulgar suas estimativas após a conclusão do texto final do projeto de lei pelo Senado. A previsão é de que esses custos não sejam baixos.
A inserção do “jabuti” relacionado à energia solar vai na contramão da posição do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que tem defendido medidas para reduzir o custo das contas de luz.

O governo está acelerando as negociações para tentar aprovar o projeto Combustível do Futuro na Câmara nesta semana, quando a Casa realizará um “esforço concentrado” antes das eleições municipais.

 

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campo grande

Comércio tem horário de funcionamento diferenciado na semana do Natal; Confira

Horário será estendido na segunda e terça-feira, com horário diferenciado na véspera e dia de Natal

21/12/2025 17h31

Comércio tem horário diferenciado nesta semana

Comércio tem horário diferenciado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O comércio de Campo Grande está funcionando em horário estendido desde o dia 9 de dezembro,para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano. Nesta semana de Natal, o comércio também ficará aberto mais tarde, dando chance para quem deixou para comprar os presentes em cima da hora.

A decisão do horário estendido foi tomada com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, nesta semana, segunda e terça-feira o comércio ficará aberto até às 22h, com horário diferenciado na véspera e no dia de Natal, dias 24 e 25, respectivamente. Na sexta-feira (26), o funcionamento volta ao normal.

A exceção será nos estabelecimentos comerciais localizados em hipercentes e nos shoppings, onde o horário será diferenciado.

Confira o horário do comércio na semana do Natal

  • Dias 22 e 23 de dezembro - até às 22h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (das 9h às 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 25 de dezembro - comércio não abre

Reajuste salarial

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 7% para empregados que recebem acima do piso, além de atualizar os valores dos pisos da categoria, que passam a ser de R$ 1.960,00 para empregados em geral e para a função de caixa, R$ 2.151,00 para comissionados e R$ 1.767,00 para auxiliares do comércio, office boys e trabalhadores de serviços gerais.

O vale-alimentação também foi reajustado e passa a ser de R$ 25,00, com a garantia de que não poderá ser suprimido em caso de dispensa e recontratação pelo mesmo empregador ou grupo econômico, evitando alterações contratuais lesivas previstas na CLT.

Um dos pontos centrais da negociação foi quanto à aplicabilidade da CCT em casos de terceirização.

"Coibimos de nosso ordenamento a pejotização nas empresas. Algumas empresas estavam admitindo trabalhadores como pessoas jurídicas, o que é proibido e foge da normalidade do vínculo de emprego”, disse o gerente de Relações Sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo.

 Além disso, foram aprovados novos benefícios para a categoria, como a inclusão do Benefício Social Familiar, obrigatório a todos os trabalhadores, com contribuição mensal entre R$ 10 e R$ 20 por colaborador, e a criação do convênio odontológico mediante adesão, com custo aproximado de R$ 23,20, dos quais R$ 6,00 serão custeados pelas empresas.

Movimentação financeira

O comércio de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com expectativas retraídas para o Natal e Ano-Novo.

Pesquisa divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS, indica queda de 38% na movimentação financeira do fim de ano, que deve alcançar R$ 824 milhões, ante R$ 1,27 bilhão no ano passado. 

O movimento econômico geral segue expressivo, mas a contração, considerada a mais responsável pela série recente, revela um consumidor mais seletivo, cauteloso e com crédito mais restrito. 

Do montante, estima-se que R$ 226 milhões serão destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às confraternizações de Natal e R$ 354 milhões às festas de Ano-Novo. 

Mesmo com menos dinheiro por compra, 69% dos entrevistados dizem que vão presentear no Natal, porém, com gasto médio menor, de R$ 217,36 por pessoa.

Os itens mais buscados seguem o apelo do afeto e do cotidiano, como brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. A maioria (78%) pretendem comemorar o Natal, quase sempre em encontros íntimos, com gasto médio de R$ 206,35 com alimentação feita em casa. 

Já na virada, 80% dizem que vão celebrar o Ano-Novo, com gasto médio de R$ 294,19, também centrado em comida, encontros familiares e viagens curtas, uma vez que 64% dos que vão viajar permanecerão no Estado.

A economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, avalia que o afeto se mantém, mas sem exageros.

“Percebemos um consumidor mais prudente, que busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O aumento do número de pessoas que pretendem presentear indica o sentimento de afeto, mas com escolhas mais calculadas e foco em gastos essenciais”.

O analista técnico do Sebrae-MS Paulo Maciel fala sobre os desafios dos negócios menores.

“A maioria dos clientes, 55%, prioriza a qualidade e busca o benefício para pagamento à vista para economizar. As empresas precisam preparar estoques e melhorar as condições de pagamento”.

Loterias

Resultado da Dia de Sorte de hoje, concurso 1155, SÁBADO (20/12)

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 20h28

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1154 da Dia de Sorte na noite desta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões. 

Confira o resultado da Dia de Sorte de hoje!

Os números da Dia de Sorte 1155 são:

  • 19, 14, 13, 07, 08, 28 02, 
  • Mês da sorte: 10 - outubro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1156

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 20 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1155. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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