Ao custo de R$ 9,14 milhões, entre valores para construção e pesquisa, uma nova unidade tecnológica no Estado está sendo instalada para atuar em três áreas que estão diretamente ligadas ao setor produtivo, tanto industrial como agricultura.
O Centro de Estudos, Pesquisa e Extensão em Sequestro de Carbono pretende ser um dos polos no País para o desenvolvimento de soluções na área de carbono neutro, bem como agora na viabilização para se produzir fertilizantes no Brasil e reduzir a dependência externa do produto.
Esses laboratórios estão sendo construídos no município de Mundo Novo, em área do campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.
A obra começou em dezembro de 2021, e a previsão é de que tudo esteja pronto até outubro de 2022.
Essa demanda está sendo exigida também porque será nesses espaços que a efetividade dos fertilizantes organominerais será avaliada, exemplares dos Estados Unidos chegarão ao centro para testagem, possivelmente, no segundo semestre deste ano.
O Correio do Estado trouxe a informação, na edição de 29 de março, sobre a pesquisa envolvendo a produção de fertilizantes no País e o início dos testes, marcados para setembro deste ano.
A UEMS e a USDA-ARS, agência governamental norte-americana sediada em Maryland e ligada ao Departamento de Agricultura dos EUA, têm convênio de parceria para avaliar a eficácia dos fertilizantes organominerais em culturas de soja, trigo e milho. Os testes no país da América do Norte vão começar em maio.
Haverá a comparação da efetividade no solo e como a produção dessas culturas responde ao cultivo feito com fertilizantes sintéticos, atualmente importados de alguns países, como, no caso do Brasil, da Rússia e da Bolívia, por exemplo, e com os fertilizantes organominerais.
Essa segunda opção pode ser obtida a partir de subprodutos da avicultura, suinocultura e bovinocultura de leite, que estão disponíveis em Mato Grosso do Sul.
“Na unidade da UEMS de Mundo Novo, o uso do Parque Analítico será essencial para as análises laboratoriais envolvidas no projeto de pesquisa com fertilizantes organominerais. Amostras de solo, material vegetal, fertilizantes e resíduos agrícolas coletados tanto nos Estados Unidos como no Brasil serão analisados. As amostras dos experimentos que estão sendo realizados nos Estados Unidos serão enviadas ao Brasil para análise seguindo a legislação específica para entrada deste material no Brasil”, apontou o pesquisador Tiago Zoz, que integra equipe no país responsável por avaliar os fertilizantes organominerais.
Pesquisa
Dentro da estrutura tecnológica sendo implantada na região sul do Estado, o Parque Analítico vai compreender laboratórios equipados para análise de solo, água, matéria orgânica, material vegetal, resíduos orgânicos e emissões de carbono.
