Sem definição, o reajuste de servidores municipais segue indefinido após a reunião entre a Prefeitura - e grupo montado para definir o assunto - e, diante de outras reivindicações da categoria, a secretária de finanças do município, Marcia Hokama, adiantou que "o máximo que poderíamos fazer é a reposição da inflação".
Conforme a responsável pela Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Helena Hokama - em agenda pública na manhã desta terça-feira (09) -, a equipe da prefeitura estuda as condições financeiras, para ser concluir ainda o que é possível definir, sem qualquer valor fechado até então.
"Se nós conseguíssemos o valor, o máximo que poderíamos fazer é a reposição da inflação, porque estamos acima do teto constitucional, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ainda não temos o percentual definido", expôs a secretária de finanças.
Ainda assim, ela destaca a reunião com categorias na última segunda-feira (08), salientando que "essa semana teremos o fechamento de valores e como vai ser feito".
Esse ponto, do encontro entre as classes, também foi abordado pela própria prefeita, Adriane Lopes, que também sem muita definição sobre o porvir.
"Tivemos ontem uma reunião com categorias de servidores. Essa semana teremos o fechamento de valores e como vai ser feito", concluiu a chefe do Executivo Municipal.
Importante frisar que, mesmo debaixo de protestos de professores para que o assunto fosse retirado de pauta, os deputados estaduais de MS aprovaram já aprovaram reajuste de 5% para os servidores de Mato Grosso do Sul.
Pedidos da classe
Do lado do proletariado, o Sindicato dos Servidores e Funcionários municipais de Campo Grande (Sisem) esclarece que pedem à Prefeitura a reposição da inflação dos últimos 12 meses, e mais um ganho real de 1% a 5%, pedindo aumentos e incorporações dos chamados "penduricalhos".
"A conversa no executivo é a mesma desde 2017: 'não tem dinheiro. Estamos estudando impacto que não está pronto ainda'. Tem que desenrolar [ainda em maio], a decisão está na mão dela. Os servidores têm a pauta definida e vamos trabalhar em cima dela", explica o presidente do Sisem, Marcos Tabosa.
Tabosa ainda destaca que, durante a reunião, para os servidores a prefeitura passou duas datas futuras (16 e 23 de maio) para que o problema seja resolvido.
"Se resolverem antes... é porque é muito complexo. Ela montou a equipe, de repente acha que resolve tudo, mas talvez não. Não só a reposição da inflação, mas tem que aumentar os penduricalhos. Estamos falando de cerca de 5% que, para quem ganha R$ 900, têm condição. Vai para 945 e nem chega num salário base", revela.
Ainda, Marcos Tabosa comenta que todo esse trabalho é uma construção, por ter vários pontos que impactam a discussão e, ainda que a classe entenda a situação da prefeitura, os trabalhadores - através do sindicato - frisam que não podem "abrir mão" da pauta que têm elaborado.
"Por isso temos que tratar também com muita seriedade os penduricalhos. Esses tem que aumentar e bem, além da incorporação dos mesmos. Parece que a prefeita e secretária praticamente já está garantindo a reposição da inflação, já é alguma coisa. Agora, os penduricalhos e incorporações que vão fazer diferença", finaliza ele.




