Com conexões espalhadas por todo o Estado, Mato Grosso do Sul mantém a tendência crescente na geração própria de energia solar e já passa de 1,5 gigawatt (GW) de potência instalada, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Em análise com base nos dados da Associação, é possível notar o salto de mais de 10 mil conexões operacionais de energia solar somente no intervalo de dois meses, já que as cerca de 129 mil que foram registradas no início de fevereiro, ultrapassaram 139 mil em telhados e terrenos pequenos até antes do fim de abril.
Conforme a Absolar, há tempos as chamadas conexões operacionais de energia solar em telhados atingiram a cobertura completa de Mato Grosso do Sul, ou seja está espalhada por todos os 79 municípios do Estado.
Mato Grosso do Sul já beira a casa de duzentos mil consumidores de energia elétrica (atualmente mais de 197 mil, segundo a Absolar), que consequentemente contam com uma redução na conta de luz mensal.
As conexões operacionais de energia solar, além de baratear a conta de luz, segundo a Associação, garante ainda uma maior confiabilidade elétrica.
Se lançado olhar somente sob o total de consumidores, o salto em Mato Grosso do Sul representa um crescimento percentual de 38,7% no período de cerca de um ano, quando o Estado ainda batia a marca de 1,1 GW de potência instalada.
Com essa marca conquistada em 2023, MS chegou à época ao 8º lugar no ranking nacional de capacidade de geração de energia limpa, respondendo atualmente por 4,1% do total entre as Unidades da Federação, atrás dos seguintes Estados:
- º SP - 14,4% (5.485,1 MW potência instalada)
- º MG - 12,3% (4.687,2 MW potência instalada)
- º PR - 8,9% (3.380,0 MW potência instalada)
- º RS - 8,7% (3.327,7 MW potência instalada)
- º MT - 6,5% (2.482,9 MW potência instalada)
- º GO - 5,3% (2.011,3 MW potência instalada)
- º BA - 4,4% (1.674,2 MW potência instalada)
Na visão regionalizada, Campo Grande ocupa a terceira colocação e leva a medalha de bronze no ranking municipal de potência instalada (360,3 MW, 0,9%), atrás de Cuiabá (399,1 MW, 1,0%) e Capital Federal que aparece em primeiro, Brasília (489,6, 1,3%).
Crescente em MS
Desde 2012 a modalidade por essa fonte renovável têm mostrado bons índices, seja de captação de investimentos; arrecadação ou até mesmo pela geração de empregos. Nesse sentido, no período foram contabilizados mais de:
- R$ 7 bilhões em investimentos
- 46 mil empregos
- R$ 2,1 bilhões em arrecadação aos cofres públicos
Focada na transição energética sustentável no País, a entidade Absolar nasceu em 2013, reunindo elos da cadeia de valor da fonte solar fotovoltaica e demais tecnologias limpas, mostrando inclusive que ainda há medidas a serem tomadas, que podem impulsionar ainda mais o setor.
Há tempos a entidade bate, por exemplo, na tecla pela aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023 (que atualmente tramita pelas comissões do Senado Federal), por instituir o Programa chamado de Renda Básica Energética (Rebe).
Segundo o presidente executivo da Associação, em nota, esse projeto de lei resolve estruturalmente o problema das negativas de conexão, que impedem "milhares de consumidores brasileiros, entre residências, pequenos negócios, produtores rurais e gestores públicos", pois atualiza o marco legal da geração própria renovável.
Ou seja, a Entidade aponta que as distribuidoras impedem o alcance ao "direito de gerar a própria energia limpa e renovável".


