Economia

cpf na nota

Nota Premiada tem dois ganhadores para o prêmio de R$ 100 mil

Sortudos de Campo Grande e Dourados irão receber R$ 50 mil cada; Confira se você foi o ganhador

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O programa Nota MS Premiada teve 383 ganhadores no sorteio referente ao mês de agosto, realizado no último sábado (28). Destes, apenas dois acertaram a sena e irão dividir o prêmio principal de R$ 100 mil, sendo R$ 50 mil para cada.

O sorteio é realizado através das dezenas do concurso da Mega-Sena para consumidores que pediram a inclusão do CPF nas notas de compras feitas no mês de referência no comércio de todo o Mato Grosso do Sul. 

Mensalmente, o prêmio total é de R$ 300 mil. Deste valor, R$ 100 mil é dividido para os contribuintes que fizerem a sena e R$ 200 mil ficam entre aqueles que fizeram a quina. 

No sábado, pelo concurso nº 2780 da Mega-Sena, foram sorteados os números 46-10-53-07-09-14.

Os dois sortudos que acertaram a sena são de Campo Grande e Dourados.

Outros 381 fizeram a quina e cada um levará R$ 524,93.

Para saber se foi o ganhador de algum dos prêmios, basta digitar o CPF no campo indicado no site do programa Nota MS Premiada.

O sorteio é sempre no mês posterior à emissão da nota fiscal. Ou seja, as notas emitidas em agosto concorrem em setembro, as emitidas em setembro concorrem em outubro, e assim sucessivamente. 

Não havendo sorteio do concurso da Mega-Sena no dia especificado no calendário (confira abaixo), devem ser utilizadas as dezenas sorteadas no concurso da Mega-Sena imediatamente seguinte.

Não há necessidade de guardar os cupons fiscais das compras realizadas.

A participação nos sorteios do programa é automática a todos que pedem a inclusão do CPF.

Como participar

Para participar basta pedir a inclusão do CPF nas notas de compras. Com isso, oito dezenas que permitem concorrer ao sorteio mensal são emitidas automaticamente.

Lista com o CPF dos ganhadores é divulgada no site do programa, até o terceiro dia útil subsequente à realização de cada sorteio.

A Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) de Mato Grosso do Sul não faz a comunicação aos premiados e o consumidor deve estar atento para conferir suas dezenas. 

Ganhadores devem efetuar um cadastro e informar os dados bancários até o dia 15 do próximo mês, para que o pagamento seja realizado até o dia 20.

Se o cadastramento e a validação forem feitos do dia 16 em diante, o prêmio será pago até o dia 5 do próximo mês.

Prazo é de 90 dias e se o ganhador não fizer o cadastro em até cinco dias antes deste período ele perde o direito ao prêmio. 

Mensalmente, são distribuídos R$ 300 mil reais em prêmios para os consumidores que acertarem seis ou cinco números no referido sorteio da Mega-Sena.  

Confira o calendário de sorteios para 2024:

Período de apuração - Data do sorteio da Mega-Sena

  • Setembro - 31/10/2024
  • Outubro - 30/11/2024
  • Novembro - 31/12/2024
  • Dezembro - 30/01/2025

ESTRATÉGIA

Estado desenvolve técnica para socorrer áreas atingidas pelo fogo

Projeto aperfeiçoado pela Universidade Federal de MS é realizado em parceria com povos indígenas

30/09/2024 08h30

Prejuízos para os produtores rurais passam de R$ 1,2 bilhão em MS

Prejuízos para os produtores rurais passam de R$ 1,2 bilhão em MS Foto: Divulgação/Famasul

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Uma nova técnica de restauração ecológica desenvolvida no Estado promete revitalizar áreas do Pantanal devastadas por incêndios utilizando mudas oriundas da regeneração natural. O projeto é desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e realizado em parceria com povos indígenas da região. Além da técnica que visa a restauração do bioma, para o setor produtivo, no caso de pastagens e lavouras, a estratégia de recuperação também é focada em plantas com desenvolvimento mais rápido.

Segundo a bióloga e doutoranda Letícia Koutchin, o enriquecimento das áreas com plântulas coletadas de fragmentos naturais não afetados é uma alternativa viável, especialmente para regiões de difícil acesso e que foram fortemente afetadas pelas queimadas.

Letícia explica que a técnica consiste em transplantar plântulas de espécies abundantes, garantindo que não haja impacto nas populações das mais raras. “Essas plântulas já têm adaptabilidade genética local, o que aumenta as chances de sobrevivência após o transplante”, destaca.

O uso de mudas menores, com altura entre 10 e 40 centímetros, é essencial, já que são mais resistentes ao processo de remoção do solo. Para proteger essas mudas de herbívoros, recomenda-se cercá-las com materiais simples, como arame de galinheiro.

A bióloga salienta que o mapeamento de áreas prioritárias para restauração foi crucial para o sucesso da iniciativa, enfatizando ainda a necessidade de avaliar as áreas mais afetadas, focando em locais onde a perda de espécies sensíveis ao fogo foi significativa. 

“Em áreas que não queimavam há décadas e foram impactadas, a avaliação local é fundamental para determinar se o enriquecimento com plântulas é necessário”, diz. Letícia afirma que o uso do transplante de plântulas é uma ferramenta promissora para a recuperação do Pantanal, uma vez que o bioma é altamente vulnerável às queimadas. 

“A técnica pode auxiliar na recuperação da vegetação nativa, promovendo a regeneração natural e estabilizando o solo, o que contribui diretamente para a resiliência ecológica do bioma”, explica.

A pesquisadora acrescenta que além desses aspectos relevantes, espera-se que a técnica, quando integrada a outras práticas de restauração, possa melhorar a biodiversidade e a conectividade ecológica no Pantanal, favorecendo a manutenção dos serviços ecossistêmicos essenciais para a fauna e para as comunidades locais.

PRODUÇÃO

A pesquisadora Michely Tomazi, da Embrapa Agropecuária Oeste, explica que a queimada deixa o solo totalmente desprotegido, resultando na perda de nutrientes essenciais presentes na palhada, como nitrogênio e enxofre, bem como a matéria orgânica presente na superfície do solo.

“O resíduo que resta nas cinzas ainda pode ser facilmente transportado pela água nas primeiras chuvas. Além do aspecto químico, a biota também é afetada pelo calor do fogo, com redução do material vegetal na superfície do solo”, relata Michely.

Segundo a pesquisadora, a recuperação do solo após uma queimada é um processo que demanda tempo e estratégias específicas.

“Além das perdas de solo e nutrientes que podem ocorrer com as chuvas, as temperaturas elevadas nesse período oferecem um risco alto de problemas com germinação e estabelecimento das culturas”, esclarece.

Michely cita que uma das formas mais eficientes de recuperação é o cultivo de plantas com alta capacidade de produção de biomassa, como as braquiárias em consórcio com crotalária e outras culturas que prevalecem gramíneas na mistura.

No entanto, ela pontua que, com a proximidade do início da safra de verão, essa estratégia ideal muitas vezes se torna inviável, considerando as áreas de lavoura onde o produtor não pode abrir mão da cultura principal de verão – que, em geral, é a soja.

“Uma alternativa viável é o cultivo de culturas de rápido crescimento durante a primavera, proporcionando palhada em curto prazo. Exemplos de plantas bem-adaptadas para essa época e que apresentam rápido crescimento incluem milheto, crotalária e juncea. Essas plantas têm um desenvolvimento rápido nesse período, com satisfatório acúmulo de palhada dentro de 50 dias”, completa a pesquisadora, destacando as alternativas para a recuperação de áreas destinadas à produção agropecuária.

INDÍGENAS

O projeto GEF Terrestre, administrado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), tem se destacado por apoiar iniciativas de restauração em biomas que frequentemente recebem menos recursos, como a Caatinga, o Pampa e, especialmente, o Pantanal. Com iniciativa do governo brasileiro, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o projeto conta com a implementação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a execução do Funbio.

De acordo com a professora do Instituto de Biociências da UFMS, Letícia Couto, o projeto tem sido fundamental para a realização de estudos em parceria com alunos da UFMS.

“Além disso, colaboramos com comunidades indígenas, oferecendo suporte técnico e científico para a restauração ambiental. Trabalhamos principalmente com as etnias kadiwéu, terena e kinikinau, promovendo o compartilhamento de conhecimentos sobre restauração socioecológica e manejo do fogo”, detalha.

Com os kadiwéu, por exemplo, a professora explica que está sendo avaliada a biologia do pau-santo, uma planta rara e ameaçada de grande importância sociocultural para a etnia, pois sua resina é utilizada na cerâmica tradicional.

“Nossos estudos incluem desde a ocorrência e fenologia até a coleta de sementes, germinação, armazenamento e produção de mudas”, relata Letícia. Já a parceria com os terena e os kinikinau, segundo a professora, é focada na restauração de nascentes, onde é realizado diagnóstico, coleta de sementes, semeadura e transplante de plântulas. 

“Além disso, monitoramos as áreas e testamos técnicas de manutenção para garantir a recuperação efetiva dos ecossistemas afetados pelo fogo. Essa abordagem integrada é crucial para a resiliência do Pantanal e para a preservação da biodiversidade local”, reitera.
 

500 propriedades rurais 

A Famasul identificou que mais de 500 propriedades rurais de Mato Grosso do Sul localizadas no Pantanal foram atingidas pelas queimadas entre junho e o dia 10 de agosto.

Levantamento

Inadimplência em MS cresce e agosto termina com 1,098 milhão de nomes restritos

O valor médio da dívida por inadimplente sul-mato-grossense é de R$ 5.835

29/09/2024 17h00

Movimentação centro de Campo Grande

Movimentação centro de Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O mês de gosto trouxe um novo aumento da inadimplência para Mato Grosso do Sul, com um total de 1.098.442 pessoas inadimplentes, conforme mostram os dados do Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa.

O Estado não apenas viu um crescimento no número de negativados, mas também registrou um aumento significativo nas dívidas, alcançando 4.298.753 de débitos. O valor médio da dívida por inadimplente é de R$ 5,8 mil

As dívidas estão distribuídas entre diferentes categorias, com destaque para os Bancos e Cartões, que representam 30,24% do total. As Instituições Financeiras aparecem em segundo lugar, com 16,93%, seguidas pelos Serviços, com 15,33%.

Ao comparar esses números com os dados do mês anterior, nota-se uma leve variação nas proporções: em julho, os Bancos e Cartões correspondiam a 30,40%, as Instituições Financeiras a 17,38%, e os Serviços a 17,86%.

Essa mudança indica uma dinâmica nas categorias das dívidas que os sul-mato-grossenses enfrentam, sugerindo uma necessidade de atenção e estratégia para lidar com o crescente endividamento.

Por outro lado, o Brasil apresenta um panorama otimista em relação à inadimplência, com o principal indicador do setor registrando uma nova queda em agosto, conforme o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa.

Embora o país conte com 72,4 milhões de inadimplentes, o mês passado marcou a terceira menor taxa de inadimplentes no País em 2024, aproximando-se dos níveis de janeiro e fevereiro.

De acordo com análise de mercado, a redução de 200 mil nomes no cadastro de negativação é um reflexo da tendência de queda que vem sendo observada desde abril. Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome, destaca que a diminuição no número de inadimplentes alivia a pressão sobre o orçamento das famílias.

“Essa mudança não apenas melhora a saúde financeira das famílias, mas também sinaliza um ambiente econômico mais favorável, com um maior número de pessoas recuperando o acesso ao crédito”, avalia Aline.

ANÁLISE

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que a incapacidade de quitar dívidas, levando em consideração as atuais condições econômicas, se dá principalmente em decorrência da má gestão das finanças.

“Como a renda é muito baixa para empregados do setor privado e de prefeituras, a pessoa aposta que vai ganhar mais, ou não faz a sintonia financeira esperada [finanças pessoais planejadas], aumentando novamente o endividamento que resulta na inadimplência”, relata.

Pavão ainda pontua que questões estruturais, como o crescimento econômico atingindo seus limites, são potencializadas por mudanças climáticas, geopolíticas, guerras e queda na demanda.

“Com as intempéries climáticas, o agronegócio está tendo queda de lucros e, por conseguinte, não conseguem ganho de produtividade e de renda”, analisa o economista.

O doutor em Economia Michel Constantino lista os principais fatores que contribuíram para o cenário em Mato Grosso do Sul.

“Estão ligados primeiramente a falta de planejamento financeiro, seguido pelo custo de vida alto, inflação, juros altos e ainda empregos chamados subempregos [sem carteira assinada], que são frágeis e não tem proteção”, elenca.

Para o mestre em economia Lucas Mikael, a expectativa é de que o cenário da inadimplência permaneça estável nos próximos meses, já que a mudança dessa realidade costuma levar tempo.

“Diversos fatores, como a instabilidade econômica e as flutuações do mercado, ainda impactam a capacidade de pagamento das famílias”, encerra.

PERFIL

O perfil dos inadimplentes em Mato Grosso do Sul revela um equilíbrio quase equivalente entre gêneros, com 52,3% de homens e 47,7% de mulheres enfrentando dificuldades financeiras.

Já as faixas etárias mais afetadas são as de 26 a 40 anos e de 41 a 60 anos, que somadas representam 70,1% do total de inadimplentes. A primeira faixa, entre 26 e 40 anos, conta com 35,1% dos endividados, enquanto a segunda, de 41 a 60 anos, abrange 35%. I

Por outro lado, os endividados com até 25 anos representam apenas 12% do total, e aqueles acima de 60 anos somam 18%. Esse cenário pode indicar que os jovens estão mais conscientes em relação ao endividamento, enquanto os idosos podem enfrentar dificuldades em honrar compromissos devido a aposentadorias fixas ou imprevistos financeiros.

No País, os segmento de Bancos e Cartões de Crédito representou 27,9% das dívidas, com uma diminuição de 0,46 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Já as contas básicas de água, luz e gás mostraram uma queda de 0,15 pontos percentuais em comparação a julho.

O setor de serviços, que inclui atividades como atendimento ao consumidor, transporte e administração, teve a maior redução, com uma diminuição de 1,22 pontos percentuais. Em contraste, o segmento de telecomunicações registrou um leve aumento de 0,5 ponto percentual em agosto, refletindo uma quase estagnação desse indicador.

SAIBA

Até julho deste ano haviam sido computados 56.904 novos nomes negativados em Mato Grosso do Sul, que totalizaram 1,096 milhão de inadimplentes no ano. Dados do Mapa da Inadimplência da Serasa revelaram que, em comparação ao último mês do ano passado [dezembro], o aumento foi de quase 5,47%, superando a média nacional que registrou elevação de apenas 1,34%.

 

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