Economia

Financiamento

Nova modalidade do FGTS anima setor da habitação de MS

Defendida pelo Ministério das Cidades, a nova variante será destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2.640 e deverá ampliar o acesso da população aos produtos da construção civil

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Aprovada nesta semana pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a modalidade intitulada FGTS Futuro vai permitir o uso do saldo futuro para possibilitar a compra da casa própria. Em Mato Grosso do Sul, a ação deve impactar toda a cadeia econômica, aquecendo os setores imobiliário e da construção civil, bem como gerar empregos, distribuir renda e movimentar segmentos como comércio e serviços.

O uso do FGTS Futuro já estava previsto em lei, mas faltava a regulamentação final para entrar em operação. Defendida pelo Ministério das Cidades, a nova modalidade será destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2.640.

Estudo realizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) projeta que cerca de 40 mil famílias com renda de até dois salários-mínimos sejam beneficiadas anualmente pela medida que, a princípio, será destinada a famílias de baixa renda, que são o público beneficiário da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Em Mato Grosso do Sul, analistas econômicos e representantes dos setores imobiliário e da construção civil projetam um impacto positivo na economia, com o aquecimento abrangente em segmentos como comércio e serviços e ainda com a geração de postos de trabalho diretos e indiretos.

O doutor em Economia Michel Constantino avalia positivamente essa possibilidade. “A flexibilização é muito bem-vinda, pois permite a autonomia do próprio trabalhador sobre o recurso. Vai ainda estimular a compra e o pagamento de financiamentos”, afirma.

Para o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Geraldo Paiva, o FGTS Futuro vai contribuir mensalmente para o aquecimento de toda a cadeia do segmento habitacional do Estado.
“Essa medida deverá aquecer ainda mais o mercado de imóveis para as faixas menos assistidas da população, gerando com isso mais empregos, aquecendo o comércio, distribuindo renda e aumentando a arrecadação tributária. Ou seja, todos ganham”, avalia.

Paiva reforça essa análise ao citar que quando há estímulos à construção civil, as lojas de materiais de construção vendem mais. “O comércio complementar, como de mobiliário e eletrodomésticos, vende mais, os trabalhadores da construção civil se mantêm ativos por mais tempo, e tudo isso aumenta tributos como o Imposto Sobre Serviços [ISS] da construção [civil], o Imposto Predial e Territorial Urbano [IPTU], o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis [ITBI], o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS] e ainda o Imposto de Renda [IR]”, detalha.

Para o presidente do  Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14ª Região (Creci-MS), Elli Rodrigues, toda a novidade que beneficia o setor imobiliário é bem-vinda. “Para o mercado, qualquer informação, qualquer modificação, qualquer meio que faça com que as pessoas tenham acesso à moradia, impacta positivamente todo o segmento”, diz.

Já a presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Sindimóveis-MS), Luciana de Almeida, aponta que a medida proporciona maior acesso a recursos para a compra de imóveis e incentiva o desenvolvimento de todo o setor.

“Entendemos como uma ação importante para o fomento do mercado imobiliário, trazendo benefícios significativos tanto para investidores quanto para compradores. Da mesma forma, também amplia oportunidades de investimento e facilita a realização do sonho da casa própria”, garante.

Com data já prevista, a Caixa Econômica Federal (CEF) confirmou que iniciará as operações da modalidade de crédito nas duas próximas semanas. Em tese, a instituição financeira teria até 90 dias após definir as normas operacionais para começar a comercializar o FGTS Futuro, mas o prazo foi antecipado e a linha de crédito passará a ser oferecida em meados de abril.

FINANCIAMENTO

Na prática, o trabalhador vai poder optar por um imóvel mais caro pagando uma prestação menor.Em um exemplo prático: atualmente, quem ganha R$ 2 mil pode comprometer 25% de sua renda mensal e pagar uma prestação de até R$ 500. Ao fazer uso do FGTS Futuro, esse trabalhador poderia assumir uma prestação de R$ 660, mas continuaria arcando com os mesmos R$ 500.

A diferença seria coberta automaticamente pela CEF, agente operador do FGTS, mensalmente, e os R$ 160 restantes dessa conta são referentes ao pagamento retido do empregado todos os meses. Assim, o fluxo mensal de pagamento do FGTS pelo empregador vai direto para o financiamento habitacional.

Isso também pode beneficiar famílias que não conseguem pegar um empréstimo habitacional por conta do comprometimento de renda exigido. Ao incluir o FGTS Futuro, elas têm mais chance de serem elegíveis ao financiamento da casa própria. Assim, o FGTS passa a ser contado como renda mensal, o que hoje isso não ocorre.

Atualmente, já é possível usar até 80% do FGTS acumulado para reduzir o valor das prestações que vão vencer em um ano ou abater no valor do contrato. 

No caso do FGTS Futuro, será possível abater as prestações com o FGTS simultaneamente quando o trabalhador receber os valores do empregador. Mas há um risco maior. 

Se o trabalhador que optar pelo FGTS Futuro for demitido, o valor da prestação que ele tem de pagar sobe. Ou seja, será preciso pagar o valor cheio da prestação em dinheiro, somando a fatia que vinha do FGTS.
Considerando o exemplo da prestação de R$ 500, esse valor seria acrescido de R$ 160 para cobrir a falta do depósito do FGTS. Em situação de inadimplência, o mutuário fica sujeito à retomada do imóvel pela instituição financeira.

O FGTS reservou para este ano um orçamento de R$ 97,15 bilhões para novas contratações dentro do MCMV e mais R$ 8,5 bilhões para quem tem conta no fundo. Os juros variam entre 4% e 8,16% ao ano e o prazo de pagamento é de até 35 anos. O programa habitacional financia imóveis de até R$ 350 mil em todo o País.

FGTS FUTURO

É mais uma modalidade de uso do FGTS para a casa própria. Vai permitir ao trabalhador contar com os recursos que ainda serão depositados pelo empregador para o crédito imobiliário.

A principal vantagem é que os recursos podem elevar a capacidade de pagamento da família para assumir um financiamento habitacional. Permite, por exemplo, comprar um imóvel mais caro sem elevar o valor da prestação e comprometer parcela adicional da renda.

Isso ocorrerá porque o dinheiro que o empregador depositará na conta do FGTS será automaticamente destinado ao abate do valor nominal da prestação. O limite que pode ser comprometido hoje por prestações é de 25% da renda do trabalhador. Inicialmente, será voltado para trabalhadores com carteira assinada e renda bruta familiar de até R$ 2.640.

ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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