Economia

PREFEITURA

Perdas com IPTU e ICMS
derrubam receita da Capital

Arrecadação caiu 11,9%, totalizando R$ 340,2 milhões no mês passado

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A antecipação do recebimento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU 2019), a crise, a demora na retomada da economia e ainda a redução no índice de participação da Capital nos repasses do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) afetaram a receita da Prefeitura de Campo Grande neste início de ano. A arrecadação do município recuou 11,9% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado, caindo de R$ 386,4 milhões para R$ 340,2 milhões.

Os dados são do Portal da Transparência e mostram ainda que das 10 principais fontes de arrecadação da prefeitura, seis tiveram redução no valor arrecadado. Estão nesta lista o IPTU, o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e o repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

Maior fonte de arrecadação do município, o IPTU teve queda de 7,76% em receita, saindo de R$ 219,1 milhões em janeiro de 2018 para R$ 202,1 milhões no mesmo mês deste ano. Em relação ao ISS, a retração foi de 2,5%, e o montante arrecadado por meio do tributo passou de R$ 29,5 milhões para R$ 28,8 milhões. Já a transferência do ICMS fechou em R$ 29,8 milhões no mês passado, queda de 26,6% em relação a janeiro de 2018, quando foram repassados ao município de Campo Grande R$ 40,6 milhões.

As demais receitas que apresentaram desempenho inferior ao do ano passado foram o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) – de R$ 7,8 milhões para R$ 4,3 milhões (-44%,) –, transferência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) – de R$ 39,4 milhões para R$ 36,1 milhões (-8,4%) – e da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) – de R$ 9,1 milhões para R$ 6,5 milhões (-28,7%). 

RETRAÇÃO 

Na avaliação do secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, as contas da prefeitura iniciaram o ano mais retraídas. Com relação ao IPTU, ele destaca que o montante arrecadado com imposto cresceu 13% neste ano, totalizando R$ 226 milhões até janeiro, no entanto, como o pagamento foi antecipado para dezembro, a maior parte da receita ficou no ano passado.

“No IPTU, o valor cresceu, mas poderia ter crescido mais, por isso desse resultado em janeiro. O valor foi arrecadado em dezembro antecipadamente e foi usado para pagar a folha e o 13º salário. Foi uma estratégia nossa mandar antecipadamente os boletos na primeira semana de dezembro”, enfatizou. Já o pagamento do IPTU com desconto de 10% arrecadou R$ 21 milhões ontem [segunda-feira] e mais R$ 4 milhões na sexta.

Ou seja, R$ 25 milhões. “Esse montante ficou quase igual ao do ano passado, ou até menor”, acrescentou.
Em relação ao recuo no ISS, Neto alega que o montante obtido no ano passado foi maior em janeiro provavelmente porque a prefeitura está em campanha de renegociação de débito. 

“Estávamos com o Refis mais forte em janeiro e parcelamentos. Um banco, por exemplo, pagou R$ 10 milhões de Refis à época, por isso, em janeiro deste ano o resultado foi menor. Essa renegociação ajudou a inflar a receita no ano passado. Já o [resultado] deste ano foi muito ruim. Acredito em parte também por causa da crise. Já que a economia ainda não avançou muito, não retomou o mercado e não está aquecido”, avaliou. 

Outro baque nas finanças ocorreu com a redução no índice de rateio do ICMS da Capital, que passou de 21,12 para 20,17 neste ano. Isso deve representar menos R$ 2,5 milhões ao mês na Capital. “Nos parece um contrassenso que Campo grande tenha 1/3 da população e receba apenas 20% de participação nos índices. Neste ano, vamos modernizar nosso sistema de fiscalização de ICMS, em busca de melhores resultados no rateio”, alega.

CRESCIMENTO

Já entre as receitas que tiveram aumento está a do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que cresceu 15,5% e foi de R$ 3,9 milhões para R$ 4,6 milhões. 

Ainda conforme os dados do Portal da Transparência, o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) registrou crescimento de 20,4% (de R$ 12,5 milhões para R$ 15 milhões), enquanto o do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) fechou em R$ 10,3 milhões no mês passado, ante R$ 9 milhões em janeiro de 2017, incremento de 14,2%.

Outra fonte de arrecadação que apresentou aumento [+ 42,1%] foi o Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul, o Fundersul, cujo montante passou de R$ 1,1 milhão para R$ 1,5 milhão.

 

Oportunidade

Prefeitura de Taquarussu abre processo seletivo

Vagas de níveis médio e superior irão atender as secretarias de Saúde e Assistência Social do município

22/11/2024 16h30

Prefeitura Municipal de Taquarussu

Prefeitura Municipal de Taquarussu Divulgação

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A Prefeitura de Taquarussu anunciou a abertura de um novo processo seletivo simplificado. O edital nº 001/2024 (a partir da página 565) oferece 21 vagas imediatas, além de formação de cadastro reserva, para cargos de níveis médio e superior.

O certame tem validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período, de acordo com as necessidades da administração municipal. As oportunidades estão distribuídas entre as Secretarias Municipais de Saúde e de Assistência Social.

Cargos oferecidos

  • Nível Superior: Enfermeiro, Farmacêutico/Bioquímico, Fisioterapeuta, Psicólogo, Técnico em Enfermagem, Assistente Social e Psicopedagogo
  • Nível Médio: Agente Social

Os salários variam de R$ 2.057,74 a R$ 3.858,27, para jornadas de trabalho de até 40 horas semanais.

Como participar

As inscrições para o processo seletivo da Prefeitura de Taquarussu estarão abertas até as 13h do dia 29 de novembro de 2024. Os interessados devem se cadastrar exclusivamente pela internet, preenchendo o formulário de inscrição disponível no site oficial da prefeitura.

A avaliação dos candidatos será realizada por meio de prova de títulos, na qual serão pontuados critérios relacionados à qualificação e experiência profissional. Em caso de empate, os critérios de desempate serão:

  1. Maior tempo de serviço na função
  2. Maior idade

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Economia

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023

22/11/2024 15h00

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais Reprodução Internet

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A taxa de desocupação em Campo Grande atingiu 2,8% no terceiro trimestre de 2024, conforme dados da PNAD Contínua, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice, que representa uma queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior, é o segundo menor entre as capitais do país. Campo Grande, que liderava o ranking, foi superada por Cuiabá, onde a taxa de desocupação chegou a 2,7%.  

No âmbito estadual, Mato Grosso do Sul registrou 2,26 milhões de pessoas em idade para trabalhar, número estável em comparação ao mesmo período de 2023. Destas, 1,49 milhão estavam na força de trabalho, sendo 1,43 milhão ocupadas e 57 mil desocupadas.  

Segundo o IBGE, é considerada ocupada a pessoa em idade apta para trabalhar que exerceu, de forma remunerada, pelo menos uma hora de atividade na semana de referência, incluindo trabalhos formais e informais. Os desocupados são aqueles que não se enquadram nesse perfil.  

O nível de ocupação em Mato Grosso do Sul foi de 64,2%, um aumento de 0,8 p.p. em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, sendo ambos os resultados considerados estáveis.  

Entre os estados, a taxa de desocupação de Mato Grosso do Sul (3,8%) foi a quarta menor, atrás de Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Pernambuco, por sua vez, apresentou a maior taxa, com 10,5%.  

Campo Grande registra 2,8% de desocupação, a 2° menor entre capitais

No Brasil, a taxa de desocupação no terceiro trimestre de 2024 foi de 6,4%, representando uma queda de 0,5 p.p. em relação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 p.p. frente ao mesmo período de 2023 (7,7%).  

Por gênero, a taxa nacional foi de 5,3% para homens e 7,7% para mulheres. Já por cor ou raça, a desocupação foi inferior à média para brancos (5,0%) e superior para pretos (7,6%) e pardos (7,3%).  

Empregos e setores  

Mato Grosso do Sul manteve estabilidade no número de empregados, totalizando 1,06 milhão no terceiro trimestre, ante 1,05 milhão no trimestre anterior. Deste total, 757 mil atuam no setor privado, 209 mil no setor público e 98 mil como trabalhadores domésticos.  

O número de empregados no setor privado com carteira assinada registrou variação de 12 mil pessoas, mas foi considerado estável em relação ao trimestre anterior (1,6%) e ao mesmo período de 2023 (3,5%). No setor privado sem carteira assinada, o total permaneceu em 172 mil, também estável frente ao trimestre anterior (5,5%).  

Os dados reforçam a recuperação gradual do mercado de trabalho no estado e no país, com índices de ocupação superiores aos registrados em 2023 e avanços consistentes na redução da desocupação.


 

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