O Produto Interno Bruto (PIB) do Mato Grosso do Sul deve crescer 5,5% neste ano, segundo estimativa da Resenha Regional do Banco do Brasil relativa ao mês de junho. Conforme a projeção, o Estado deverá ter o segundo maior crescimento do PIB no País, atrás apenas do Mato Grosso, que tem previsão de acréscimo de 6,8% em 2025.
O crescimento na riqueza do Estado deve ser puxado pela agropecuária, com estimativa de aumento de 17,9%. Este índice no PIB do agro sul-mato-grossense é o maior do Brasil, segundo o levantamento.
Já para a indústria, o PIB estimado é de 2,9% e no setor de serviços, de 3,1%.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a região Centro-Oeste mantém-se como a mais promissora em termos de crescimento econômico.
Verruck ressaltou que os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul lideram esse movimento, impulsionados por perspectivas favoráveis para o setor agrícola, cujos efeitos positivos se estendem para os demais segmentos econômicos, especialmente a indústria alimentícia e os serviços associados à cadeia produtiva do agronegócio.
“O cenário é otimista puxado pelo aumento na produtividade devido às condições climáticas favoráveis e à expansão na área de colheita de grãos, diferente do ano passado. Somos o segundo do País em PIB total e saímos de 4,4% para 5,5% por conta do avanço do agronegócio”, frisou o secretário.
Outro fator considerado como virada de chave nas cadeias produtivos estaduais é a diversificação de culturas no Estado como produtor do binômio “soja e boi”.
“Essa mudança está ajudando a melhorar o resultado da economia estadual. Tivemos nos últimos anos a entrada da citricultura que já tem pelo menos 30 mil hectares de plantio prospectados e em andamento, temos também o crescimento de áreas de amendoim em expansão onde antes havia pastagem degradada. No amendoim MS tem 42 mil hectares cultivados e já e o maior produtor do País, superando São Paulo. Toda esta mudança de cultura de plantio, abre mais possibilidades para que novos empreendimentos venham para o MS e geram emprego”, pontuou Verruck.
No setor da indústria, a consolidação do Vale da Celulose, com a operação de quatro fábricas, uma em construção em Inocência e outra em processos de licenciamento em Bataguassu também puxaram o índice de crescimento do PIB.
Na pecuária, a Semadesc destaca o abate de bovinos, suínos e frangos no Mato Grosso do Sul, que registrou um aumento em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Todos estes fatores contribuem para que o MS mantenha o foco de desenvolvimento voltado no Estado Multiproteína e na agregação de valor a matéria-prima, industrializando os produtos daqui”, complementou.
Otimismo
Ainda segundo a Semadesc, as mais recentes revisões das projeções da produção agrícola feitas pelo IBGE e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para um cenário amplamente favorável ao agronegócio brasileiro em 2025.
A alta nas estimativas de colheita da soja e do milho da primeira safra e o bom andamento da semeadura do milho da segunda safra sustentam a expectativa de uma safra recorde.
Na pecuária, também são esperados resultados positivos, especialmente na produção de aves e suínos. Embora haja previsão de recuo na produção de bovinos ao longo de 2025, os números do primeiro semestre indicam desempenho mais otimista.
Diante desse quadro, a projeção de crescimento do PIB agropecuário foi elevada de 6,0% para 8,2%.
