Economia

Proposta

Possíveis mudanças no seguro-desemprego devem afetar trabalhadores mais vulneráveis

Governo quer reduzir os pagamentos para demitidos com indenizações altas e aumentar a tributação sobre setores com alta rotatividade

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Possíveis mudanças no seguro-desemprego podem impactar os trabalhadores mais vulneráveis do País e particularmente Mato Grosso do Sul. Uma proposta apresentada pela equipe econômica do governo planeja reduzir os pagamentos para aqueles que recebem indenizações elevadas, além de aumentar a tributação sobre setores com alta rotatividade, o que pode agravar a situação de quem já enfrenta dificuldades financeiras em momentos de demissão.


Com o mercado de trabalho aquecido e o desemprego em baixa, o objetivo do governo é corrigir o que alguns especialistas consideram uma proteção excessiva para trabalhadores demitidos sem justa causa: o seguro-desemprego e a multa indenizatória de 40% sobre os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


Para Mato Grosso do Sul analistas econômicos consultados pelo Correio do Estado apontam que o impacto deve ser significativo uma vez que no Estado há grande oferta de vagas com grande rotatividade, mercado que habitualmente é ocupado por classes econômicas com menos instrução. Fato que pode ser facilmente confirmado pelas inúmeras oportunidades ofertadas por agências de empregos diariamente.

Corroborando, o economista Eduardo Matos destaca que MS está praticamente em pleno emprego.  “É possível verificar que temos uma grande quantidade de vagas de emprego, especialmente empregos que exigem pouca qualificação. E são justamente esses empregos menos especializados, os que possuem a maior rotatividade e são aqueles em que a proposta tende a atingir mais”, ressalta.


Matos reitera que aonde há maior rotatividade, há um maior gasto com seguro-desemprego.“A proposta tende a aumentar a alíquota de Pis e Cofins para esses setores, prometendo reduzir a rotatividade. No entanto, a rotatividade nós devemos considerar, diante do cenário atual, a seguinte situação. Se há uma grande disponibilidade de vagas de trabalho e baixa disponibilidade de trabalhadores, então nós temos uma curva inversa de oferta e demanda de trabalho. Nós temos uma demanda muito alta e uma oferta muito baixa de mão de obra”, salienta.


Matos ainda explica que é natural que esses trabalhadores menos especializados busquem outros postos de trabalho, motivado muitas vezes por uma diferença muito baixa no salário ou por algum grau de insatisfação com o trabalho. “Diante deste cenário pode não haver uma perda muito grande ao ser demitido, esses trabalhadores conseguem elevar a rotatividade dos postos de trabalho. Então, aumentar a alíquota de Pis e Cofins talvez não seja algo tão benéfico”, afirma.


O mestre em economia Lucas Mikael reforça que ao restringir o tempo de recebimento do benefício ou a quantidade de parcelas, o governo busca equilibrar o orçamento, mas isso pode afetar a renda de muitos trabalhadores que dependem desse suporte em períodos de desemprego.

 
“Uma redução no tempo de recebimento pode levar a um aumento da pressão financeira sobre as famílias, resultando em uma diminuição do consumo, o que é crucial para a recuperação econômica local”, aponta.
Mikael ainda pontua que em Mato Grosso do Sul, onde a economia é diversificada, mas ainda vulnerável a flutuações, a redução do seguro-desemprego pode impactar setores importantes, como o agronegócio e o comércio.

 
“Com uma parcela significativa da população ativa dependendo do benefício, alterações nas regras podem resultar em um efeito cascata, afetando a demanda por bens e serviços. Isso pode levar a uma desaceleração no crescimento econômico da região, dificultando a recuperação de pequenas e médias empresas que enfrentam desafios financeiros”, analisa o mestre em economia.

Nesse sentido, é válido destacar que em Mato Grosso do Sul a concessão do benefício está acima dos 60 mil segurados em oito meses desde 2022.

Seguros-desemprego concedidos no período de janeiro a agosto

  • 2020 - 69.045
  • 2021 - 58.571
  • 2022 - 61.633
  • 2023 - 68.149
  • 2024 - 63.099

PROPOSTA


Uma das propostas em análise sugere que o número de parcelas do seguro-desemprego varie conforme o valor da multa indenizatória. Assim, quanto maior a multa, menor será o valor recebido pelo trabalhador a título de seguro, criando uma compensação entre os montantes.


Essa proposta não inclui alterações na multa do FGTS. Além disso, existem sugestões para aprimorar o financiamento do seguro-desemprego, custeado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cujas receitas vêm de uma parte da arrecadação do PIS/Cofins.


Discute-se a possibilidade de aumentar a cobrança sobre setores com maior rotatividade de trabalhadores, já que esses setores demandam mais do seguro-desemprego. A diferenciação de alíquotas está prevista na Constituição, mas ainda não foi regulamentada.


Essas ideias estão em fase preliminar e ainda não foram apresentadas ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Elas precisam ser refinadas em discussões com essa e outras áreas do governo, além de passarem pela aprovação política dos ministros e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Portanto, não é possível afirmar se se transformarão em propostas concretas.


Essas discussões fazem parte do esforço do governo para revisar gastos, visando desacelerar o crescimento das despesas obrigatórias e garantir a sustentabilidade fiscal. A revisão se concentra em três áreas: aprimoramento dos benefícios sociais, modernização das regras automáticas de correção de verbas para setores específicos e reformulação de políticas públicas. As mudanças visam não apenas a economia de recursos, mas também a correção de problemas e o aumento da produtividade.



 

Economia

Vendas do Tesouro Direto têm terceiro maior valor mensal da história

Em setembro, foram vendidos R$ 6,77 bilhões em títulos

25/11/2024 22h00

Vendas do Tesouro Direto têm terceiro maior valor mensal da história

Vendas do Tesouro Direto têm terceiro maior valor mensal da história Agência Brasil

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As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 6,77 bilhões em setembro, divulgou nesta segunda-feira (25) o Tesouro Nacional. É o terceiro maior valor mensal desde a criação do programa, em 2002, só perdendo para agosto deste ano, com vendas de R$ 8,01 bilhões, e para março de 2023, R$ 6,84 bilhões.

Em relação a agosto, as vendas caíram 15,5%. Na comparação com setembro do ano passado, o volume subiu 111,7%. 

Os dados foram divulgados com quase um mês de atraso por causa da greve dos servidores do Tesouro Nacional, que paralisaram a venda de títulos do programa três vezes em menos de um mês.

O principal fator que contribuiu para o alto volume de vendas foi o vencimento de títulos de longo prazo corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia), que foram trocados por papéis novos. Em setembro, os resgates de títulos atrelados à Selic, somados aos vencimentos e recompras, totalizaram R$ 5,294 bilhões. As vendas atingiram R$ 3,866 bilhões.

Os títulos mais procurados pelos investidores em setembro foram os vinculados aos juros básicos, cuja participação nas vendas somou 57,1%. Os papéis corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), corresponderam a 30% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, totalizaram 9,1%.

Destinados ao financiamento de aposentadorias, o Tesouro Renda+, lançado no início de 2023, respondeu por 2,6% das vendas. Criado em agosto do ano passado, o novo título Tesouro Educa+, que pretende financiar uma poupança para o ensino superior, atraiu apenas 1,2% das vendas.

O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da Taxa Selic. A taxa, que estava em 10,5% ao ano até setembro, foi elevada para 11,25% ao ano. Com a expectativa de novas altas, os papéis continuam atrativos. Os títulos vinculados à inflação também têm atraído os investidores por causa da expectativa de alta da inflação oficial nos próximos meses.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 143,12 bilhões no fim de setembro, alta de 1,11% em relação ao mês anterior (R$ 141,55 bilhões), mas alta de 16% em relação a setembro do ano passado (R$ 123,36 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas superaram os resgates em R$ 582,3 bilhões no último mês.

Investidores

O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.666.035, aumento de 10,9% em 12 meses. Os demais dados, como total de investidores desde a criação do programa, não foram divulgados por causa da greve do Tesouro Nacional.

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 79,2% do total de 812.452 operações de vendas ocorridas em setembro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 55,7%. O valor médio por operação atingiu R$ 8.333,51, inflado pela troca de títulos corrigidos pela Selic, usado principalmente por quem quer fazer reserva de emergência.

Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos de até 5 anos representam 79,1% do total. As operações com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 6,9% do total. Os papéis de mais de 10 anos de prazo representaram 14% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.

Captação de recursos

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos. Outras informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.

Loterias

Resultado da Lotofácil de hoje, concurso 3252, segunda-feira (25/11)

A Lotofácil é uma das loterias mais populares no Brasil, com sorteios realizados seis vezes por semana, de segunda a sábado; veja números sorteados

25/11/2024 19h20

Confira o resultado da Lotofácil

Confira o resultado da Lotofácil Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 3252 da Lotofácil na noite desta segunda-feira, 25 de novembro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1,7 milhão. 

Confira o resultado da Lotofácil de hoje!

Os números da Lotofácil 3252 são:

  • 10 - 21 - 18 - 15 - 11 - 17 - 20 - 12 - 14 - 25 - 16 - 23 - 24 - 05 - 08

O sorteio da Lotofácil é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 3253

Como a Lotofácil tem seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no terça-feira, 27 de novembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 3253. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Lotofácil é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 15 dente as 25 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Como apostar na Lotofácil

Os sorteios da Lotofácil são realizados diariamente, às segundas, terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados, sempre às 19h (horário de MS).

O apostador marca entre 15 e 20 números, dentre os 25 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 15 números, custa R$ 3,00.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 15 dezenas, que custa R$ 3,00, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 3.268.760, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 211, ainda segundo a Caixa.

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