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Preço médio da tilápia cai em Mato Grosso do Sul e São Paulo, mas sobe no Paraná

Ao mesmo tempo, cotação do peixa se eleva em parte do Estado do Paraná, que também é um grande produtor

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O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), divulgou nota técnica afirmando que as cotações da tilápia seguiram direções opostas em julho.

De acordo com os agentes consultados pelo Cepea, a baixa liquidez no mercado interno e a oferta estável de peixes no início do mês pressionaram as cotações nos Grandes Lagos (noroeste do estado de São Paulo e divisa de Mato Grosso do Sul) e no Norte Paranaense.

Já no Oeste do Paraná, a menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate elevou os valores. Com isso, em julho, de acordo com levantamento do Cepea, o preço médio da tilápia in natura caiu 0,91% de junho para julho na região dos Grandes Lagos, o que inclui Mato Grosso do Sul, com o produto comercializado à média de R$ 7,66/kg no último mês.

No Norte do Paraná, as cotações da tilápia caíram 0,76% no comparativo mensal, para R$ 7,87/kg em julho. Já no Oeste do Paraná, houve avanço de 3,13%, com o animal negociado a R$ 7,25/kg na média do mês.

Detalhes da tilápia de Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, apesar da leve queda do preço do quilo da tilápia em julho, a estimativa para a produção deste ano é de 55 mil toneladas. Isso significa que o aumento na produção previsto – na comparação com o ano passado – será de 47%. Para 2023, a meta é chegar a 62 mil toneladas.

Em 2021, a produção foi de 37,4 mil toneladas e, em 2020, o número ficou em 25,2 mil toneladas. Os números são da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

João Sotoya Takagi, coordenador do Subprograma Peixe Vida, da Semagro, destaca que a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tem contribuído para o desenvolvimento do setor. Nas operações internas com alevinos, a redução da alíquota – para operações interestaduais - foi de 60%.

Quando a área de atuação é o peixe para abate, as operações internas também têm incentivo estadual. Neste caso, há um abatimento de 50 % da alíquota do ICMS, que é igual a 3,5% com crédito outorgado e 50 % na alíquota do ICMS, que equivale a 6% em operações interestaduais.

Em todo o Estado, a produção de pescado se concentra em propriedades com tamanho de 10 a 50 hectares, correspondendo a 34,05%. Segundo a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de MS), existem 1.338 produtores com atividade de piscicultura no Estado.

Dados da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) indicam que são 2.441 hectares de tanques escavados, porém, aproximadamente 960 hectares de tanques escavados estão desativados ou sem exploração comercial. Há ainda, em Mato Grosso do Sul, outras 1.767 unidades de tanques redes, 28 produtores de alevinos e 102 estabelecimentos “pesque-pague'.

João Sotoya Takagi destaca, ainda, que os resultados dos investimentos já começaram a aparecer em 2020, com a a produção estadual chegando a 25.255 toneladas. Esse desempenho pôs Mato Grosso do Sul na 8ª posição entre os maiores Estados produtores, segundo dados da Agraer e Semagro.

Já o ano de 2021 foi marcado pelo custo de produção elevado, além de problemas com a estiagem, e baixo poder de compra da população brasileira. Por estes motivos, o 8º lugar foi mantido, mas com um aumento na produção atingindo 37.400 toneladas de pescado.

De acordo com a Semagro, a tilápia liderou o ranking de produção no Estado em 2021, com 34.450 toneladas, seguido pelos peixes nativos, com 2.800 toneladas e outros contando com 150 toneladas, totalizando 37.400 toneladas.

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Economia

Em meio à crise, presidente da Petrobras descarta aumento de preços dos combustíveis

Na última semana, o presidente Jean Paul Prates confirmou que as etapas para conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas no fim deste ano.

18/04/2024 17h23

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates Thomaz Silva/ Agência Brasil

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Durante um evento no Rio de Janeiro, com foco em "O Fortalecimento da Indústria Naval Nacional e o Setor Energético Offshore", o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou um aumento nos preços dos combustíveis no Brasil a curto prazo.

"Estamos avaliando as condições de mercado. Não há razão nenhuma para aumento agora. Não está sendo avaliado (aumento para as próximas semanas). Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso", relatou ao jornal O Globo, na manhã de hoje (18).

Conforme divulgado pelo Correio do Estado, no início desta semana, a Petrobras anunciou que as etapas para a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3), em Três Lagoas, devem ser retomadas até o final deste ano. A estatal informou que o processo licitatório para o reinício das obras será aberto em dezembro de 2024.

A expectativa inicial é que a unidade comece a operar até o fim de 2023.

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu ao presidente Lula que "olhasse com carinho" para a fábrica, que está com as obras paradas desde 2014. O pedido foi feito durante visita do presidente a Campo Grande.

Nesta segunda-feira (15), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou as falas do presidente, em entrevista à CNN, que as obras serão retomadas em breve.  
   

A UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - ReproduçãoA UFN3, em Três Lagoas, está com as obras paralisadas - Reprodução

Investimentos

De acordo com o presidente da Petrobras, rebateu um dossiê feito na semana passada, contra a permanência dele no comando da estatal e que apontava que Prates resistia em concluir a UFN3, que precisa de investimento de R$ 5 bilhões.

Durante a conversa, Jean Paul afirmou que sempre defendeu a importância da inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras, o que foi feito em novembro do ano passado, após demonstração técnica de viabilidade financeira e decisão da estatal de voltar ao setor de fertilizantes.

O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, reafirmou que o dossiê sobre a não retomada da UFN3 não correspondia à realidade

"Estamos acompanhando o assunto junto com a ministra Simone Tebet e temos inclusive a previsão que a licitação ocorra no final de ano", disse.

Quando concluída, a UFN3 deve reduzir em 15% a dependência brasileira dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes.

A obra da UNF3 foi paralisada no fim de 2014, com 81% da construção realizada.

A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
 

Valor do petróleo 

Na tarde desta quinta-feira (18), o preço do petróleo Brent, usado como referência internacional, está em queda de 0,22%, a US$ 87,10. Na semana passada, chegou a passar os US$90. Segundo dados da Abicom, que reúne os importadores, o preço da gasolina cobrado pela estatal está 20% menor em relação ao cenário internacional. No caso do diesel, a diferença hoje é de 10%

Declarações 

Conforme informações do governo brasileiro, os preços feitos pela  Petrobras ocorreram em outubro do ano passado, quando a estatal reduziu o valor da gasolina nas refinarias, quando passou de R$2,93 para R$2,81. No caso do diesel, a queda foi em dezembro (caindo de R$3,78 para R$3,48).

Durante o evento nesta quinta-feira, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o impacto do conflito no Oriente Médio não deve intervir sobre os valores dos combustíveis no Brasil.

As declarações de Prates ocorrem em momento de crise na estatal, que se estendeu  ao Conselho de Administração da estatal, após falas de Silveira. 

A crise chegou até o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo, que derrubou a decisão em primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. Ele foi afastado na última semana. Logo em seguida, a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu.

Questionado como estava no clima dentro da Petrobrás, Prates disse estar tranquilo.

"Eu estou tranquilo. O presidente Lula está na Colômbia. Eu não fui a Brasília para isso. Temos agendas em Brasília constantemente. Por exemplo, eu passei o dia inteiro no TCU (Tribunal de Contas da União). Fui ver as lideranças no Senado. São meus amigos afirmou Prates".

 

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Orçamento

Com previsão de R$ 6,8 bilhões, orçamento da Capital deve ser 4% maior em 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância

18/04/2024 12h00

Divulgação

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A Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta segunda-feira (16), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, com previsão de aproximadamente R$ 6,8 bilhões.

Esse número representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que foi de R$ 6,5 bilhões.

O processo de tramitação agora se inicia, permitindo que os vereadores apresentem emendas à proposta. Além disso, está prevista a realização de uma audiência pública para ouvir a opinião da população.

A expectativa é que o projeto seja votado até o final do primeiro semestre.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2025

Dentre as novidades deste ano, a possibilidade de destinar 5% do valor das emendas impositivas para a primeira infância, com foco especial na educação infantil é uma delas.

O relator da proposta é o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento do Legislativo, vereador Betinho.

"Os vereadores têm agora o prazo regimental para apresentar suas emendas, incluindo esta nova opção para beneficiar a educação infantil. A LDO é crucial porque estabelece as diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária Anual, que será detalhadamente analisada no segundo semestre", ressalta o vereador.

Em 2024, estabeleceu-se a destinação de 25% da receita para aprimorar o ensino, reservando 1% para iniciativas culturais e 15% de acordo com as diretrizes do Conselho Municipal de Saúde.

Quanto às Emendas Impositivas, diferenciam-se das ordinárias por serem de cumprimento obrigatório pelo Executivo. Em Campo Grande, metade do valor dessas emendas é destinada à saúde, enquanto o restante é direcionado a outras áreas. Com a nova medida, pretende-se destinar 5% para programas relacionados à primeira infância no próximo orçamento.

 

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