Economia

DESTINOS

Produtos sul-mato-grossenses escoam por cinco portos espalhados pelo Brasil

Investimentos no modal ferroviário, como a Ferroeste, e construção da Rota Bioceânica, colocarão o Estado em outro patamar

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Os US$ 4,8 bilhões em produtos exportados por Mato Grosso do Sul, no período entre janeiro e julho deste ano, escoam por cinco locais destintos. 

A maior parte dos produtos, o equivalente a US$ 1,9 bilhão, escoou pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, principalmente os grãos, com destaque para a soja.

O segundo maior destino das exportações sul-mato-grossenses é o Porto de Santos, em São Paulo, com US$ 1,5 bilhão, tendo a celulose como principal produto. 

Os portos de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, concentram as exportações de carnes em geral – tanto bovina, quanto de aves. 

Por São Francisco do Sul saíram o equivalente a US$ 536,8 milhões.

Já pelo porto de Rio Grande foi escoado o equivalente US$ 117,9 milhões. 

Pelo município de Porto Murtinho, na fronteira com o Paraguai, foram exportados US$ 142,7 milhões, em um mix de produtos com destino ao mercado asiático.

Esse desenho logístico das exportações reforçam o direcionamento dos investimentos em logística que vêm sendo feitos. 

No modal ferroviário, a construção da nova Ferroeste vai baratear os custos do produtor e ampliar o volume exportado. 

Situação semelhante, porém, com importação e exportação, vai acontecer com a construção da Rota Bioceânica, fazendo com que produtos de Mato Grosso do Sul também escoem pelo Oceano Pacífico, o que ainda não acontece.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, destaca que esses investimentos logísticos – ambos de longo prazo, mas que já saíram do papel e do esboço teórico – colocarão Mato Grosso do Sul em outro patamar não só no âmbito estadual, mas no aumento de importância econômica do Brasil. 

“O Estado está cada vez mais inserido na dinâmica internacional e esses investimentos trarão mais desenvolvimento”, disse Verruck.

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Encadeamento produtivo

Inpasa e Sebrae qualificam pequenas empresas para se tornarem fornecedoras

O projeto Energizar Inpasa vai capacitar pequenos negócios para tenderem às demandas da grande indústria

07/04/2025 11h30

Sessão de negócios durante o lançamento do projeto gerou R$ 28,5 milhões em expectativas de novas parcerias

Sessão de negócios durante o lançamento do projeto gerou R$ 28,5 milhões em expectativas de novas parcerias Divulgação

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O Sebrae/MS e a Inpasa, maior produtora de biocombustíveis da América Latina, uniram forças para lançar o projeto Energizar Inpasa, uma iniciativa de encadeamento produtivo que busca qualificar pequenos negócios sul-mato-grossenses para se tornarem fornecedores da grande indústria.

O lançamento ocorreu durante o 1º Encontro de Fornecedores da Inpasa, realizado na sede do Sebrae em Campo Grande, no último dia 3 de abril.

De acordo com Claudio Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae/MS, a chegada de grandes empresas como a Inpasa ao Mato Grosso do Sul traz oportunidades significativas para a economia local, formada em 93% dos casos por pequenos negócios.

“Nosso papel é capacitar os pequenos negócios para que aproveitem essas oportunidades e integrem a cadeia produtiva. Quando grandes empresas compram de fornecedores locais, conseguimos incluir os pequenos negócios no processo de desenvolvimento e alavancar o crescimento de todos”, afirmou Mendonça.

Fundada no Paraguai e presente no Brasil desde 2018, a Inpasa possui duas unidades em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Dourados e Sidrolândia.

A empresa tem investido em iniciativas que aproximam os empresários locais, como destacou Iuri Mario Morgenstern, diretor de suprimentos da Inpasa.

"Estamos em busca de parceiros que atendam nossas demandas e contribuam com nossa operação. O Sebrae tem sido essencial nesse processo por sua proximidade com as pequenas empresas”.

Como vai funcionar

O projeto vai selecionar 40 empresas que serão acompanhadas por dez meses.

Cada negócio receberá consultoria especializada com 50 horas de capacitação, focando na melhoria da gestão e aumento da performance para atender às exigências da Inpasa e torná-los mais competitivos no mercado.

Sessão de negócios

Durante o evento de lançamento, foi realizada uma sessão de negócios que reuniu mais de 80 empresários de diferentes municípios do estado. A atividade gerou R$ 28,5 milhões em expectativas de novas parcerias.

Ruberlei Moreira Oliveira, proprietário da Eletro MS, destacou a importância da experiência.

“Além de buscar me tornar fornecedor da Inpasa, conheci novas empresas e saio daqui com boas perspectivas”.

Outros participantes também relataram benefícios significativos. Tania Marcia da Costa, da Sthaff Facilities, mencionou o impacto positivo do networking proporcionado pela sessão.

“Sempre colho muitos frutos dessas rodadas de negócios. É uma oportunidade única para apresentar nossos serviços e criar conexões comerciais”.

Já Rosimeire Cardoso de Almeida, do Café do Vô Vicente, celebrou sua primeira participação em uma sessão desse tipo. 

“Foi uma experiência impactante e enriquecedora para trocar experiências com outros empreendedores”.

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CARTEIRA ASSINADA

Em MS, 8,9 celetistas já contraíram novo empréstimo consignado

Entre os dias 21 de março e 3 de abril, pouco mais de R$ 60 milhões foram liberados para trabalhadores com carteira assinada de MS

07/04/2025 10h17

Quando do anúncio do programa, promessa foi de taxa de juros atrativos, mas ainda assim de 2,5% a 3% ao mês

Quando do anúncio do programa, promessa foi de taxa de juros atrativos, mas ainda assim de 2,5% a 3% ao mês

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Desde o dia 21 de março até a última quinta-feira (3), um total 8.923 trabalhadores com carteira assinada de Mato Grosso do Sul assinaram 8.952 contratos de empréstimo consignado do Crédito do Trabalhador, disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital.

Com taxas de juros mais baixas que os empréstimos tradicionais, entre 2,5% e 3%,  o total liberado ultrapassa os R$ 60,2 milhões, com valor médio por empréstimo de R$ 6.726,81. Em média, conforme informações do Governo Federal, os empréstimos foram contraídos em 18 parcelas de R$ 371,11.

Desde o começo do programa, R$ 3,3 bilhões já foram concedidos em empréstimos consignados aos trabalhadores com carteira assinada nas 27 unidades da Federação.

No total, 532.743 contratos foram firmados, com um valor médio de R$ 6.209,65 por trabalhador. As parcelas médias ficaram em R$ 350,46, com prazo médio de 18 meses. Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada.

Para o ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), este consignado inaugura um novo horizonte e uma nova cultura em torno dos empréstimos bancários.

“O Crédito do Trabalhador traz uma nova cultura de crédito e a cada dia tem se consolidado com sucesso, com novos bancos entrando, oferecendo taxas mais baixas e reduzindo dívidas dos trabalhadores”, comemora Luiz Marinho. 

A pasta alerta que os trabalhadores precisam ter calma e esperar pelas 24 horas para receber todas as propostas e, com isso, optar pela mais vantajosa.

 A Medida Provisória que criou o Crédito do Trabalhador foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 de março, em solenidade em Brasília.

Na ocasião, o presidente enfatizou que a intenção não é endividar brasileiros mas, sim, gerar oportunidades, tirar os mais vulneráveis dos juros caros, promover inclusão produtiva e gerar qualidade de vida.

A região Sudeste é a que mais negociou contratos por meio do Crédito do Trabalhador até agora, com 234.863 empréstimos fechados por 234.130 trabalhadores, num volume de crédito de R$ 1,44 bilhão. Em seguida aparecem Nordeste (111.081 empréstimos), Sul (88.174 empréstimos), Centro-Oeste (49.303) e Norte (49.170).

Para obter o crédito, as instituições financeiras consideram fatores como tempo de trabalho, salário e as garantias oferecidas pelo trabalhador na solicitação do empréstimo.

O trabalhador pode utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, mas também tem a opção de não oferecer nenhuma garantia. 

Com base nesses critérios, os bancos avaliam o risco e definem a liberação do crédito. Além disso, o valor das parcelas não pode ultrapassar 35% da renda mensal do trabalhador.

 Se o trabalhador decidir cancelar o empréstimo, terá um prazo de sete dias corridos, a partir do recebimento do crédito, para devolver o valor integral à instituição financeira. 

Além disso, a partir de 25 de abril, será possível transferir um empréstimo com juros mais altos para outro com taxas mais baixas. Caso tenha contratado o Crédito do Trabalhador e posteriormente encontre uma oferta mais vantajosa em outra instituição, poderá migrar para a nova condição.

O empréstimo está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras poderão oferecer essa linha de crédito por meio de suas plataformas digitais. 

A modalidade atende empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEI), desde que não possuam outro empréstimo consignado vinculado ao mesmo vínculo empregatício.

(Com assessoria)

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