Economia

FERROVIA

Rumo quer reativar a Malha Oeste somente de Ribas a Três Lagoas

Os dados constam no despacho que considerou inadmissível manter a concessionária na gestão da malha ferroviária

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A Concessionária Rumo Malha Oeste só quer ficar com cerca de 300 km, entre Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, dos 1.973 km da linha férrea que liga Mairinque (SP) a Corumbá; construir 144 km de novos trechos; e ainda reformar 47 km em Corumbá, a fim de transportar celulose e minério, produtos considerados rentáveis.

Esses parâmetros estão na solução consensual elaborada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a qual, além de garantir a gestão desses 491 km para a empresa, também prevê a devolução de 81% (1.600 km) da ferrovia ao governo federal. 

Os dados constam no despacho do dia 9 do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou inadmissível manter a concessionária na gestão da linha férrea por desrespeitar as metas e abandonar a malha ferroviária.

“Ora, observo que a proposta de solução consensual implica uma verdadeira remodelação completa e radical do contrato, apartando-o por completo da concessão original, com a prorrogação da avença por mais outro período, a exclusão de alguns trechos, a reforma de outros e a construção de novos ramais ferroviários”, afirmou Cedraz.

Ele ainda emendou que “[isso] se trata, assim, de uma nova configuração da exploração do serviço público de transporte ferroviário com novos trechos, novas métricas de desempenho, novas obrigações de manutenção das vias, sem nenhum suporte jurídico no contrato de concessão ora vigente”.

PROPOSTA

A afirmação ocorre porque essa proposta – entre outras metas decididas no esboço da relicitação que teve o trâmite interrompido em dezembro do ano passado pela ANTT a favor da solução consensual – exclui da otimização do contrato a reconstrução e a reativação do trecho de 355 km do ramal de Ponta Porã.

Esse ramal foi acatado como opcional para a concessionária, após solicitação da sociedade sul-mato-grossense na Audiência Pública nº 05/2023, realizada em abril e maio de 2024, em Campo Grande e em Brasília (DF), que trouxe contribuições e sugestões para o aprimoramento das minutas de edital e contrato, além de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental.

Também, enterra a proposta de viabilizar a linha férrea nos demais 800 km que cortam MS, como defende o governo do Estado. A proposta estadual de repactuação do contrato seria fazer a rebitolagem de Campo Grande até Três Lagoas, desativar o ramal de Três Lagoas até Mairinque e levar a ferrovia, a partir de Três Lagoas, até Aparecida do Taboado. Ainda, manteria a bitola estreita de Campo Grande até Corumbá.

Se, por um lado, o novo acordo exclui essas sugestões, por outro, ele prevê a recapacitação de 47 km entre Corumbá e Ladário, entre Corumbá e Agente Inocêncio e entre Agente Inocêncio e Porto Esperança, 
na bitola métrica, que transportaria principalmente minério.

Também, prevê a rebitolagem (instalação da bitola larga) em 300 km entre Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas, inviabilizando a conexão das composições com o trecho entre Ribas e a Cidade Branca, que teria uma bitola diferente, o que criaria obstáculos para o transporte de minério extraído em Corumbá até o Porto de Santos (SP).

Ainda, a construção de 55 km de linha férrea entre a fábrica da Suzano, ao sul de Três Lagoas, até o contorno ferroviário do município, e a construção de um novo segmento com extensão de 89 km ligando Três Lagoas a Aparecida do Taboado, na Malha Norte.

Esses trechos têm viabilidade econômica porque serão utilizados para transportar celulose e atenderão a fábricas da Eldorado Brasil e da Suzano, que estão localizadas nessa região, mesmo com as duas empresas já estando autorizadas a construir ferrovias próprias ligando suas unidades, localizadas em Três Lagoas, até Aparecida do Taboado. 

Também, a proposta de solução consensual prevê a devolução de 1.600 km da linha férrea, conforme consta no despacho de Cedraz, sem especificar quais trechos serão entregues ao governo federal.

A proposta que atende às solicitações da Rumo Malha Oeste é tratada a sete chaves pela ANTT, tanto é que todos os processos na autarquia federal que envolvem a concessionária estão sob sigilo no sistema eletrônico.

FALTA TRANSPARÊNCIA 

Essa falta de transparência foi ressaltada por Cedraz, ao enfatizar a contradição da diretoria da ANTT na decisão sobre o futuro da Malha Oeste.

Ele destacou que no dia 19/12/2024, durante a 998ª Reunião Ordinária, a diretoria colegiada da ANTT aprovou o relatório final da Audiência Pública nº 05/2023, “que concluiu pela submissão dos estudos ao TCU, para, em seguida, possibilitar a realização do leilão de desestatização”.

Cedraz complementou que “na 87ª Reunião Extraordinária da mesma diretoria colegiada, realizada em 27/12/2024, a ANTT aprovou de forma contraditória ao decidido 10 dias antes a proposta de ‘remodelação do contrato de concessão da Malha Oeste’ e de avaliação acerca da necessidade de instauração de uma comissão de solução consensual de controvérsias no âmbito do TCU. Com isso, a ANTT encaminhou requerimento de solução consensual com a proposta de repactuar e reestruturar o contrato de concessão ora em questão”.

LICITAÇÃO

Pelos estudos técnicos da licitação (a qual estava sendo planejada pelo Ministério dos Transportes, mas que foi interrompida) apresentados em 2023, a nova empresa que assumiria a concessão da Malha Oeste teria de investir R$ 18,9 bilhões no prazo de 60 anos, sendo o maior valor (R$ 16,4 bilhões) nos primeiros sete anos – isso na troca de dormentes e trilhos, na compra de locomotivas, na reforma de pátios de manobra, entre outras obras.

Porém, a obrigação desses investimentos só começariam em 2027, com a projeção de aplicação pela nova concessionária de R$ 980 milhões. Em 2028, o valor subiria para R$ 3,6 bilhões. Em 2029, chegaria ao topo, R$ 5,8 bilhões. 

Depois, cairia para R$ 3,1 bilhões em 2030 e outros R$ 2,5 bilhões em 2031.

A partir dessa data, a nova concessionária faria o que o estudo chama de reinvestimentos em ativos construídos, que começariam em R$ 257 milhões em 2032 e aumentariam gradativamente todo ano até chegar a R$ 523 milhões em 2083.

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campo grande

Comércio tem horário de funcionamento diferenciado na semana do Natal; Confira

Horário será estendido na segunda e terça-feira, com horário diferenciado na véspera e dia de Natal

21/12/2025 17h31

Comércio tem horário diferenciado nesta semana

Comércio tem horário diferenciado nesta semana Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O comércio de Campo Grande está funcionando em horário estendido desde o dia 9 de dezembro,para atender a demanda de clientes, que tradicionalmente aumenta no período de fim de ano. Nesta semana de Natal, o comércio também ficará aberto mais tarde, dando chance para quem deixou para comprar os presentes em cima da hora.

A decisão do horário estendido foi tomada com o fechamento da convenção trabalhista entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados do Trabalhadores do Comércio, estabelecendo, entre outros pontos, o horário especial de funcionamento do comércio.

Conforme a Fecomércio, nesta semana, segunda e terça-feira o comércio ficará aberto até às 22h, com horário diferenciado na véspera e no dia de Natal, dias 24 e 25, respectivamente. Na sexta-feira (26), o funcionamento volta ao normal.

A exceção será nos estabelecimentos comerciais localizados em hipercentes e nos shoppings, onde o horário será diferenciado.

Confira o horário do comércio na semana do Natal

  • Dias 22 e 23 de dezembro - até às 22h
  • Dia 24/12 - Até as 17h (das 9h às 19h em shoppings e hipercenters). 
  • Dia 25 de dezembro - comércio não abre

Reajuste salarial

A convenção só foi fechada após a definição de reajuste salarial de 7% para empregados que recebem acima do piso, além de atualizar os valores dos pisos da categoria, que passam a ser de R$ 1.960,00 para empregados em geral e para a função de caixa, R$ 2.151,00 para comissionados e R$ 1.767,00 para auxiliares do comércio, office boys e trabalhadores de serviços gerais.

O vale-alimentação também foi reajustado e passa a ser de R$ 25,00, com a garantia de que não poderá ser suprimido em caso de dispensa e recontratação pelo mesmo empregador ou grupo econômico, evitando alterações contratuais lesivas previstas na CLT.

Um dos pontos centrais da negociação foi quanto à aplicabilidade da CCT em casos de terceirização.

"Coibimos de nosso ordenamento a pejotização nas empresas. Algumas empresas estavam admitindo trabalhadores como pessoas jurídicas, o que é proibido e foge da normalidade do vínculo de emprego”, disse o gerente de Relações Sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo.

 Além disso, foram aprovados novos benefícios para a categoria, como a inclusão do Benefício Social Familiar, obrigatório a todos os trabalhadores, com contribuição mensal entre R$ 10 e R$ 20 por colaborador, e a criação do convênio odontológico mediante adesão, com custo aproximado de R$ 23,20, dos quais R$ 6,00 serão custeados pelas empresas.

Movimentação financeira

O comércio de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com expectativas retraídas para o Natal e Ano-Novo.

Pesquisa divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio de Mato Grosso do Sul (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS, indica queda de 38% na movimentação financeira do fim de ano, que deve alcançar R$ 824 milhões, ante R$ 1,27 bilhão no ano passado. 

O movimento econômico geral segue expressivo, mas a contração, considerada a mais responsável pela série recente, revela um consumidor mais seletivo, cauteloso e com crédito mais restrito. 

Do montante, estima-se que R$ 226 milhões serão destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às confraternizações de Natal e R$ 354 milhões às festas de Ano-Novo. 

Mesmo com menos dinheiro por compra, 69% dos entrevistados dizem que vão presentear no Natal, porém, com gasto médio menor, de R$ 217,36 por pessoa.

Os itens mais buscados seguem o apelo do afeto e do cotidiano, como brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. A maioria (78%) pretendem comemorar o Natal, quase sempre em encontros íntimos, com gasto médio de R$ 206,35 com alimentação feita em casa. 

Já na virada, 80% dizem que vão celebrar o Ano-Novo, com gasto médio de R$ 294,19, também centrado em comida, encontros familiares e viagens curtas, uma vez que 64% dos que vão viajar permanecerão no Estado.

A economista do IPF-MS e coordenadora da pesquisa, Regiane Dedé de Oliveira, avalia que o afeto se mantém, mas sem exageros.

“Percebemos um consumidor mais prudente, que busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O aumento do número de pessoas que pretendem presentear indica o sentimento de afeto, mas com escolhas mais calculadas e foco em gastos essenciais”.

O analista técnico do Sebrae-MS Paulo Maciel fala sobre os desafios dos negócios menores.

“A maioria dos clientes, 55%, prioriza a qualidade e busca o benefício para pagamento à vista para economizar. As empresas precisam preparar estoques e melhorar as condições de pagamento”.

Loterias

Resultado da Dia de Sorte de hoje, concurso 1155, SÁBADO (20/12)

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 20h28

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1154 da Dia de Sorte na noite desta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 2 milhões. 

Confira o resultado da Dia de Sorte de hoje!

Os números da Dia de Sorte 1155 são:

  • 19, 14, 13, 07, 08, 28 02, 
  • Mês da sorte: 10 - outubro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1156

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no sábado, 20 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1155. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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