Economia

ENERGIA LIMPA

Saiba os prós e contras do investimento em energia solar

Conversão da radiação solar no módulo fotovoltaico produz energia elétrica em prédios e domicílios

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A energia solar é oriunda da luz e do calor do sol. É uma fonte limpa, renovável, sustentável e natural.

Ao captar a luz do sol por meio das placas fotovoltaicas, a energia solar converte-se em corrente elétrica, podendo ser utilizada em residências, comércios e indústrias.

Últimas notícias

Existem aspectos favoráveis e desfavoráveis dessa fonte de energia:

Prós

  • Não polui;
  • É limpa;
  • É sustentável;
  • É natural;
  • É renovável;
  • Fonte de energia gratuita;
  • Economia de até 95% na conta de luz e
  • Possui vida útil de aproximadamente 20 anos, com pouca necessidade de manutenção.

Contras

  • Alto custo de instalação;
  • A produção de energia é de acordo com as condições atmosféricas e 
  • Não gera energia à noite.

Existem dois tipos de energia solar: heliotérmica e fotovoltaica. A heliotérmica é quando a luz do sol é convertida em calor para aquecer a água de residências, hotéis e clubes.

A energia solar fotovoltaica é quando a luz do sol é convertida em energia elétrica. 

O sistema solar fotovoltaico é constituído por painéis solares, inversor solar, sistema de fixação das placas solares, cabeamentos, conectores e outros materiais elétricos padrões.

Para esse sistema funcionar, é necessário que haja poucas nuvens no céu e condições metereológicas favoráveis. Quanto menos nuvens presentes no céu, maior a produção de eletricidade.

O engenheiro eletricista, Anderson Volpato explica ao Correio do Estado que, para ter acesso à instalação de placas fotovoltaicas, deve haver uma boa incidência de sol no telhado do local. 

"[Deve-se] checar se não vai ocorrer muito sombreamento do telhado ao longo do dia, e se ocorrer isso [dá para] colocar uma estrutura para deixar os módulos altos. Aí tem o fator orientação do telhado que é preferível que os módulos fiquem virados para o norte", detalha.

"Outra coisa que precisa é trocar o padrão de entrada convencional para um padrão bidirecional, por que o sistema vai injetar a potência excedente da geração na rede", acrescenta. 

Quanto custa?

Preço de instalação de placa fotovoltaica para residências

Potência do GeradorPreço Médio da Instalação 
Gerador de 2,03kWp              R$ 4.395,60
Gerador de 2,43kWp              R$ 4.366,30
Gerador de 2,84kWp              R$ 5.094,01
Gerador de 3,65kWp              R$ 5.934,06
Gerador de 4,46kWp              R$ 6.769,22

Preço de instalação de placa fotovoltaica para comércios e pequenos negócios

Potência do GeradorPreço Médio da Instalação
Gerador Solar 12,56kWp             R$ 11.446,88
Gerador Solar 17,01kWp             R$ 13.907,19
Gerador Solar 23,49kWp             R$ 17.999,98
Gerador Solar 28,35kWp              R$ 21.078,12

Preço de instalação de placa fotovoltaica para indústrias e grandes consumidores

Potência do GeradorPreço Médio da Instalação
Gerador Solar de 53,87kWp           R$ 40.070,78
Gerador Solar de 107,73kWp            R$ 80.216,04

Fonte: a pesquisa foi realizada com mais de 600 profissionais do setor em novembro de 2018.

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RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

Mais de 1 milhão de inadimplentes em MS podem limpar o nome neste mês

Febraban e Serasa firmam parceria para divulgação dos mutirões de negociação de dívidas e orientação financeira no País

14/11/2024 08h45

Até julho deste ano, 56.904 novos nomes foram negativados em Mato Grosso do Sul, o que totaliza 1,096 milhão de inadimplentes em 2024

Até julho deste ano, 56.904 novos nomes foram negativados em Mato Grosso do Sul, o que totaliza 1,096 milhão de inadimplentes em 2024 Foto: Gerson Oliveira

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Mato Grosso do Sul tem 1,098 milhão de pessoas negativadas, conforme os últimos dados divulgados pela Serasa em setembro. Até o dia 29, consumidores com pendências em instituições financeiras, como cartão de crédito, financiamentos, cheque especial e outros débitos bancários, poderão quitar suas dívidas com até 99% de desconto no Feirão Serasa Limpa Nome. 

Em uma ação inédita, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Serasa unem forças para ampliar as oportunidades de negociação de dívidas e reforçar a importância da educação financeira. 

Além do incentivo à quitação de dívidas bancárias, a Febraban traz para o mutirão nacional a plataforma reconhecida Meu Bolso em Dia, que contribui para a saúde financeira do País, oferecendo cursos gratuitos e trilhas personalizadas para renegociar dívidas ou gerar renda extra com o objetivo de reequilibrar o orçamento.

“A página do mutirão oferece conteúdo gratuito sobre educação financeira, para ajudar o consumidor a organizar e melhorar suas finanças. Cidadãos com maior consciência, informação e engajamento sobre suas vidas financeiras produzem efeitos positivos para toda a sociedade”, afirma Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban.

Até julho deste ano, 56.904 novos nomes foram negativados em Mato Grosso do Sul, o que totaliza 1,096 milhão de inadimplentes em 2024

Referências nacionais na prevenção ao endividamento e no controle orçamentário, a Federação e a Serasa identificaram no alto volume de inadimplentes a necessidade urgente de ampliar o debate, oferecer soluções e dar mais visibilidade a informações seguras sobre educação financeira.

“Estamos unindo forças e expertise para mostrar que é possível manter uma jornada financeira saudável”, explica Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome, a maior do País. 

“Milhares de brasileiros têm enorme dificuldade para organizar a vida financeira, principalmente em relação a cartão de crédito ou cheque especial”, afirma. O Mapa da Inadimplência da Serasa mostra que o segmento de bancos/cartões representa 28% das dívidas dos inadimplentes brasileiros.

NOME SUJO

Com um total de 2.138.342 adultos economicamente ativos em Mato Grosso do Sul, mais da metade enfrenta algum tipo de restrição. Conforme o último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas, MS registrou um aumento no número de negativados, totalizando 1.098.442 inadimplentes em agosto. 

No período, houve também um aumento do número de dívidas, resultando em um acumulado de 4.298.753 débitos.

O valor médio da dívida por inadimplente sul-mato-grossense é de R$ 5.835,00. As dívidas se dividem principalmente entre bancos/cartões (30,24%), instituições financeiras (16,93%) e serviços (15,33%). 

Já em relação ao público endividado, 47,7% são mulheres e 52,3% são homens, especialmente nas faixas etárias entre 26 anos e 40 anos (35,1%), entre 41 anos e 60 anos (35%) e acima de 60 anos (18%). Os endividados até 25 anos representam 12%.

O mestre em Economia Eugênio Pavão explica que a incapacidade de quitar dívidas, levando em consideração as atuais condições econômicas, se dá principalmente em decorrência da má gestão das finanças.

“Como a renda é muito baixa para empregados do setor privado e de prefeituras, a pessoa aposta que vai ganhar mais ou não faz a sintonia financeira esperada [finanças pessoais planejadas], aumentando novamente o endividamento que resulta na inadimplência”, explica.

NEGOCIAÇÃO

O feirão da Serasa oferece mais de 550 milhões de oportunidades de negociação, com descontos especiais e parcelamento ajustado às possibilidades de cada orçamento. São mais de mil empresas participantes na ação, que começou no dia 28 de outubro.

Os consumidores podem negociar dívidas com empresas de varejo, bancos, telecomunicações, água, energia, entre outras, com descontos de até 99%, diretamente pelo site ou o aplicativo da Serasa.

Para aproveitar as ofertas, consumidores de todo o País podem acessar os canais oficiais da Serasa e negociar com descontos de forma on-line pelo site www.serasalimpanome.com.br ou pelo aplicativo Serasa, disponível no Google Play e na Apple Store.

A 32ª edição do Feirão Serasa Limpa Nome traz uma novidade para consumidores com múltiplas dívidas: agora, é possível consolidar débitos em uma única forma de pagamento. Isso permite que o consumidor escolha uma data de vencimento unificada, quitando todas as dívidas em um único boleto ou em uma só chave Pix.

“A nova funcionalidade dá controle ao consumidor, ajuda a organizar suas finanças e combate a inadimplência desde a origem. Com contas dispersas, é difícil acompanhar todas as datas de pagamento e manter todos os valores em mente o tempo todo”, ressalta Aline.

“Ao consolidar as dívidas em um só documento, reduzimos o risco de o consumidor se perder, pagar juros e multas por atraso e ainda ter seu nome negativado”, finaliza a gerente da plataforma Serasa Limpa Nome.
 

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PROPOSTA

Aumento de custos para empresas pode inviabilizar fim da escala 6x1

Por outro lado, especialistas apontam que a redução da carga horária pode melhorar a produtividade

14/11/2024 08h30

Extinção da jornada de trabalho 6x1 tem levantado polêmica e dividido opiniões por todo o País

Extinção da jornada de trabalho 6x1 tem levantado polêmica e dividido opiniões por todo o País Foto: Gerson Oliveira

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Apresentada em maio deste ano, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) da deputada Erika Hilton (Psol-SP) quer extinguir a escala de trabalho de 44 horas semanais. Analistas econômicos apontam que a mudança implica aspectos negativos e positivos, e o aumento dos custos para empresas pode ser um dos fatores a inviabilizar o fim da escala 6x1 no País.

Na proposição protocolada no Congresso em 1º de maio, a parlamentar defende que o País adote a jornada de trabalho de quatro dias e prevê mudanças no total de horas trabalhadas. Ao propor a mudança, a parlamentar encabeçou a bandeira do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que ganhou força nas redes no ano passado e vem levantando discussões. 

Extinção da jornada de trabalho 6x1 tem levantado polêmica e dividido opiniões por todo o País

Dessa forma, a possibilidade de alteração no regime deve atingir de maneira mais direta algumas categorias específicas da economia. O mestre em Economia Lucas Mikael afirma que embora a mudança seja positiva do ponto de vista do bem-estar dos trabalhadores, ela pode gerar efeitos negativos sobre o emprego formal, principalmente em setores mais vulneráveis a custos elevados, como comércio, serviços e setores industriais.

Para ele, a extinção da jornada 6x1 pode ser implementada de forma eficaz, porém, é essencial que haja um planejamento gradual. A transição precisa ser feita de maneira a mitigar os impactos negativos nos setores mais afetados.

“Políticas públicas de apoio, como subsídios ou créditos facilitados para pequenas empresas, poderiam ser fundamentais para evitar que a medida resulte em aumento do desemprego ou no fechamento de pequenos negócios. O sucesso dessa mudança dependerá de um equilíbrio cuidadoso entre os benefícios sociais para os trabalhadores e os desafios econômicos enfrentados pelas empresas”, avalia Mikael.

O doutor em Administração Leandro Tortosa complementa que, à primeira vista, a ideia é atraente, especialmente em uma sociedade que frequentemente sobrecarrega seus trabalhadores com jornadas exaustivas. Contudo, o que parece simples carrega implicações econômicas profundas.

“De um lado, temos a CNC [Confederação Nacional do Comércio] alertando para os possíveis impactos dessa mudança nos custos operacionais. Sem redução proporcional de salários, a carga adicional de custos poderia sufocar empresas menores e de setores mais dependentes da flexibilidade de horário, como o comércio e serviços. Esse aumento de custos, inevitavelmente, tende a se refletir nos preços ao consumidor, elevando o risco inflacionário, um fator que, como bem sabemos, corrói o poder de compra das famílias brasileiras”, corrobora Tortosa.

Mikael ainda diz que os custos de adaptação para as empresas podem ser elevados, especialmente em setores que dependem fortemente de mão de obra intensiva.

“A necessidade de contratar mais trabalhadores para cobrir a jornada reduzida poderia elevar ainda mais esses custos, especialmente em empresas de pequeno porte, que já operam com margens de lucro apertadas. Para muitos desses negócios, os custos adicionais poderiam se tornar insustentáveis, resultando em demissões, redução de horas de trabalho ou até mesmo no fechamento de empresas”, analisa Mikael.

EQUILÍBRIO

Tortosa salienta que o Brasil deve sim avançar nas pautas de qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores, mas com realismo econômico, “buscando o equilíbrio entre os interesses de todas as partes, trabalhadores, empregadores e sociedade”.

O economista Lucas Mikael avalia que, do ponto de vista econômico, a proposta levanta questões complexas.

“A redução da carga horária pode trazer benefícios sociais importantes, como a melhora na qualidade de vida e no bem-estar dos trabalhadores, o que, teoricamente, poderia resultar em maior produtividade no longo prazo”, pontua.

Já o mestre em Economia Eugênio Pavão destaca que ao longo das últimas décadas, o País implementou diversos direitos trabalhistas que de início eram tidos como aberrações.

“Na Constituição, vários direitos trabalhistas foram concedidos, como a licença maternidade, o fundo de garantia, as férias, o que alguns setores chamaram de aberração”, cita.

Pavão destaca que o ambiente de transformações da sociedade mundial afeta muitas atividades econômicas, com o trabalho passando por transformações desde a Revolução Industrial.

“Exemplos de escala reduzida de jornada de trabalho estão em órgãos públicos, como o Judiciário de MS, no qual servidores públicos têm 30 horas semanais, em sua grande maioria”, exemplifica o economista, frisando que a mudança pode ser positiva.

Hoje, a carga horária estabelecida pelo artigo 7º da Constituição assegura ao trabalhador um expediente não superior a oito horas diárias e a 44 horas semanais. O texto inicial da PEC sugere que o limite caia para 36 horas semanais, sem alteração na carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial. Isso permitiria que o País adotasse o modelo de quatro dias de trabalho. Discute-se também a possibilidade de adoção do regime 5x2.

REGRAS 

Ao Correio do Estado, a especialista em Direito do Trabalho e presidente da Comissão da Advocacia Trabalhista da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), Camila Marques, reitera que a jornada de trabalho atual deve respeitar oito horas diárias e 44 horas semanais, podendo ser pactuado acordo de compensação de jornada. O mais comum é que a jornada de trabalho seja estendida um pouco durante a semana para não ter trabalho no sábado.

“A escala 6x1 é utilizada em empresas ou segmentos que trabalham com horários estendidos ou que funcionam aos fins de semana, principalmente do comércio, de restaurantes, turismo, etc. Nessa escala, os dias de folga são previamente definidos pelo empregador e podem ocorrer em qualquer dia da semana, porém, os dias trabalhados devem respeitar as oito horas diárias e 44 horas semanais”. 

Do ponto de vista do trabalhador, a jornalista Lyra Libero revela que, mesmo sendo empresária atualmente, apoia o fim da escala 6x1. “Trabalhei durante anos na escala 6x1 e tudo que consegui foram dois burnouts e transtorno de ansiedade”, relata.

Extinção da jornada de trabalho 6x1 tem levantado polêmica e dividido opiniões por todo o PaísEscreva a legenda aqui

A jovem ainda salienta que já existem pesquisas na Alemanha testando jornada de quatro dias e elas têm demonstrado aumento de lucratividade e produtividade. “E é bem possível que isso vire um modelo fixo por lá”, comenta.

Para o texto ser discutido na Câmara e no Senado, a proposta precisa do apoio de, ao menos, 171 assinaturas de parlamentares, já que se trata de uma mudança na Constituição. Até ontem, o apoio ao texto subiu e já passava de 206 assinaturas, número que permite que a PEC passe a tramitar nas Casas.
 

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