Economia

IMPACTO

Seca pode elevar preços de carne e açúcar em MS

Aumento no custo da produção deve inflacionar valores

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Reflexo das altas temperaturas e da falta de chuva, acompanhadas de inúmeros focos de incêndio, o preço dos alimentos pode ser alvo de aumentos nos próximos meses em Mato Grosso Sul.

Com o impacto direto do clima no agronegócio, especialistas e empresários do setor apontam que a carne bovina e o açúcar estão entre os principais itens que aumentarão nos próximos meses.

Outro alimento que está inflacionado é o feijão. O aumento, segundo estimativas, chegará a 40% até o fim do ano. A carne bovina já apresenta alta de 1,72% no acumulado do ano, como mostra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que se repete com o açúcar cristal, que apresentou aumento de 4,45% até o mês de agosto deste ano. 

Diante do cenário climático, a oferta de alimentos está diminuindo, o que já vem impactando os preços, na concorrência e na atividade produtiva.

“O reflexo imediato é o aumento de custos para o produtor rural, o aumento de perdas nas lavouras e na pecuária, e com isso teremos uma elevação nos preços finais, impactando o bolso dos consumidores”, analisa o doutor em Economia Michel Constantino.

O mestre em Economia Lucas Mikael pontua que a seca e as queimadas devem gerar preocupações crescentes sobre possíveis impactos nos preços dos alimentos.

“O Estado, que ocupa uma posição de destaque na produção de grãos, cana-de-açúcar e gado de corte no Brasil, traz desafios significativos que influenciam a dinâmica dos mercados”.

Para o setor de cana-de-açúcar, a seca também representa uma ameaça. A produtividade da cana pode ser comprometida, o que potencialmente afeta a quantidade de açúcar e de etanol produzidos.

“A influência exata dessa redução na oferta sobre os preços dos derivados ainda precisa ser observada, mas o setor pode enfrentar desafios significativos em função disso”, avalia Mikael.

Constantino destaca que os governos, junto ao setor produtivo, devem criar novas estratégias de produção, usando tecnologias de irrigação, linhas de crédito e seguro agrícola para áreas de variação climática extrema, além de incentivos para produção em novas áreas.

CANA-DE-AÇÚCAR

Matéria-prima do açúcar cristal e de vários outros alimentos, a cana-de-açúcar enfrenta desafios na produção e, após dois anos de estiagem e condições severas de mercado, já são estimados alguns impactos na produção por conta dos incêndios florestais e dos veranicos, com relatos da necessidade de replantio em diversos biomas, com foco na próxima safra.

“Aqui na Região Centro-Oeste temos a segunda maior região produtora de cana-de-açúcar do País. No total, são produzidas aqui 149,17 milhões de toneladas da commodity. A Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] estimou em seu relatório de agosto um crescimento de 2,8% na área de cana-de-açúcar da região, que se explica em função de novos arrendamentos em regiões produtoras, apesar dos problemas de clima”, relata o economista do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Staney Barbosa Melo.

Segundo Melo, em Mato Grosso do Sul, mais da metade dos canaviais já foram colhidos, entretanto, muitos estão tendo seu ciclo adiantado por conta da seca. Segundo a Conab, algumas regiões experimentaram mais de 100 dias de estiagem, principalmente no centro-norte do Estado. 

“Assim, podemos dizer que o setor como um todo passa por problemas de clima, mas o maior impacto está vindo da Região Sudeste do País e já começou a mexer com os preços de alguns derivados, como o açúcar”, analisa o economista do SRCG. 

Melo conclui destacando que, nos primeiros nove dias de setembro, o Indicador do Açúcar Cristal Cepea/Esalq acumula alta de 4,08%, contra uma queda acumulada de -3,26% no fim de outubro.

PECUÁRIA

As altas temperaturas impactam também a atividade pecuária, que, em função da menor disponibilidade de pastagens para o gado, acaba por aumentar os custos de produção com alimentação e manejo, exigindo suplementação dos animais e investimentos em sistemas de engorda mais eficientes, como confinamento ou semiconfinamento.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, destaca que o momento de entressafra, com a queda dos níveis de qualidade e da quantidade das pastagens, também causa a redução na oferta de animais terminados, o que pode acarretar em aumento. 

“Isso já está provocando aumento na cotação do gado gordo, com o preço da arroba subindo da casa dos R$ 240 para R$ 250 nos últimos 20 dias em MS. Certamente, a indústria repassará esse aumento para o atacadista, chegando até o consumidor na sequência”, aponta.

Bumlai complementa pontuando que esse é o panorama previsto conforme a tendência do mercado.

“Devemos considerar que o gado terminado em confinamento ainda não chegou aos frigoríficos, o que deve influenciar no aumento futuro de preços na cadeia produtiva da carne”, avalia o presidente da Acrissul.

Lucas Mikael ressalta que o impacto exato nos preços da carne ainda está sendo avaliado, mas indica que a eminente possibilidade de aumento nos custos de produção pode ter reflexos sobre os preços finais ao consumidor nos próximos meses.

“As queimadas, que frequentemente ocorrem em condições de seca, têm o potencial de destruir pastagens, prejudicando ainda mais a capacidade produtiva do setor. Esse fenômeno pode agravar a situação, mas os efeitos finais ainda estão sendo monitorados”.
 

Loterias

Resultado da Quina de hoje, concurso 6558, terça-feira (15/10)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

15/10/2024 19h02

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6558 da Quina na noite desta terça-feira, 15 de outubro, de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 1 milhão;

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6558 são:

  • 79 - 41 - 06 - 55 - 56

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6559

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no  quarta-feira, 16 de outubro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6559. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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Economia

Com pressão do petróleo, dólar atinge R$ 5,66 e Bolsa fecha em estabilidade

Já a Bolsa fechou em estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 131.043 pontos

15/10/2024 19h00

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20)

O dólar fechou em alta de 1,33%, a R$ 5,4854, nesta terça-feira (20) Arquivo/ Agência Brasil

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O dólar disparou 1,41% nesta terça-feira (15), cotado a R$ 5,660, sob efeito da queda de commodities no exterior, em especial do petróleo.

A moeda teve uma sessão de forte valorização em relação a divisas de mercados emergentes. Além do real, os pesos chileno e colombiano também estiveram entre as maiores baixas das negociações de câmbio globais.

Já a Bolsa fechou em estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 131.043 pontos. Apesar do tombo das ações da Vale e da Petrobras, empresas ligadas à economia doméstica impediram maiores perdas, amparadas pela perspectiva de corte de gastos do governo federal.

O pregão foi embalado pelos planos de estímulo econômico da China e pelas tensões no Oriente Médio -duas fontes de volatilidade nas últimas semanas que pressionaram o mercado de commodities.

A começar pela ponta asiática, reportagem da publicação chinesa Caixin Global apontou que a China pode levantar mais 6 trilhões de iuanes (US$ 850 bilhões) com títulos especiais do Tesouro ao longo de três anos para estimular o crescimento econômico.

A matéria, feita com fontes internas, segue a esteira da entrevista coletiva de Lan Fo'an, o ministro das Finanças chinês, no sábado. Sem detalhar números, ele disse que Pequim "aumentará significativamente" a dívida pública para injetar estímulos na economia, sobretudo para o mercado imobiliário, setor bancário e governos locais.

O número divulgado pela Caixin não foi o suficiente para reanimar investidores, já decepcionados pela ausência de detalhes sobre o tamanho e o cronograma das medidas fiscais.

A intensidade do pacote de estímulos tem sido objeto de especulação nos mercados financeiros desde que foi anunciado, há cerca de três semanas. De lá para cá, as ações chinesas atingiram o maior nível em dois anos, até recuarem novamente na ausência de informações oficiais.

O sentimento de decepção tem se espalhado no mercado de commodities, afetando países exportadores. O minério de ferro, negociado na Bolsa de Dalian, enfrentou uma sessão de baixa nesta terça, com a perspectiva de uma demanda menor por parte da China -maior importador de matérias-primas do mundo.
Isso, na Bolsa brasileira, afetou as ações da Vale, em queda de 1,29%, apesar da recomendação de compra do banco JPMorgan.

Já em relação ao Oriente Médio, uma reportagem do The Washington Post informou que o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, teria dito aos Estados Unidos que está disposto a atacar alvos militares iranianos, e não alvos nucleares ou petrolíferos.

A notícia acalmou preocupações em relação a um possível distúrbio no fornecimento de petróleo da região. Com temores de oferta arrefecidos, os preços do barril do Brent, referência do exterior, entraram em movimento de correção e despencaram mais de 4%, afetando países exportadores da commodity, como o Brasil.

"Estamos vendo um desmantelamento do prêmio de guerra que construímos na semana passada", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group. "O que estamos vendo não é realmente sobre oferta, é sobre o risco para oferta e demanda."

Aqui, as ações da Petrobras perderam 1,03%. No câmbio, o real foi penalizado pela desvalorização das principais commodities do país -o petróleo e o minério de ferro.

"O dólar subiu refletindo a piora dos termos de trocas de países exportadores, com alta frente a maioria das moedas emergentes", diz Andre Fernandes, chefe de renda variável e sócio da A7 Capital.

Na cena doméstica, os investidores ainda avaliaram a notícia de que o governo federal prepara medidas de contenção de gastos após o segundo turno das eleições municipais.

O mercado aguarda cortes de despesas diante de um contexto desafiador para a percepção fiscal, segundo analistas.

A notícia foi dada primeiro pela agência Reuters, com duas fontes internas do Ministério da 
Fazenda com conhecimento no assunto.

Uma das pessoas ouvidas pela reportagem disse que o governo prepara um primeiro pacote visando gastos específicos e pontuais, seguido por outro com propostas estruturais e "mais duras".

Uma segunda fonte da pasta afirmou que a contenção de gastos obrigatórios virá para dar sustentação "por dentro" ao arcabouço fiscal, abrindo margem para as despesas discricionárias, que incluem investimentos.
As medidas serão apresentadas depois do segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro.

Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, muita coisa pode ocorrer até essa data. "Se as medidas do governo federal serão ou não de fato materializadas, só os próximos dias dirão".
 

*Informação da Folhapress 

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