Economia

12 DE JUNHO

Solteiros são maioria e gastos de Dia dos Namorados será menor em MS

Presentes e comemorações devem injetar R$ 360 milhões no comércio de Mato Grosso do Sul, movimentação 7% menor do que no mesmo período do ano passado

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O Dia dos Namorados deve movimentar R$ 360,22 milhões no comércio de Mato Grosso do Sul, movimentação 7% menor em relação ao ano passado, considerando o valor real. O montante leva em conta gastos com presentes e comemorações.

É o que aponta pesquisa de intenção de consumo e comemorações para o Dia dos Namorados, divulgada hoje (13) pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS) e o Sebrae-MS.

A economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, afirma que a redução dos percentuais de pessoas que não irão presentear ou comemorar a data, é em razão da maioria dos entrevistados, de 52,67%, não estar namorando.

“O valor médio a ser gasto com comemorações também está um pouco menor, já o valor médio a ser gasto com presentes teve um leve aumento”, explica a economista.

Presentes

Apenas com relação aos presentes, a movimentação financeira deve ser de R$ 189,60.

Entre os que pretendem presentar, o gasto médio será de R$ 247,06. As opções mais apontadas foram:

  • roupas (25%)
  • perfumes (24%)
  • calçados (15%)
  • flores (13%)

As lojas do centro são a preferência dos entrevistados (65,16%) e a escolha do namorado/a vai ser essencial para a compra (25,79%).

“O Dia dos Namorados cria memórias, então, no geral, as pessoas procuram por presentes especiais para o seu par, o que faz com que a data seja propícia para movimentação no comércio local", diz o analista-técnico do Sebrae/MS, Paulo Maciel.

"Assim, os pequenos negócios, como lojas de presentes, chocolaterias artesanais, floriculturas, restaurantes e entre outros ramos devem se preparar para receber esses casais em busca ‘daquele algo a mais’ para agradar os parceiros. Logo, os empresários devem considerar a criatividade como um fator relevante para encantar os seus clientes e criar essas experiências”, acrescenta.

Comemorações

O aporte na economia com as comemorações representará R$ 170,61 milhões para o período, com gasto médio de R$ 215,49.

Nestes casos, as principais formas de celebração com o parceiros será:

  • nos restaurantes (55%)
  • comemoração em casa (18%)
  • levar o namorado (a) para um passeio (9%)
  • viagem (5%)
  • refeição por delivery (4%)
  • ir ao cinema com o namorado (4%)

Empreendedorismo

Governo lança cartão de crédito e débito para MEIs

Iniciativa atinge mais de 14 milhões de microempreendedores

19/09/2024 10h30

Novo cartão MEI reúne crédito, capacitação e incentivos para formalização de novos negócios

Novo cartão MEI reúne crédito, capacitação e incentivos para formalização de novos negócios Foto: Gerson Oliveira

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O governo federal lançou, na última segunda-feira (16), o Cartão MEI, uma novidade que promete oferecer uma série de benefícios para os Microempreendedores Individuais (MEIs). 

O Cartão MEI foi inicialmente disponibilizado pelo Banco do Brasil, mas o governo pretende ampliar a oferta do serviço com a adesão de outras instituições financeiras em breve. O objetivo é garantir que os mais de 14 milhões de microempreendedores do país tenham acesso a essa solução, que reúne crédito, capacitação e incentivos para formalização de novos negócios.

Com a iniciativa, o governo federal busca promover o crescimento sustentável dos pequenos empreendimentos, uma ação que se alinha às políticas de recuperação econômica, especialmente no cenário pós-pandemia.

Vantagens do Cartão MEI

Sem cobrança de anuidade, o novo cartão combina funcionalidades de crédito e débito. Além disso, o cartão conta com um design exclusivo e um QR Code que facilita o acesso ao Portal do Empreendedor, onde é possível obter informações e realizar serviços essenciais.

Entre os principais benefícios do Cartão MEI, estão:

  • Isenção de anuidade;
  • Parcelamento de compras à vista;
  • Opção de parcelar faturas;
  • Centralização do pagamento de contas e boletos.

Como se tornar MEI

Para quem deseja formalizar seu negócio como MEI, é necessário atender a alguns requisitos básicos:

  • Não possuir sócios na empresa;
  • Não ser proprietário de outra empresa;
  • Não participar como sócio ou administrador em outro empreendimento.

O processo de abertura do MEI é simples e pode ser realizado de forma online, através do Portal do Empreendedor. Confira o passo a passo para formalizar o seu negócio:

  1. Acesse o Portal de Serviços do Governo Federal (Plataforma gov.br);
  2. Se ainda não possuir, crie uma senha para acessar o sistema;
  3. Verifique se a atividade exercida é permitida para MEIs;
  4. Se a atividade for elegível, clique em "Quero ser MEI" e, em seguida, "Formaliza-se";
  5. Preencha o cadastro online.

Documentos necessários para abrir um MEI

Para abrir um MEI, é necessário ter em mãos os seguintes documentos:

  • CPF;
  • Título de eleitor;
  • CEP residencial e do local onde a atividade será exercida;
  • Número das duas últimas declarações do Imposto de Renda;
  • Número de celular ativo.

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AGROPECUÁRIA

Produtores rurais de MS contabilizam prejuízos de R$ 1,2 bilhão com queimadas

De acordo com pesquisadora da Embrapa, os próximos ciclos produtivos também podem ficar comprometidos

19/09/2024 08h30

Foto: Bruno Rezende/ SEGOV

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O avanço das queimadas em território sul-mato-grossense já registra como consequência um impacto bilionário ao setor produtivo. Estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) indica que os incêndios em áreas destinadas à agropecuária já gerou prejuízo de R$1,2 bilhão entre janeiro e o início deste mês.

De acordo com a federação, a conjectura tem como base o mapeamento de focos de calor, revelando os valores médios de receita bruta de produção por hectare. 

“A estimativa de impacto econômico dos incêndios nas áreas destinadas à agropecuária do Estado está em torno de R$ 1,2 bilhão, considerando a estimativa em relação ao mapeamento de focos de calor entre junho e início de setembro, sem considerar ainda os prejuízos em infraestrutura”, destaca o Departamento Técnico do Sistema Famasul.

Afetado fortemente pelas inconstâncias climáticas registradas nos últimos anos, que contribuíram principalmente para uma seca severa que resultou em um aumento dos focos de incêndio, o Estado vem enfrentando desafios para manter suas principais atividades, como a pecuária de corte, o processamento de cana-de-açúcar para produção de açúcar e etanol e o processamento de eucalipto para produção de celulose.

FOCOS

De janeiro até agora foram quase 185 mil focos de queimadas registradas em todo o País, sendo 11 mil deles distribuídos em diversas regiões de MS, em especial na região do Pantanal.

Dimensionar perdas causadas pela crise ainda em andamento é um desafio, segundo analistas, uma vez que seus efeitos ainda não são totalmente conhecidos. De acordo com o economista-chefe da consultoria MB Associados, em entrevista à Folha de São Paulo, ressalta que o mundo precisa de ações mais concretas para evitar cenários catastróficos nos próximos anos. 

“A questão climática estar afetando a agricultura é a maior preocupação [econômica]. Vai demandar projetos de irrigação e seguro. E seguro rural é uma coisa relativamente mal desenvolvida no Brasil”, afirma. 

O economista do Sindicato o Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Staney Melo Barbosa, acrescenta que MS vem enfrentando muitos problemas no interior, com destaque para a região pantaneira.

“Tivemos relatos de incêndios ao lado de estradas importantes, gerando perigo real para os automóveis que transitam nessas regiões. Em decorrência dos incêndios, o Estado está sendo ameaçado pela contaminação do ar e da água da chuva, tudo isso deve mexer com a economia. É um desastre, os prejuízos econômicos são incalculáveis e estão impactando tanto a fauna e a flora quanto a produção agrícola e industrial no Estado”, comenta.

No cálculo anual, entre os dez estados brasileiros com maior número de focos de queimadas registrado pelo Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso lidera o ranking, com 28.796 focos. Em seguida aparece o Pará (22.076), o Amazonas (16.305), Mato Grosso do Sul (10.286), o Tocantins (9.162), o Maranhão (8.300), Rondônia (7.161), Minas Gerais (6.191), São Paulo (5.700) e Roraima (4.672).

IMPACTO

Os danos já causados ao solo tornam mais graves os efeitos das queimadas sobre a produção futura da agropecuária no Estado. Segundo a pesquisadora Michely Tomazi, da Embrapa Agropecuária Oeste, o acúmulo de palhada na superfície do solo é muito importante, não só durante o ciclo, mas durante um longo prazo que o solo acumula material que mantém atividade biológica.

“Quando ocorrem queimadas, isso tudo é perdido na parte mais superficial do solo, afetando diretamente a biota do solo, que é muito importante na ciclagem de nutrientes e outros processos”, detalha e completa.

“As queimadas afetam diretamente a qualidade do solo e impactam o ciclo produtivo futuro. A recuperação disso vai depender de como é feito esse próximo manejo, depois da queimada”, destaca a pesquisadora.

Para a pecuária, a Michely diz que as áreas de pastagem terão uma rebrota, porém, com uma grande perda do material que estava protegendo a camada superficial do solo. 

“Para quem vai realizar plantio logo após a queima, é importante colocar alguma cultura de ciclo rápido, para fazer uma palhada e proteger o solo, reduzindo a perda de água por evaporação, aquecimento excessivo do solo, evitar erosão e maiores perdas”, alerta Michely.

62,8%

Nos primeiros três dias deste mês, o País contabilizou 12.252 focos de queimada, aumento de 62,8% em relação ao mesmo período de agosto.

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