As oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes começa neste sábado (28) e, com ela, a ansiedade dos torcedores de cada um dos representantes brasileiros no torneio, que se “agarram” na competitividade e força apresentadas durante a fase de grupos para manter a esperança de um título considerado por muitos impossível.
PALMEIRAS E BOTAFOGO
Para abrir os trabalhos neste mata-mata, Palmeiras e Botafogo se enfrentam às 12h (de MS), já neste sábado. Mesmo sendo um duelo nacional, ambas as equipes travam um dos maiores embates do futebol sul-americano há dois anos.
Em 2023, o time paulista tirou o título da equipe carioca no Campeonato Brasileiro. Um ano depois, nas oitavas da Copa Libertadores da América, foi a vez do clube carioca dar o troco e eliminar o alviverde em pleno Allianz Parque, com direito a gol palmeirense anulado no último lance.
O palmeirense João Pedro Zequini, de 20 anos, faz uma análise sincera sobre a fase de grupos palmeirense, que terminou com cinco pontos e uma atuação questionável contra a Inter Miami (EUA) na última rodada.
“Eu confesso que contra o Porto dava pra ter arrancado uma vitória, o time jogou melhor, teve oportunidades mais claras que a equipe portuguesa, mas não foi efetivo. No geral, foi uma fase de grupos positiva, principalmente pela classificação em primeiro lugar”.
Ainda, admite estar muito apreensivo para o jogo, justamente por ser um confronto brasileiro e de duas equipes que se conhecem bem, mas confessa que “dos males o melhor”, já que se passasse na segunda colocação enfrentaria o Paris Saint-Germain, atual campeão europeu.
“Por ser um confronto brasileiro, eu acredito que possa ser um dos mais equilibrados das oitavas, porque são dois times que se conhecem, que já se enfrentaram na temporada e, querendo ou não, é uma grande rivalidade que vem se aflorando no futebol nacional. Para vencermos, tem que ter atenção, não pode faltar concentração no elenco”, disse.
O botafoguense Valber Oliveira, de 22 anos, concorda quanto ao equilíbrio do duelo, e diz que a classificação será decidida no detalhe. Porém, reforça que a ‘casca’ criada contra equipes europeias na fase anterior beneficia o clube carioca, que para ele é um pouco favorito para amanhã.
“A atuação do Botafogo na fase de grupos pra mim trouxe a credibilidade que a torcida queria nesse treinador novo e em alguns jogadores que não vinham jogando bem. Contra o PSG foi histórico e contra o Atlético de Madrid jogamos com o regulamento embaixo do braço. No campo, é 11 contra 11 e a grama é verde, nada mais que isso”, afirma.
Valber ainda arriscou um palpite: 2 a 0 com gols de Igor Jesus e Savarino. Mas, em referência à frase dita por Renato Paiva, treinador da equipe carioca, após a vitória apoteótica em cima do PSG, ele reforçou que “o cemitério do futebol está cheio de favoritos”.
FLAMENGO
No domingo (30), às 16h (de MS), o Flamengo encara o ‘parada’ mais dura de um brasileiro nesta oitavas de final de Mundial: o poderoso alemão Bayern de Munique. Na fase anterior, o rubro-negro não perdeu nenhuma e ainda venceu o Chelsea, da Inglaterra, por 3 a 1, com uma atuação dominante do time de Filipe Luís.
Fabiano da Silva Ribeiro, de 25 anos, ficou convencido com os resultados conquistados nas três rodadas, o que o trouxe uma certa tranquilidade para enfrentar os bávaros vermelhos e brancos, e afirma que o clube carioca precisa manter seu estilo de jogo e estar atento às oportunidades criadas.
“O Flamengo tem que vir com tudo nas movimentações, principalmente contra um time que é bem posicionado e sólido, então qualquer brecha encontrada pode quebrar facilmente a defesa deles”, explica.
Ansioso, Fabiano disse que está se preparando para este jogo desde quando o duelo foi confirmado. Sobre superstição, ele já separou o manto rubro-negro e o lado esquerdo do sofá para assistir, e afirma que estar com sua namorada corintiana também o dá sorte desde da virada histórica diante do River Plate na final da Libertadores de 2019.
FLUMINENSE
O último brasileiro a jogar nas oitavas de final é o Fluminense, na segunda-feira (30), diante da Inter de Milão, da Itália, atual vice-campeã da Liga dos Campeões. Comandados por Renato Gaúcho, os Guerreiros de Xerém conquistaram uma vitória e dois empates na fase de grupos, um deles contra o Borussia Dortmund, da Alemanha, em atuação convincente.
Carlos Eduardo Jurgielewcz, de 21 anos, diz que o tricolor carioca superou suas expectativas até aqui, mas confessou que a equipe jogou mal contra o Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, e contra o Mamelodi Sundowns, da África do Sul, e que tem aspectos a melhorar.
Após perderem a final da Liga dos Campeões para o PSG, a Inter de Milão trocou de técnico, substituição que ainda não fez efeito nas atuações do time nesta Copa do Mundo de Clubes e que Carlos acredita que o Fluminense precisa aproveitar essa ‘fase abaixo’.
“Podemos dizer que está em reconstrução, com o novo técnico que acabou de chegar e sofreu em alguns momentos da fase de grupos. Então, acredito que será um jogo bem complicado, mas não uma missão impossível. Se jogarmos como jogamos contra o Borussia, a vitória pode vir”, disse.
SAIBA
Além da classificação para as quartas de final da competição, vitória nesta fase garante R$ 72,45 milhões de reais, premiação financeira dada pela FIFA aos que avançarem de fase. O campeão pode faturar, ao todo, mais de R$ 720 milhões.


