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VIVE GRANDE MOMENTO

Atleta de MS é convocado para representar a seleção paraguaia

Gustavo Alfaro anunciou os 27 nomes para os duelos contra Chile, no dia 20, e Colômbia, no dia 25; a seis rodadas do fim das eliminatórias, o Paraguai está indo direto para a Copa do Mundo de 2026

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Restando apenas seis rodadas para o término das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, Carlos Coronel, nascido em Porto Murtinho e naturalizado paraguaio, foi convocado mais uma vez para representar a albirroja, desta vez na Data FIFA de março.

Gustavo Alfaro, treinador da seleção paraguaia, anunciou os 27 nomes que irão representar o país vizinho nos duelos contra Chile, no dia 20, e Colômbia, no dia 25. Coronel foi um dos quatro goleiros chamados, junto com Gatito Fernández (Cerro Porteño-PAR), Juan Espínola (Belgrano-ARG) e Orlando Gill (San Lorenzo-ARG).

Ao todo, Carlos já participou de 18 jogos do Paraguai, sendo titular em nove (seis pelas Eliminatórias e três em amistosos). Durante a Copa América, foi reserva durante toda a competição. Porém, seu grande momento vestindo as cores do New York Red Bulls-EUA pode fazer com que Gustavo Alfaro mude de ideia.

No clube desde 2022, o goleiro sul-mato-grossense teve a última temporada como seu grande trunfo no clube norte-americano, sendo decisivo durante o mata-mata da Major League Soccer (MLS) e conquistando o troféu da conferência leste. Na final, contra o LA Galaxy, campeão da outra conferência, perdeu por 1x0, ficando com o 2º lugar.

Agora, na atual temporada da MLS, o NY Red Bulls jogou três partidas, mas Coronel foi titular em todas e sofreu somente um gol. Neste sábado (15), Carlos deve fazer sua quarta partida na temporada, diante do Orlando City, às 14h30 (horário de MS).

Atualmente, a seleção paraguaia está na 6ª posição das Eliminatórias, posição que garante classificação à Copa do Mundo de 2026. Caso consiga a vaga, esta será a 9ª participação da seleção em mundiais, sendo sua melhor colocação em 2010, quando foi eliminada para a Espanha nas quartas de finais. Lembrando que o Paraguai já está garantido na Copa de 2030, já que é um dos países-sede, junto com Argentina e Uruguai.

Trajetória - Carlos Coronel

Carlos nasceu no dia 29 de dezembro de 1996, em Porto Murtinho, mas com mãe paraguaia. Ele nunca jogou profissionalmente no Brasil, mas já passou por times de base nacionais, como o Red Bull Brasil sub-20, de Campinas. Também já foi aprovado em uma peneira no São Paulo, mas foi dispensado logo depois. 

"Eu tinha uns 15 anos quando fiquei um mês em Cotia no CT e fui aprovado, mas depois fui dispensado. O motivo exato (da dispensa) eu não consigo te dizer. Talvez tenha acontecido algo entre o meu representante na época e algum diretor do São Paulo", disse Carlos ao canal de esportes ESPN.

Depois disso, Carlos passou por Desportivo Brasil e Paraná até chegar ao Red Bull Brasil, em 2011. Antes mesmo de estrear no profissional, ele mudou-se para o Red Bull Salzburg e foi cedido por três temporadas ao Liefering, clube satélite que disputava a segunda divisão austríaca à época.

"Era a sede do projeto e viajava bastante para acompanharem meu desenvolvimento. Foi bem importante porque precisava de um tempo para me adaptar ao estilo de jogo, língua e cultura diferentes. É tudo muito parecido com o time principal, se você estiver pronto, sobe".

Com atuações de destaque, o brasileiro foi incorporado ao elenco principal do Salzburg, mas não teve espaço no time titular nos anos seguintes. Por isso, foi emprestado em 2019 ao Philadelphia Union e ao Bethlehem Steel, ambos dos EUA.

O goleiro voltou ao Salzburg depois que o titular se machucou em um acidente de moto. O brasileiro passou a revezar no banco de reservas até receber uma chance contra o Napoli pela Liga dos Campeões. Ele entrou no segundo tempo na vaga do lesionado Stankovic na derrota por 3 a 2 para os italianos.

"Foi uma coisa que aconteceu muito rápido. É a maior competição de clubes do mundo, todos acompanham. Foi um grande feito na minha carreira e espero jogar mais jogos pela Champions".

O brasileiro fez mais oito jogos na temporada, incluindo outros dois duelos pela Liga dos Campeões: vitória sobre o Genk por 4 a 1 e o empate por 1 a 1 com o Napoli - ao lado de Erling Haaland, atualmente no Manchester City. Após começar a temporada 2020-21 como reserva outra vez, Carlos resolveu mudar de ares e se transferir para o NY Red 

Nas duas temporadas pela equipe norte-americana, ele foi titular absoluto e conseguiu chegar aos playoffs da MLS. O goleiro, que já enfrentou Messi em partida em outubro do ano passado, também enfrentou outros grandes atacantes em amistosos contra Liverpool e Real Madrid.

"Contra o Liverpool senti um pouco mais de pressão porque tinha Mané, Salah e Firmino no auge depois de vencerem a Champions. Foi bem especial. Joguei também contra o Benzema e fiz algumas defesas. São experiências que agregam muito".

Também participou de um amistoso pelo NY Red Bulls contra o Barcelona, que terminou com derrota por 2 a 0.

"O mais complicado foi o Lewandowski porque ele se posiciona muito bem. Você tenta ler a situação e muitas vezes ele se movimentava muito. Toda bola aérea ele ganhava".

Saiba - Coronel VS Messi

Neste ano, em maio, Carlos enfrentou Messi novamente, desta vez entre clubes, e tomou uma goleada de 6x2 para o Inter Miami. Na partida, o camisa 10 argentino teve a melhor atuação desde sua chegada em solo americano, com um gol e cinco assistências, jogo que também ficou marcado pelo hat-trick (três gols) de Luis Suárez e uma assistência do atacante uruguaio.

*Colaborou Neri Kaspary

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Medalhista

Lídia Cruz é ouro com recorde paralímpico das Américas na natação

Gêmeas Beatriz e Débora Carneiro foram ouro e prata, respectivamente

14/03/2025 23h00

Foto: Reprodução / Agência Brasil

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O Brasil subiu três vezes ao pódio nesta sexta-feira (14), segundo dia da etapa de Lignano Sabbiadoro (Itália), do World Series – circuito internacional de natação paralímpica, que vai até domingo (16). Nascida em Duque de Caxias (RJ), Lídia Cruz faturou a medalha de ouro e, de quebra, bateu o recorde das Américas na prova dos 50 metros costas da classe S4 (limitações físico-motoras).

Quem também brilhou foram as gêmeas paranaenses Beatriz e Débora Carneiro ao conquistarem ouro e prata, respectivamente, nos 100m peito S14 (deficiência intelectual).

As provas no World Séries, circuito organizado pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), reúnem nadadores com diferentes tipos de deficiência na mesma série. As classificações e medalhas são definidas de acordo com o Índice Técnico da Competição (ITC).

Lídia Cruz bateu novo recorde das Américas ao vencer os 50m costas em 51s04, superando a marca anterior (51s51), estabelecida há 21 anos pela compatriota Edênica Garcia. Completaram o pódio a italiana Mônica Boggioni, da classe S5, que levou a prata com o tempo de 46s88, e a espanhola Marta Fernández Infante, da classe S3, ficou com o bronze (58s16).

Na disputa dos 100m peito S14, Beatriz Carneiro garantiu o ouro ao concluir a prova em 1min19s32, apenas 23 centésimos mais rápida que sua irmã gêmea Débora Beatriz, que levou a prata. O bronze ficou com Lam Chan Yui (1min20s07), de Hong Kong, nadadora da classe S14.

O paulista Gabriel Bandeira foi o primeiro a subir ao pódio na estreia do Brasil na quinta (14), primeiro dia do World Series. O paulista conquistou a prata nos 100 m livre S14, com o tempo de 52s21.

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ESTADUAL

Abel Ferreira: 'Paulistão vale muito, vale o mesmo que Brasileirão e Copa do Brasil'

Primeiro jogo da final acontece no próximo domingo (16), às 17h30 (horário de MS), com mando de campo palmeirense

14/03/2025 22h00

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, está em mais uma decisão de Paulistão

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, está em mais uma decisão de Paulistão Foto: X

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O Paulistão, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil têm o mesmo valor para Abel Ferreira. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, antes da final do Paulistão, ao lado do treinador corintiano Ramon Díaz, o técnico do Palmeiras usou uma frase do rival, que disse que o Corinthians dará a vida no domingo, para reforçar o pensamento de que o título estadual é muito importante, ainda mais tratando-se de um Dérbi.

"Esse título vale, e vale muito. Vale o mesmo que o Brasileirão, que uma Copa do Brasil. Dá o mesmo trabalho, exige a mesma dedicação. Mas muitos de vocês nem falam do título que ganhamos ano passado. Muitos vocês até se esquecem, dizem: 'O Palmeiras não ganhou nenhum título'. Vale, vale e muito. Viram o que o treinador adversário falou? 'Vamos dar a vida para ganhar'", afirmou o treinador.

O Palmeiras adiciona ainda mais valor à edição deste ano porque, além de a final ser decidida em um clássico, coloca em jogo a conquista da quarta taça seguida. Apenas um time conquistou o tetracampeonato consecutivo: o Paulistano, entre 1916 e 1919.

A disputa pelo feito histórico começa neste domingo, às 18h30, no Allianz Parque, que foi colocado no centro da mais recente polêmica do futebol brasileiro, após Neymar e mais jogadores reclamarem dos gramados sintéticos. Abel foi questionado sobre o assunto durante a coletiva desta sexta e se irritou.

"São dois grandes estádios, duas grandes torcidas e dois grandes gramados, seja natural ou híbrido, que é o caso do deles (Neo Química Arena). É isso que tenho a dizer de gramados sintéticos ou naturais. Chega, basta", disse.

Já a grande decisão vai ter de esperar a Data Fifa da próxima semana para acontecer. Depois do jogo deste final de semana, Corinthians e Palmeiras se reencontram no dia 27, quinta-feira, em Itaquera, para resolver qual dos dois rivais será o campeão paulista de 2025.

"Chegaram as duas melhores equipes, mais consistentes, e por mérito vão decidir em casa. Que seja um grande espetáculo, que haja respeito. E que no final vença o Palmeiras", afirmou Abel.

Com um Dérbi na final, o treinador teve de falar bastante sobre rivalidade, mas não quis se envolver em polêmicas ou dar margem para que suas falas fossem entediadas como provocações.

"Não queria falar muito sobre o São Paulo. Aconteceram coisas desagradáveis comigo, mas ficou tudo sanado. A rivalidade, na minha opinião, é igual", respondeu, quando questionado se concordava que hoje o Palmeiras tem uma rivalidade mais intensa com os são-paulinos do que com o Corinthians.

"Essa pergunta que você fez para mim é espetacular, mas provocatória. Nós temos que dar o exemplo."

Abel entende que suas palavras, se mal colocadas, podem causar reações mais enérgicas entre torcedores, por isso o cuidado. Ao comentar sobre a violência que pode nascer de rivalidades com a do Dérbi, fez ainda um apelo contra o racismo, pauta sobre a qual o Palmeiras tem se debruçado com entrega depois do episódio sofrido pelo jovem Luighi, que chorou e cobrou a Conmebol após ser chamado de "macaco" na Libertadores Sub-20.

"Dérbi é Dérbi em qualquer parte do mundo. São dois clubes gigantes, com torcida imensa. Quando surge esse tipo de jogos, vocês empolgam e emocionam os torcedores. Reforço, que às vezes passa do ponto, que torcida e jogadores se respeitem. Um dos primeiros filmes que vi foi O Casamento de Romeu e Julieta (2005). O que prevalece nele é o amor e respeito", comentou.

"Estou no Brasil há cinco, mas há algo que precisa ser erradicado: racismo e violência. Passa pelos torcedores, dirigentes, jogadores e por vocês (jornalistas). Mas Dérbi sempre será Dérbi", concluiu.

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