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Cientistas questionam se os recordes esportivos já atingiram o limite humano

Cientistas questionam se os recordes esportivos já atingiram o limite humano

terra

19/07/2012 - 13h30
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"Mais rápido, mais alto, mais forte" é o lema dos Jogos Olímpicos, mas os recordes esportivos podem se chocar em breve com a dura realidade dos limites da fisiologia humana, a não ser que se recorra a artifícios tecnológicos ou ao doping, consideram os cientistas.

"Em todos os esportes pode-se ver que os recordes estão chegando ao seu teto", declara Steve Haake, diretor do Centro para a Pesquisa na Engenharia Esportiva da Universidade Britânica de Sheffield Hallam.

O recorde atual de salto em distância masculino se mantém desde 1991, o de salto com vara desde 1994 e os de natação frearam desde a proibição dos maiôs de poliuretano em 2010 e o retorno aos trajes de banho tradicionais.

É verdade que existem atletas que continuam batendo recordes em diferentes modalidades, mas as margens de progressão diminuíram, ressalta Haake.

Em seu laboratório parisiense do Instituto Nacional do Esporte francês (INSEP), Geoffroy Berthelot repassou os recordes olímpicos desde 1896, ano da primeira edição dos Jogos da era moderna, realizados em Atenas.

Segundo seus cálculos, os atletas alcançaram 99% de seu potencial nos limites naturais da fisiologia humana.

Até 2027, a metade das 147 modalidades esportivas que estudou terão chegado ao limite, segundo suas estimativas. E os recordes não poderão ser melhorados em mais de 0,05% após esta data, indica, justificando suas afirmações com um modelo matemático que concebeu.

Para Reza Noubary, da Universidade Bloomsbug da Pensilvânia (Estados Unidos), os 100 metros masculinos, considerados a principal prova do atletismo e dos Jogos Olímpicos, não podem ser corridos em menos de 9,4 segundos.

"Os dados sugerem que a progressão registrada na velocidade humana está freando e terminará parando totalmente", afirma.

Assim mostra, pelo menos, seu método matemático, com uma probabilidade de 90%, segundo o pesquisador.

Mas estes modelos não levam em conta o surgimento de talentos fora do comum, como o jamaicano Usain Bolt, que possui o recorde do hectômetro, com 9,58 segundos.

Segundo ele, "Bolt é o exemplo perfeito porque combina as vantagens mecânicas do corpo dos homens de grande altura com as fibras musculares rápidas dos homens mais baixos".

O pesquisador também calculou que o recorde de salto em distância, que permanece há 21 anos em posse do americano Michael Powell (8,95 metros), deve seguir em vigor até 2040, mais ou menos.

"Sim, podemos prever os limites", afirma Haake. Para ele, não serão alcançados totalmente em cinco ou dez anos, mas "em cinquenta anos estaremos muito, muito perto".

É certo que não existe unanimidade e outros cientistas acreditam que os atletas continuarão superando limites e derrubando recordes, embora seja por muito pouco.

"Imagine o que ocorreria se decidíssemos medir as atuações com milésimos de segundo", indica Ian Ritchie, do departamento de cinética humana da Universidade Canadense de Brock.

Há exemplos no passado de previsões erradas. Até a conquista do britânico Roger Bannister, em 1954, "muitos consideravam que era teoricamente impossível correr uma milha (1,6 km) em menos de quatro minutos", lembra Ritchie.

Alguns naquele momento previam que os pulmões explodiriam se fossem submetidos a este esforço. O recorde atual é de 3 minutos, 43 segundos e 13 centésimos.

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Cruzeiro inicia reformulação e confirma saídas de Gamarra, Eduardo e Bolasie

Contratados para a temporada atual, os três atletas tiveram trajetórias distintas no clube mineiro

18/12/2025 23h00

Bolasie, Eduardo e Gamarra

Bolasie, Eduardo e Gamarra Montagem

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O Cruzeiro oficializou a saída de três jogadores do elenco principal e deu mais um passo no planejamento para a temporada de 2026, sob o comando do técnico Tite. Bolasie, Eduardo e Gamarra não seguem no clube, decisão que já vinha sendo indicada nos bastidores e foi confirmada por meio das redes sociais.

Contratados para a temporada atual, os três atletas tiveram trajetórias distintas no clube mineiro. O meia Eduardo foi quem mais atuou, sendo frequentemente utilizado como opção no banco de reservas ao longo do ano. Já o atacante Bolasie e o zagueiro Gamarra enfrentaram maior dificuldade para ganhar espaço entre os titulares.

Emprestado pelo Athletico-PR, Gamarra teve poucas oportunidades com o até então técnico Leonardo Jardim. Em outubro, o defensor chegou a revelar publicamente o desejo de deixar o Cruzeiro, mas acabou permanecendo até o fim da temporada. Agora, ele será repassado pelo clube paranaense ao Olimpia, do Paraguai, com contrato até dezembro de 2026.

Bolasie, por sua vez, alternou momentos de participação com longos períodos fora das partidas. O atacante chegou a ficar cerca de 45 dias sem entrar em campo entre agosto e setembro, retornando apenas nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro. Na temporada, contribuiu com quatro gols e três assistências.

Apesar da passagem curta, Bolasie ganhou identificação com a torcida pelas comemorações após as vitórias, frequentemente registradas em vídeos nas redes sociais. O atacante também protagonizou provocações ao Atlético-MG durante confrontos da Copa do Brasil, o que ajudou a ampliar sua visibilidade entre os torcedores.

Esportes

Jorginho elogia desempenho do Flamengo: 'Esse grupo merece não ser esquecido tão cedo

Substituído na etapa final, atleta não descartou a hipótese dos jogadores dos dois times terem sentido cansaço após a disputa bastante intensa durante os 120 minutos

17/12/2025 23h00

Adriano Chaves/Flamengo

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O volante Jorginho enalteceu o desempenho do time do Flamengo, apesar da derrota na final da Copa Intercontinental, nesta quarta-feira, em Al Rayyan, no Catar, após empate por 1 a 1 no tempo normal e nos pênaltis.

"Erros acontecem. Eu já errei pênalti, mas o sentimento é de orgulho. O time entregou tudo que tinha, deixou tudo em campo. Fica o gostinho amargo por ter chegado tão perto de uma vitória tão desejada. Esse grupo merece não ser esquecido tão cedo", disse o autor do gol do Flamengo, ao converter um pênalti no segundo tempo.

Jorginho, substituído na etapa final, não descartou a hipótese dos jogadores dos dois times terem sentido cansaço após a disputa bastante intensa durante os 120 minutos. "Pode ter sido. Na disputa de pênaltis é preciso ter lucidez, mas não são coisas que acontecem e ninguém tem nada a dizer."

Catarinense, de 33 anos, Jorginho chegou ao Flamengo este ano, cindo do Arsenal, da Inglaterra. Ele teve grande carreira na Europa e defendeu a seleção italiana.

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