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Ouro nos Jogos Paralímpicos, Rufino mira tetra no Mundial

Sul-mato-grossense foi destaque do Brasil na cerimônia de encerramento em Paris

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Principal nome da paracanoagem mundial, o sul-mato-grossense Fernando Rufino, medalhista de ouro em Tóquio e Paris, terá pela frente a busca pelo tetracampeonato mundial no ano que vem.

Bicampeão paralímpico na prova dos 200 m da classe VL2 (canoa, em que se usa tronco e braços na remada), Rufino, o Cowboy de Aço, como é conhecido, está se recuperando em sua cidade, Itaquiraí, do intenso período de treinamentos e competições. 

O atleta deve voltar aos treinamentos em breve, visando a busca do tetracampeonato mundial no ano que vem.

Rufino atualmente é tricampeão mundial na paracanoagem. A primeira conquista foi em 2021, na cidade de Copenhague, na Dinamarca. O segundo título veio no ano passado, em Duisburg, na Alemanha. Neste ano, o atleta chegou ao tricampeonato em maio, alcançando o primeiro lugar em Szeged, na Hungria. 

Em entrevista para o Correio do Estado, Fernando Rufino contou quais são suas metas após o bicampeonato paralímpico.

“Eu quero chegar em alto nível competitivo em Los Angeles 2028. Estou descansando agora, em casa, com a minha família, mas ano que vem tem Mundial, em agosto. Já estamos pensando na preparação para Los Angeles, vendo o que a gente fez na Paralimpíada para melhorar”, declarou Rufino.

O atleta sul-mato-grossense também contou o quão desgastante foi o período de preparação para chegar em condições de disputar a medalha de ouro nos Jogos Paralimpícos de Paris.

“Estava focado demais em manter o alto rendimento e o título da Paralimpíada. Fiquei neste ano sete meses praticamente sem visitar a minha família. O Igor Tofalini, que foi medalha de prata na prova dos 200 m, me ajudou e foi um grande parceiro meu na preparação, com o trabalho do treinador Cleberson dos Santos”, afirmou Rufino.

No último dia de Paralimpíada, Rufino conquistou a medalha de ouro na paracanoagem, na prova de 200 m da classe VL2.

O Cowboy de Aço completou o percurso em 50s47, estabelecendo o novo recorde dos Jogos. O ouro de Rufino também foi a 25ª medalha dourada do País, a última conquistada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que marcou o histórico quinto lugar no quadro geral de medalhas.

Para a reportagem, o atleta relatou a emoção de ter conquistado o último ouro do Brasil em Paris, em uma edição de Paralimpíada que ficará marcada na história.

“É maravilhoso chegar na hora da disputa e perceber que o presidente do comitê e a galera da organização foram ver e esperar o resultado da minha prova. Foi um momento de muita emoção para mim, de fazer esse marco, onde vários companheiros meus ajudaram a chegar nesse patamar no quadro de medalhas”, enalteceu.

“Ser duas vezes campeão do maior evento esportivo do mundo, para mim, é um grande mérito, meu e da minha equipe de treinadores, amigos e parceiros de treino”, acrescentou Rufino.

Especialista na prova dos 200m da classe VL2, Rufino se consagrou bi-campeão paralímpico em ParisEspecialista na prova dos 200m da classe VL2, Rufino se consagrou bi-campeão paralímpico em Paris - Foto: Marcello Zambrana/CPB

PORTA BANDEIRA

Para fechar com chave de ouro, Rufino foi o atleta brasileiro escolhido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, com a nadadora Carol Santiago, para carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento da Paralimpíada de Paris 2024.

A cerimônia aconteceu no Stade de France, local que recebeu as provas de pista e de campo do atletismo paralímpico.

A homenagem do comitê para Fernando Rufino também se dá pelo fato de o atleta ser o único brasileiro que subiu ao lugar mais alto do pódio na história da canoagem paralímpica.

“O Brasil dominou a Olimpíada e a Paralimpíada [na canoagem], porque na abertura da Olimpíada o Izaquias Queiroz foi o porta-bandeira e eu fechei a Paralimpíada carregando a nossa bandeira. Este ano foi nosso mesmo, fazendo esse marco tão glorioso”, descreveu Rufino.

No total, o Brasil conquistou 89 pódios paralímpicos na capital francesa, com 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes. Dessa forma, o País estabeleceu um novo recorde, tanto no total de medalhas (superando as 72 de Tóquio 2020 e Rio 2016) quanto no total de ouros (ultrapassando as 22 medalhas conquistadas na capital japonesa).

HISTÓRIA DE VIDA

Fernando Rufino saiu dos campos de Itaquiraí, interior de Mato Grosso do Sul, para conquistar o mundo. O Cowboy de Aço faz questão de conservar suas raízes, usando sempre o chapéu boiadeiro de couro.

O atleta era peão de rodeio antes de ser atropelado por um ônibus, em 2005. Rufino perdeu parcialmente o movimento das pernas no acidente.

Mesmo após sofrer o acidente que o deixou paraplégico, Rufino iniciou sua trajetória na canoagem aos 27 anos, em 2012, no Parque das Nações Indígenas, com seu antigo treinador Admir Arantes.

Desde que foi apresentado ao esporte paralímpico, ele não parou de evoluir. Rufino é hoje um dos grandes nomes da canoagem.

SAIBA

Fernando Rufino também disputou na Paralimpíada a prova dos 200 m no caiaque, terminando na sexta colocação.

Pantanal Marathon

Maratona realizada no Pantanal reúne atletas nacionais e estrangeiros

Pantanal Marathon une esporte e meio ambiente, com plantio de árvores e percurso em meio a maior planície alagada

17/12/2024 18h14

Maratona foi realizada em regiões alagadas do Pantanal

Maratona foi realizada em regiões alagadas do Pantanal Foto: Divulgação

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O Pantanal Sul-mato-grossense foi palco, no último fim de semana, da Pantanal Marathon, maratona que reúniu 130 atletas nacionais e estrangeiros na Fazenda Baia das Pedras, no Pantanal da Nhecolândia, em Aquidauana.

O evento, que realizou sua primeira edição uniu esporte e meio ambiente, com plantio de árvores pantaneiras, em forma de compensação pelas queimadas que destruíram parte do bioma.

De acordo com a propritária da fazenda, Rita Jurgielewicz, a experiência foi desafiadora, mas positiva, especialmente após o longo período de seca.

"A expectativa antes da maratona foi que a gente estava numa seca grande. Com quinze dias antes, a gente começou a ter uma chuva, tivemos uma numa semana e na semana seguinte tivemos outra e a paisagem mudou completamente, estava tudo verdinho. O Pantanal estava lindo, a fazenda estava linda. O pessoal chegou aqui com chuva", disse.

A expectativa é que as o Pantanal Marathon entre com alto nível no circuito de corridas da América do Sul.

"Ocupa-se agora o espaço do turismo, novas ideiais. Um novo nicho de atividade para que a gente possa fazer em outras épocas de baixa do turismo, preservando, conservando com a participação do Mil pelo Planeta. Tudo isso se torna um evento anual dentro da maratona. A conexão é formada por tudo isso!", disse.

Dificuldades

Marcelo Sinoca, um dos organizadores da corrida, o período chuvoso no Pantanal deixou o terreno pesado, com muita água e isso aumentou o nível de dificuldade para os atletas.

"Estava programada para ter três travessias de água durante todo percurso - 12 km, 21 km e 42 km. Faltando 48 horas para a largada, essa conta já subiu pra cinco travessias de rio e no total, depois de uma grande chuva que deu antes da largada, tivemos mais de seis travessias de rios no total", disse.

"Essa incerteza no Pantanal é o que mais me chama atenção e também é o que deixa a prova mais desafiadora. E pra mim esse é um ponto positivo porque fica mais bonito, a prova fica mais única. Essa prova realmente teve um toque especial devido à travessia a mais que tivemos no percurso", acrescentou.

Ainda segundo Sinoca, em quase 25 anos de trilha de montanha no Brasil e no mundo, a única prova, que se assemelharia em nível de dificuldade, foi a Jungle Marathon Brazil, no coração da floresta nacional do Tapajós, localizada no sudoeste do Pará.

Para 2025 vai ser anunciada a nova data, e a novidade da segunda edição será disponibilizar para o atleta inscrito poder fazer uma visita nos locais onde poderão ver os animais.

A prova teve a participação de atletas de Brasília, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e de países como Peru e Inglaterra.

Resultado

Percurso 12K

  • Categoria feminina: Laura Kelly. Tempo: 1h25 minutos
  • Categoria masculina: Adolfo Rojas. Tempo: 1h13 minutos

Percurso 21K

  • Categoria feminina: Lucilene Aristimunho. Tempo: 2h13 minutos
  • Categoria masculina: Dyego da Silva. Tempo: 1h50 minutos

Percurso 42K

  • Categoria feminina: Regina Santos. Tempo: 6h13 minutos
  • Categoria masculina: Anderson Clayton Diniz.  4h01minuto

Esportes

Vinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundo

Brasil tem o número um do futebol após 17 anos

17/12/2024 15h15

Vinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundo

Vinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundo Reprodução/X

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O brasileiro Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, venceu o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo em 2024. A premiação ocorreu na tarde desta terça-feira (17), em Doha, no Catar. É a primeira vez que Vini Jr. recebe o prêmio “The Best” dado pela entidade máxima do futebol.Vinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundoVinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundo

Em seu discurso, o jogador lembrou do Flamengo, clube que o revelou, e agradeceu também aos colegas da Seleção Brasileira e do clube espanhol, onde atua desde o segundo semestre de 2018.

"Tenho de agradecer a todo mundo que votou em mim, todos os jogadores, treinadores, jornalistas e meus fãs. Eu não poderia deixar de agradecer à minha família, que deixou de viver o sonho dela para viver o meu sonho. Agradecer ao presidente, ao mister Carleto [Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid], e ao meu time que me fez chegar até aqui e me fez acreditar que eu poderia fazer a diferença e fazer grandes coisas com elas".

O craque da Seleção Brasileira e do Real Madrid viveu a temporada mais espetacular de sua carreira em 2023/24. Ele foi protagonista constantemente em momentos decisivos pelo Real Madrid, marcando 24 gols em 39 partidas em diversas competições.

Vini Jr. teve 48 pontos na votação, realizada por treinadores e capitães de seleções nacionais, jornalistas e torcedores. Em segundo lugar ficou o espanhol Rodri, com 43 pontos. O meia inglês Jude Bellingham ficou em terceiro, com 37 pontos. Veja a lista completa no site da Fifa .

O Brasil volta a ter o melhor jogador do mundo depois de 17 anos. A última vez havia sido em 2007, quando Kaká foi agraciado. É a primeira vez, no entanto, que um brasileiro é premiado durante a era The Best, premiação criada pela Fifa em 2016. Antes, a premiação tinha outro nome e chegou a ser dividia com a “Bola de Ouro”, prêmio dado pela revista francesa France Football.

Marta ganha o "Marta"

A brasileira Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo em anos anteriores, venceu em 2024 o prêmio de gol mais bonito do futebol feminino. Como uma coroação de uma carreira vitoriosa, ela conquistou um prêmio que traz seu nome. O primeiro Prêmio Marta da FIFA, criado para reconhecer o melhor gol do futebol feminino, foi conquistado pela própria.

Duas semanas antes de disputar o Torneio Olímpico de Futebol Feminino de Paris 2024, a alagoana marcou o gol premiado: um chute certeiro da entrada da área, no ângulo, após driblar a zagueira com uma pedalada.

"Quero dizer que estou muito feliz com o resultado. Competir com todas essas craques… Foram gols fantásticos, e essa temporada foi maravilhosa também. [Estou] Mais feliz ainda em receber um prêmio que leva o meu nome. Sem dúvida, é uma honra muito grande, então quero agradecer a todos vocês", disse Marta.

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