Mato Grosso do Sul

Incêndios

Governo cria sala de situação para combater seca e queimadas no Pantanal

O Ministério da Fazenda sinalizou a provável liberação dos recursos

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O governo anunciou nesta sexta-feira (14) a criação de uma sala de situação para monitorar e elaborar soluções para as queimadas e a seca em todos os biomas do Brasil, após um significativo aumento de focos de incêndio no Pantanal.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a primeira reunião está agendada para segunda-feira (17). O encontro abordará temas como a simplificação do processo de contratação de brigadistas, a aquisição de equipamentos e o uso de aeronaves. Marina Silva também revelou que foi solicitado um recurso extraordinário para enfrentar as queimadas, que está sob análise da Junta de Execução Orçamentária (JEO). O Ministério da Fazenda sinalizou a provável liberação dos recursos, cujos valores não foram especificados.

A ministra mencionou ainda a possibilidade de alterar a legislação para permitir que aeronaves de outros países possam ser acionadas, especialmente em situações onde podem chegar mais rapidamente aos focos de incêndio. Ela destacou que essas medidas terão um caráter preventivo, visando evitar ações mais drásticas no futuro.

O anúncio ocorreu após uma reunião de emergência convocada pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB), reunindo ministros como Marina Silva (Meio Ambiente), José Múcio (Defesa), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), Laércio Portela (Secom), Cristina Kiomi (ministra substituta da Gestão), a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos, entre outros.

Na semana passada, a Folha de S.Paulo reportou que os focos de incêndio no Pantanal aumentaram 974% entre janeiro e início de junho de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados, fornecidos pelo Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que até esta terça-feira (4), o bioma somava 978 focos de incêndio, enquanto em 2023 o número era de 91. Este valor acumulado é o segundo maior dos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2020, quando foram registrados 2.135 focos e cerca de 30% do Pantanal foi consumido pelas chamas.

Durante o anúncio, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ressaltou que o Pantanal normalmente permanece inundado durante o primeiro semestre do ano, com a seca começando na segunda metade do ano. A criação da sala de situação pelo governo Lula visa mitigar os impactos devastadores das queimadas e da seca, protegendo um dos biomas mais importantes do país.

*Com informações de Folhapress