O Bolsa Família, relançado em março de 2023 pelo governo federal, enfrenta cortes no orçamento para 2026, gerando preocupação entre os beneficiários. A proposta de Orçamento enviada ao Congresso prevê R$ 158,6 bilhões, valor inferior aos R$ 167,2 bilhões previstos no projeto deste ano, sem reajuste nos benefícios.
Desde o relançamento, os pagamentos mínimos permanecem em R$ 600 por família, com valores adicionais por crianças, gestantes e jovens, mas não houve aumento para compensar a inflação ou ampliar o alcance do programa.

Regras e limitações do programa em 2026
O governo manteve critérios rigorosos para o acesso ao Bolsa Família, limitando o benefício a famílias com renda de até R$ 218 por pessoa e exigindo o Cadastro Único atualizado para todos os membros. Em 2025, cerca de 19,2 milhões de famílias receberam o programa, número inferior aos 20,9 milhões de 2024, refletindo ajustes no orçamento e na cobertura.
O benefício mínimo segue em R$ 600 por família, com adicionais cumulativos de R$ 150 por criança de até seis anos, R$ 50 por gestante, R$ 50 por jovem de 7 a 18 anos e R$ 50 por bebê de até seis meses. A lei permite reajustes a cada dois anos, mas não obriga correção, mantendo a pressão sobre beneficiários em ano eleitoral devido à redução de recursos.
O modelo atual calcula os benefícios proporcionalmente ao tamanho da família, considerado eficiente na distribuição de recursos. Apesar do corte de R$ 8,6 bilhões no orçamento, o programa continua oferecendo suporte essencial, com regras claras de elegibilidade.





