O Bradesco encerrou em maio de 2025 sua agência na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no Rio de Janeiro, após décadas de operação. A decisão ocorreu devido à venda do imóvel para a Balassiano Engenharia, que iniciou a construção de um residencial de alto padrão com 156 unidades tipo estúdio em 900 m².
A instituição mantém outras 12 agências na capital fluminense em funcionamento, orientando clientes a utilizarem canais digitais ou unidades alternativas para atendimento.
Paralelamente, o Banco do Brasil divulgou em 14 de agosto de 2025 um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre, representando queda de 60% ante o mesmo período de 2024.
O resultado reflete principalmente o aumento da inadimplência no agronegócio, com a taxa total saltando de 3% para 4,21% em 12 meses. As operações não quitadas da safra 2024/2025, mesmo com previsão de colheita recorde em 2025, exigem maior provisionamento de recursos sob novas regulações.

Estratégias setoriais e transformação urbana
O fechamento da agência do Bradesco ilustra a migração estratégica do setor para plataformas digitais, reduzindo custos com infraestrutura física. A Balassiano Engenharia substituiu o espaço bancário por um empreendimento que valoriza o uso residencial em áreas centrais, refletindo mudanças no planejamento urbano do Rio de Janeiro.
A transação comercial gerou impacto direto nos fluxos diários de clientes, que totalizavam dezenas de atendimentos presenciais.
Para o Banco do Brasil, os desafios incluem a gestão de operações agrícolas não quitadas, que representam 18% da carteira de crédito do setor. O comunicado oficial destacou que 35% dessas operações estão vinculadas a processos judiciais, exigindo ajustes contábeis imediatos.
Apesar do cenário, a instituição mantém 63% das operações do agronegócio com garantias reais, estratégia que busca mitigar riscos em um mercado marcado por instabilidades climáticas e econômicas.





