A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, enfrenta um crescimento expressivo nos acidentes envolvendo escorpiões. Somente em 2025, o número de ocorrências aumentou mais de 60% em relação ao ano anterior, segundo dados da Vigilância em Saúde Ambiental (Visam). Para enfrentar a situação, foi adotada a estratégia de usar caixas de ovos como armadilhas para monitorar escorpiões.
As armadilhas são instaladas em pontos estratégicos da cidade e funcionam porque simulam esconderijos seguros, locais que os escorpiões procuram naturalmente para se abrigar. Atualmente, mais de 230 unidades já estão sendo monitoradas pela equipe de saúde.
O coordenador da Visam, Gustavo Grijota, explica que o objetivo das caixas não é apenas capturar os escorpiões, mas também entender os locais de maior risco. Com esses dados, é possível traçar estratégias de controle mais direcionadas e prevenir novos incidentes.

Orientações à população e cuidados necessários
Embora a técnica mostre resultados, a recomendação é que as armadilhas não sejam utilizadas pela população em suas casas. Segundo Grijota, somente equipes treinadas devem manusear esse tipo de material, já que há risco de acidentes caso alguém tente reproduzir o método por conta própria.
Para os moradores, a orientação principal continua sendo a eliminação de possíveis abrigos. Manter quintais e áreas internas organizados, sem entulhos ou materiais acumulados, é essencial para reduzir a presença dos escorpiões.
Além disso, qualquer ocorrência deve ser comunicada diretamente à Vigilância em Saúde, pelos telefones (11) 4589-6340 e (11) 4589-6350, para que o controle adequado seja feito. Em situações de picada, o encaminhamento imediato a unidades de saúde é fundamental. Crianças devem ser levadas ao Hospital Universitário (HU) e adultos ao Hospital São Vicente de Paulo.





