A quantidade de energia solar que atinge a Terra em apenas uma hora seria suficiente para suprir o consumo mundial de energia por um ano. Parte dessa luz é convertida em eletricidade por meio dos painéis solares, que atualmente ocupam cerca de 10 mil quilômetros quadrados do planeta. Esses sistemas produzem aproximadamente 1,6 mil terawatts-hora anuais, o equivalente a cerca de 6% de toda a energia gerada no mundo.
Nas últimas décadas, o crescimento da energia solar tem sido impulsionado pela popularização das células fotovoltaicas de silício. Com o avanço tecnológico e a forte concorrência entre empresas da China, o custo de produção caiu significativamente. Além disso, pesquisas científicas aprimoraram a capacidade de absorção da luz solar, tornando os painéis cada vez mais eficientes.
Hoje, os modelos convencionais atingem taxas de conversão entre 22% e 24%, bem acima dos 6% registrados nas primeiras células solares criadas nos anos 1950 pelos Laboratórios Bell, nos Estados Unidos.

O limite da eficiência do silício
Apesar dos avanços, a tecnologia atual enfrenta uma barreira física. A eficiência máxima teórica das células de silício é de cerca de 29%, número atingido apenas em ambiente controlado de laboratório.
Quando agrupadas em painéis, fatores como o espaçamento entre as células e as perdas nos fios reduzem o desempenho real, que dificilmente ultrapassa 26%. Essa limitação indica que o modelo tradicional já se aproxima do seu limite de desenvolvimento.
Perovskita: o novo caminho para a energia solar
O futuro da geração fotovoltaica pode estar em um material diferente: as perovskitas. Essa família de compostos cristalinos vem sendo estudada por sua alta capacidade de absorção de luz e conversão em eletricidade. As primeiras células solares produzidas com esse mineral já demonstram eficiência prática superior a 30%, superando o desempenho máximo dos painéis atuais.





