Florença, conhecida mundialmente por seu centro histórico e pelas ruas de pedra que remetem ao período renascentista, chamou atenção recentemente por uma decisão polêmica: em algumas regiões da cidade, até as calçadas receberam camadas de asfalto. A medida, implementada de forma pontual, surpreendeu tanto moradores quanto turistas, que associam o charme local ao tradicional piso de pedra, o lastricato.
De acordo com especialistas em urbanismo, o uso de asfalto em Florença não é uma novidade completa. Desde as décadas de 1960 e 1970, a cidade já havia adotado o material em projetos de modernização, buscando facilitar o tráfego de veículos e reduzir custos de manutenção.
Apesar de ser uma escolha técnica, a decisão dividiu opiniões. Moradores argumentam que o asfalto descaracteriza a paisagem e compromete parte da identidade visual da cidade, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial. Já outros veem benefícios práticos: calçadas niveladas e menos escorregadias tornam o deslocamento mais seguro para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Reações e impactos na imagem da cidade
Muitos visitam Florença para vivenciar a atmosfera histórica das ruas de pedra e ficaram surpresos ao encontrar trechos cobertos de asfalto. O episódio reforça o dilema enfrentado por cidades históricas em todo o mundo: como equilibrar a preservação cultural com a necessidade de adaptar-se à vida moderna e ao aumento constante do fluxo urbano.
Mesmo diante das críticas, autoridades locais ressaltam que os locais de maior valor histórico permanecerão intocados. O uso de asfalto está restrito a áreas periféricas e de tráfego intenso, onde o piso tradicional se desgasta rapidamente. Com isso, Florença tenta manter sua essência enquanto responde a demandas práticas de infraestrutura.





