San Francisco de Alfarcito, no departamento de Cochinoca, em Jujuy, Argentina, está a 3.400 metros de altitude e abriga cerca de 80 habitantes. A comunidade decidiu abrir a vila ao turismo, mas com limite de 22 visitantes por vez, número que corresponde à capacidade das três acomodações locais.
A administração do turismo é feita de forma coletiva, por assembleias, definindo preços, atividades, alimentação e manutenção da vila. O modelo garante que os benefícios sejam distribuídos igualmente e preserva o ritmo de vida da comunidade, que mantém tradições centenárias e decide autonomamente sobre cada aspecto do turismo.
A viagem até Alfarcito envolve atravessar a Puna argentina, com destaque para o Cerro de las Siete Colores e a Cuesta del Lipán, chegando a altitudes superiores a 4.200 metros. A localização remota protege a vila, limitando o fluxo de visitantes e permitindo que a comunidade mantenha o estilo de vida baseado em agricultura, pastoreio e artesanato.
A água da região é captada de uma nascente local, e cada família participa ativamente da manutenção das casas e espaços comuns, como refeitórios e a praça central, que funciona como ponto de encontro.

Paisagens e tradições preservadas
A vila de San Francisco de Alfarcito, a 3.400 metros de altitude, é cercada por montanhas e a Lagoa Guayatayoc, que atrai flamingos no verão. As casas de adobe e pedra preservam técnicas tradicionais, e eletricidade e internet são usadas apenas para reservas turísticas.
A pousada La Hornada é administrada rotativamente por famílias, com lucros revertidos para manutenção e pagamento de trabalhadores. O turismo, iniciado há 25 anos, segue princípios comunitários, com capacidade limitada, refeições coletivas, oficinas de artesanato e contato direto com a vida rural, permitindo aos visitantes vivenciar a cultura e a natureza sem comprometer o ambiente.





