A diversidade de alimentos presentes no Brasil coloca em evidência a culinária irretocável diante das demais nações. Embora esteja presente nas salas de cinema ou até mesmo em reuniões com familiares e amigos, a pipoca não possui suas raízes firmadas no país. De acordo com evidências arqueológicas, o produto teve origem tanto no México quanto no Peru.
Encontradas em diferentes sabores e texturas, a pipoca é a principal comida na hora de assistir a um filme, seja em casa ou nos cinemas. Mesmo tão popularizado, o alimento somente desembarcou no Brasil anos após seu surgimento, tendo em vista que no ano 4.700 a.C., já era preparado pela cultura asteca, no México.

A pipoca que conhecemos hoje era chamada de “momochtli” pelos seus criadores. Historiadores confirmam que a ideia de dinamizar as funcionalidades dos grãos de milho ocorreu de formas diferentes das habituais. Em resumo, os grãos eram depositados em potes de barro bem quentes ou eram colocados sobre cinzas ardentes até que estourassem.
Posteriormente, quando os espanhóis invadiram a América, em 1519, tiveram o primeiro contato com o alimento. A princípio, os astecas utilizam a pipoca em rituais como enfeite em cocares cerimoniais, colares e outras decorações nas estátuas de seus deuses. Já no Peru, eram consumidos e até mesmo colocados em tumbas.
Firmação do produto no Brasil
Se hoje a rotatividade e produção de milho são alarmantes, muito se deve aos povos indígenas. Sobretudo, com a colonização de Portugal a partir do século 16, a comida virou sustento básico para os africanos escravizados nas plantações de cana-de-açúcar.
“Os povos indígenas faziam uma grande festa para comemorar a ocasião [espécie de ano novo], preparando comidas típicas à base de milho, como curau, canjica, farofa de milho com amendoim, pamonha e, também, a pipoca”, diz Silvia Muiramomi, socióloga e ativista indígena.
Em meio à firmação do alimento na culinária brasileira, o país se tornou o terceiro maior produtor de milho do mundo, segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA), com 126 milhões de toneladas anuais. De modo geral, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos (377,6 milhões de toneladas) e China (294,9 milhões de toneladas).





