Embora Eike Batista tenha conquistado os holofotes internacionais por seus empreendimentos milionários, o visionário também roubou o protagonismo como atleta. Enquanto Nelson Piquet e Ayrton Senna deslanchavam na Fórmula 1, o empresário investiu em lancha offshore, chegando a disputar campeonato mundial com o renomado ator Chuck Norris.
A aventura no esporte começou em 1989, quando Eike, na sua lancha “Alfabarra”, tentou, mas sem sucesso, vencer a segunda etapa do campeonato brasileiro de offshore, disputada em Angra dos Reis. Porém, no ano seguinte, Batista virou um astro do offshore. Depois de ter vencido várias etapas, consolidou-se campeão nacional, ganhando destaque nas manchetes ao lado de ídolos do esporte da época, como Ayrton Senna.

Depois de ter se consolidado em seu país de origem, o bilionário decidiu disputar o campeonato americano da categoria no mesmo ano. O elenco de pilotos contava com atores famosos para popularizar o esporte. Contudo, apesar dos esforços, Don Johnson venceu a corrida, enquanto o brasileiro precisou se contentar com a segunda colocação e Chuck Norris figurou na quarta posição.
Para a felicidade de Eike, Norris se aposentou do desporto e Johnson voltou a depositar foco integral nas obras cinematográficas, fatores que auxiliaram o brasileiro a buscar o título global. Aproveitando as dispensas dos concorrentes, o empresário tornou-se campeão do “Offshore Professional Tour”, o mundial da categoria, disputado no fim do ano na Flórida.
Prestígio de Eike Batista nos Estados Unidos
Como resultado de sua desenvoltura, Eike Batista foi destaque pela primeira vez no New York Times, renomado jornal dos Estados Unidos. Com o título “Piloto brasileiro de superboat tira sua velocidade do sangue”, a reportagem mostrou o empresário se comparando a Senna e Piquet e explicando o motivo de brasileiros irem bem em esportes de velocidade.
“A velocidade está no sangue da maioria dos brasileiros. As pessoas dirigem o mais rápido que podem. Existem limites oficiais de velocidade, mas pouca fiscalização. É uma cultura diferente”, declarou na época o campeão mundial de offshore.





