A Joann, tradicional rede varejista americana especializada em artesanato, tecidos e materiais para trabalhos manuais, decretou falência em janeiro de 2025, encerrando as atividades de suas quase 800 lojas espalhadas pelos Estados Unidos.
Fundada há mais de 80 anos, a empresa foi referência para consumidores que buscavam produtos de costura e artesanato, mas nos últimos anos enfrentou dificuldades financeiras crescentes, dois processos de recuperação judicial e intensa concorrência de redes como Hobby Lobby e Michaels.
A pandemia trouxe um aumento temporário na demanda, com consumidores comprando mais itens de artesanato para uso doméstico, mas esse crescimento não foi suficiente para sustentar a operação.
Paralelamente, o avanço do comércio online reduziu a relevância das lojas físicas, e a Joann não conseguiu se adaptar rapidamente aos novos hábitos de consumo, mantendo um modelo que dependia fortemente da presença física.

Impactos e perspectivas do fechamento
Especialistas do setor, como o analista Neil Saunders, afirmam que a falta de reinvenção frente à transformação digital e mudanças nos hábitos dos consumidores foi determinante para o encerramento da rede. A empresa acumulava dívidas e não conseguiu equilibrar os custos das operações físicas com a necessidade de investir em estratégias digitais.
O CEO interino, Michael Prendergast, destacou que o fechamento de todas as unidades era a melhor alternativa para proteger credores e investidores. Para clientes e funcionários, o encerramento representa a perda de uma marca histórica no varejo de artesanato, com impacto direto em empregos e no acesso a produtos especializados.
A falência da rede reforça a necessidade de adaptação constante no varejo, especialmente em segmentos onde a presença online e estratégias de omnicanalidade se tornam cada vez mais decisivas para a sobrevivência das empresas.





