A DaColônia, empresa familiar de Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, transformou a produção artesanal de rapadura em um negócio que fatura R$ 418 milhões por ano. Fundada em 1962 por Israel Gomes de Freitas, a empresa começou com doces de melado feitos no quintal e vendidos para ambulantes.
Com o tempo, incorporou o amendoim ao portfólio, criando paçocas, pé de moleque e outras iguarias que hoje representam 70% da produção. Atualmente, a fábrica produz mais de 2 milhões de paçocas por dia e abastece todo o país, com 65% do faturamento vindo de fora do Sul.
Além das linhas clássicas, a empresa investiu em produtos saudáveis e funcionais, como barrinhas de proteína veganas, pastas de amendoim e snacks zero açúcar. A marca AmendoPower, lançada em 2015, consolidou-se entre o público fitness e já representa 13% da receita total.

Expansão, desafios logísticos e novos mercados
Apesar da liderança no Sul, a DaColônia enfrenta desafios logísticos significativos. A matéria-prima, como o amendoim, vem de São Paulo e percorre mais de mil quilômetros até a fábrica no RS, para depois voltar distribuída ao mercado nacional. Para otimizar custos e agilizar a operação, a empresa estuda abrir uma nova unidade fora do Sul, mantendo a planta histórica e fortalecendo a presença no Sudeste e Norte do Brasil.
Além do varejo tradicional, a DaColônia também investe no canal farma, com produtos em 2.600 farmácias e expectativa de expandir para 4.000 pontos em 2025. A empresa exporta para mais de 20 países, incluindo Estados Unidos, Canadá e Portugal, embora novas tarifas e desafios internacionais exijam adaptações.





