Enquanto luta para conquistar vaga na fase de grupos da Libertadores da América do próximo ano, o Sport Club Corinthians Paulista trava briga interna com as dívidas. Sem fluxo de caixa para arcar com pendências, o alvinegro paulista foi condenado a desembolsar quase R$ 120 milhões por contratação de jogadores nos últimos anos.
Imerso em cenário difícil, a nova direção do Time do Povo tenta contornar os caminhos para encontrar uma solução. No passado acometido por transfer ban, o fantasma pode ressurgir nos próximos meses, tendo em vista o descumprimento dos acordos efetuados com outros clubes. De modo geral, por não ter dinheiro em caixa para fazer os pagamentos, a tendência é que o Corinthians sofra as sanções da Fifa.

Recentemente, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) condenou o Corinthians por não quitar dívidas com o Santos Laguna, do México, por Félix Torres, e por não cumprir acordo com Matías Rojas. Em função do zagueiro, o alvinegro precisa pagar R$ 40 milhões aos mexicanos, enquanto R$ 41,3 milhões serão destinados ao meia paraguaio por rescisão de contrato.
Aumentando a bola de neve de pendências financeiras, os dirigentes do Timão tentam encontrar formas de estender as datas para os pagamentos. Isso porque US$ 4,3 milhões devem ser pagos ao Talleres pela contratação de Rodrigo Garro. Além disso, 1,075 milhão de euros são do Shakthar Donetsk pelo empréstimo do meia Maycon e US$ 1,5 milhão do Philadelphia Union pela contratação de José Martínez.
O que o Corinthians diz?
Com o fechamento da janela de transferência internacional, o clube paulista deixou de lado as cobranças para priorizar despesas mais urgentes. O problema é que essa medida acarreta juros de 18% ao ano, o que dá 1,5% ao mês. Contudo, o vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, explicou que não há como contornar a situação de forma imediata.
“Terra arrasada é porque temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir. Foram informadas questões que nosso caixa estava em ordem, com dinheiro, tudo sob controle, e isso não é verdade. Nossa situação financeira é delicada, temos compromissos enormes para serem cumpridos”, disparou o dirigente.
Confira o detalhamento das dívidas:
- R$ 40 milhões ao Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro equatoriano Félix Torres;
- R$ 41,3 milhões ao meia paraguaio Matías Rojas pela rescisão do contrato após atrasos nos pagamentos;
- US$ 4.334.400 (R$ 23,35 milhões) ao Talleres, da Argentina, pela contratação do meia argentino Rodrigo Garro;
- 1,075 milhão de euros (R$ 6,76 milhões) ao Shakthar Donetsk, da Ucrânia, pelo empréstimo do meia Maycon;
- US$ 1,5 milhão (R$ 8 milhões) ao Philadelphia Union, dos Estados Unidos, pela contratação do meia venezuelano José Martínez.





