A trajetória da PepsiCo no mercado brasileiro de salgadinhos começou há mais de cinco décadas e foi marcada por aquisições estratégicas que transformaram o setor. Em 1974, a multinacional norte-americana comprou a Elma Chips, uma empresa paranaense fundada nos anos 1950 e conhecida por produtos como Stiksy e Cebolitos.
A aquisição marcou a entrada definitiva da PepsiCo no ramo de snacks no Brasil e abriu caminho para a produção local de marcas que se tornariam ícones nacionais. Entre elas estão Ruffles, Cheetos e Doritos, que rapidamente conquistaram espaço entre os consumidores e ajudaram a consolidar a presença da empresa no país.

Expansão e fortalecimento no mercado nacional
Mesmo após o sucesso da Elma Chips, a PepsiCo não parou de expandir. Em 2007, a empresa adquiriu a Lucky, fabricante paulista responsável pelos salgadinhos Fofura e Torcida, produtos amplamente consumidos nas classes C e D.
A Lucky tinha forte presença em mercados de bairro, bares e lanchonetes, principalmente no estado de São Paulo, onde seus produtos se destacavam pelo preço acessível e pela distribuição eficiente. Na época, o CEO da PepsiCo, Michael White, destacou que a incorporação da Lucky representava um “grande complemento” ao portfólio da companhia.
Com fábricas na capital paulista e um centro de distribuição no Nordeste, a marca trazia uma estrutura consolidada e grande reconhecimento popular, o que ampliou o alcance da PepsiCo entre os consumidores brasileiros. A aquisição da Lucky consolidou a liderança da PepsiCo no mercado nacional de salgadinhos industrializados.
Com a união de marcas premium e populares, a empresa passou a dominar diferentes faixas de consumo, reduzindo significativamente a concorrência direta. O movimento foi visto como uma estratégia de fortalecimento e diversificação, permitindo à companhia atingir públicos variados sem perder espaço para marcas regionais.





