A Petrobras enviou um sinal de alerta ao governo federal sobre o futuro das reservas do pré-sal, que já mostram sinais de esgotamento. Segundo projeções recentes, o Brasil pode deixar de ser exportador e passar a importar petróleo a partir de 2034, caso novas descobertas relevantes não ocorram nos próximos anos.
A estimativa é baseada no declínio gradual da produção dos campos atuais, que devem manter atividade apenas até 2050, mesmo com investimentos contínuos em tecnologia e manutenção. O cenário preocupa a estatal e as autoridades do setor energético.
Desde 2006, quando o pré-sal foi descoberto, a camada profunda de petróleo transformou o Brasil em um dos maiores produtores mundiais, garantindo autossuficiência e fortalecendo as exportações.
No entanto, o ciclo de vida natural dos poços, somado à falta de novas frentes exploratórias, ameaça reverter esse quadro já a partir de 2027, quando se espera a primeira queda significativa de produção.

Exploração da Margem Equatorial ganha força
Para evitar uma crise no abastecimento e manter a relevância do Brasil no mercado global, a Petrobras tem concentrado esforços na Margem Equatorial, região entre o Rio Grande do Norte e o Amapá.
A área é considerada essencial para compensar o declínio do pré-sal, e a empresa busca acelerar licenças ambientais junto ao Ibama. Inspirada nos resultados da Guiana, que aumentou sua produção com reservas semelhantes, a estatal pretende investir US$ 3 bilhões na perfuração de 16 novos poços exploratórios, dos quais apenas dois foram concluídos.
Paralelamente, a Petrobras estuda projetos de energia eólica offshore, alinhando-se à transição energética e reforçando sua estratégia para garantir o fornecimento de petróleo e diversificar sua matriz energética.





