Olhar diretamente para a luz pode desencadear um fenômeno conhecido como o espirro fótico. Essa reação involuntária atinge entre 18% e 35% da população mundial quando ocorre uma transição abrupta de um ambiente escuro para um iluminado. O espirro fótico resulta de uma interação entre nervos que conectam os olhos e o nariz, suscitando interesse em leigos e cientistas.
O espirro fótico foi formalmente nomeado em 1991, mas sua investigação começou nos anos 1950. Médicos notaram que pacientes espirravam após serem expostos a intensas luzes durante exames oculares. Este reflexo é mediado pelo nervo trigêmeo, explicando por que algumas pessoas espirram ao ver luz intensa. O fenômeno destaca a complexidade dos reflexos corporais.

A relação genética do espirro fótico
Os estudos genéticos trazem insights sobre a base hereditária do espirro fótico. Descobriu-se que se um dos pais possui essa característica, os filhos têm 50% de probabilidade de herdá-la. Esta característica é conhecida também como síndrome ACHOO, um nome que ressalta sua singularidade. A pesquisa continua a explorar os genes envolvidos, ajudando a entender como um simples reflexo pode ter origem genética.
Embora pareça inofensivo, o espirro fótico pode representar riscos em certas situações. Um exemplo é ao dirigir, onde um espirro repentino ao sair de um túnel pode causar cegueira momentânea. Reconhecer este reflexo e adotar medidas preventivas, como o uso de óculos escuros, é essencial para minimizar situações perigosas.
Com base nas informações atuais, o espirro fótico é um reflexo complexo que oferece uma visão sobre a intricada interatividade de nossos sentidos e a influência genética sobre eles. Entender essas nuances não só alimenta a curiosidade científica, mas também ajuda a mitigar riscos em situações do dia a dia, ao mesmo tempo em que se aguarda por mais estudos para desvendar completamente este fenômeno.





