A NASA revelou novos dados que mostram uma elevação acelerada do nível dos oceanos desde 1993. A análise, conduzida em parceria com outras agências científicas, aponta o aquecimento global como o principal responsável por esse aumento.
Entre 1993 e 2003, o mar subia, em média, 2,1 milímetros por ano. Já entre 2013 e 2023, essa taxa chegou a 4,3 milímetros anuais, um crescimento de 105%. Apenas entre 2022 e 2023, o aumento foi de 0,76 centímetro, impulsionado pelo fenômeno El Niño e pelo aquecimento das águas do Pacífico.
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do oceano, alterando padrões de chuva e temperatura em escala global. Em 2023, o El Niño elevou a temperatura dos oceanos e, junto ao derretimento das calotas polares, aumentou o nível do mar.

Impactos e medidas necessárias
A elevação do nível do mar tem impacto direto nas regiões costeiras, aumentando os riscos de inundações, erosão do solo e salinização de áreas agrícolas, o que ameaça a produção de alimentos e a infraestrutura urbana. Em várias regiões, como ilhas do Pacífico e áreas baixas da Ásia, comunidades já precisaram ser deslocadas devido ao avanço das águas.
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa é essencial para conter o aquecimento global, principal causa do aumento do nível do mar. Além disso, ações locais, como a construção de diques, a realocação de moradias e a criação de sistemas de alerta precoce, são fundamentais para reduzir danos.
Pesquisadores também destacam a importância de políticas de longo prazo com monitoramento contínuo, educação ambiental e planejamento urbano voltado à resiliência climática para proteger as populações costeiras.





