Conhecida como a “Suíça Brasileira”, Campos do Jordão começará a cobrar taxa de turismo. Um projeto aprovado em 29 de setembro de 2025 estabelece critérios técnicos para a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), vinculando sua arrecadação exclusivamente a políticas públicas ambientais.
O cálculo diário considera fatores como tipo de veículo e período de permanência, com valores reajustáveis conforme a Unidade Fiscal Jordanense (UFJ), equivalente a R$ 5,34 em 2026.
Sensores inteligentes instalados nos 17 acessos rodoviários vão registrar placas automaticamente, integrando dados com o Departamento de Trânsito (Detran). Turistas receberão notificações via aplicativo municipal, com opção de pagamento instantâneo por QR code. O sistema prevê multa de 30% sobre o valor devido para quem deixar a cidade sem quitar a taxa.

Impactos econômicos setoriais
Estudos da prefeitura projetam redução de 8% no fluxo de veículos particulares, compensada por aumento de 15% no uso de transporte coletivo. Hotéis e pousadas terão pacotes obrigatórios incluindo taxa ambiental, enquanto comerciantes do centro histórico receberão descontos de 20% no IPTU como incentivo à adesão ao programa.
Exceções e controvérsias regionais
A isenção para três municípios vizinhos gerou debates na Assembleia Legislativa de São Paulo, com críticas sobre critérios geopolíticos. Entidades ambientais questionam a exclusão de bicicletas e veículos elétricos, enquanto associações de guias turísticos alertam para possível migração de visitantes para cidades como Monte Verde (MG) e São Francisco Xavier (SP).
Parcerias para sustentabilidade
Dois milhões de reais anuais serão direcionados ao Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) para monitoramento da fauna na Serra da Mantiqueira. Outros R$ 5 milhões financiarão a substituição de 12 mil postes por modelos com painéis solares até 2028, integrando a taxa a um plano municipal de neutralidade carbônica.





