Considerada uma das mais imponentes fabricantes de automóveis do Brasil, a Toyota precisou reduzir drasticamente o fornecimento do Corolla e Corolla Cross. A motivação por detrás está diretamente ligada à tempestade que destruiu a fábrica de motores da empresa em Porto Feliz, em São Paulo. Por consequência, as concessionárias da marca têm sentido no bolso os efeitos das suspensões das atividades.
Por medida de proteção aos danos causados, três unidades da Toyta precisaram fechar as portas temporariamente no país. Em algumas lojas, os estoques dos dois modelos do Corolla, produzidos no Brasil, foram zerados ou estão com baixas disponibilidades. A princípio, não há previsão para que novos estabelecimentos sejam entregues, com muitos deles tendo a venda suspensa até segunda ordem.

De acordo com apurações do Autoesporte, das 10 lojas presentes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba e Piauí, além do Distrito Federal, todas enfrentam os mesmos problemas. De modo geral, os estoques do Corolla sedã, feito em Indaiatuba, e do Corolla Cross, produzido em Sorocaba, estão no fim.
O prejuízo sem precedentes pode acarretar dois cenários distintos: o primeiro deles diz respeito à formação de uma fila de espera, que pode chegar a seis meses, ou à suspensão das vendas. No tocante ao Corolla sedã, sete dos 10 grupos têm estoques reduzidos, com algumas poucas unidades. Em contrapartida, variantes híbridas ou mais completas já não são encontradas.
Prejuízo para a Toyota
Após uma tempestade com ventos de 90km/h destruir a fábrica de motores em Porto Feliz, a Toyota viu-se obrigada a traçar um planejamento para contornar o impacto inicial. De acordo com representantes da montadora, a empresa deixará de produzir cerca de 25 mil carros no Brasil até o final de 2025. Isso porque a unidade fornece propulsores 1.5 e 2.0 às demais plantas.
Para que o prejuízo não seja superior ao estipulado, a Toyota estuda a possibilidade de importar motores de outros países para mitigar a situação, mas a previsão, por enquanto, é que a produção retome somente em 2026. Por sua vez, o lançamento do Yaris Cross, previsto para outubro, foi adiado oficialmente, mas sem data estipulada.
“Em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses e, considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP)”, disse a montadora, em nota.





